Antoine Gizenga
Antoine Gizenga, (Bandundu, 5 de outubro de 1925 — 24 de fevereiro de 2019) foi o primeiro ministro da República Democrática do Congo e um veterano político desse país. Gizenga foi primeiro-ministro em 1960, e em 1961-62, sob a presidência do histórico líder Patrice Lumumba. Logo do assassinato deste em 1961 continuou como primeiro ministro, mas em rebeldia. O seu governo, com sede em Stanleyville (actual Kisangani) foi reconhecido por 21 países de África, Ásia, e Europa do Leste em fevereiro de 1961. Estivo no cárcere entre janeiro de 1962 e julho de 1964 e outra vez entre outubro de 1964 e novembro de 1965. Viveu no exílio entre 1965 e 1992. Em 2006 regressou à política apresentando-se às primeiras eleições presidenciais democráticas do país à frente do Partido Lumumbista Unificado. Nessas eleições obteve 13,06% dos votos e a terceira posição depois de Joseph Kabila e de Jean-Pierre Bemba. Na segunda volta, Gizenga apoiou Kabila, e este ao vencer nomeou-o primeiro-ministro (30 de dezembro de 2006). O seu primeiro governo era formado por seis ministros de estado, 54 ministros e vice-ministros, entre os quais Nzanga Mobutu, filho de Mobutu Sese Seko na pasta da agricultura e numa teórica vice-presidência. Também esteve entre eles Mbusa Nyamwisi, ministro dos negócios estrangeiros e antigo líder rebelde, mas não Azarias Ruberwa, o líder rebelde mais importante na actualidade e cabeça da Assembleia Congolesa em prol da Democracia (RCD). Pediu a demissão a 25 de setembro de 2008 e foi substituído pelo ministro do Orçamento, Adolphe Muzito.
|