Aleixo Axuco
Aleixo Axuco (em grego: Ἀλέξιος Ἀξούχ/Ἀξοῦχος; romaniz.: Aléxios Axoúch/Axouchos; em latim: Alexius Axuchus) foi um nobre e líder militar bizantino do século XII de ancestralidade turca. Biografia![]() ![]() Aleixo foi filho do grande doméstico do exército bizantino João Axuco, amigo de infância e "mão direita" do imperador João II Comneno (r. 1118–1143).[1] Aleixo casou-se com Maria Comnena, a filha do filho mais velho de João II, o coimperador Aleixo Comneno que faleceu em 1142.[2] Axuco teve dois filhos, um dos quais, João Comneno, o Gordo, liderou uma revolta fracassada contra o imperador Aleixo III Ângelo (r. 1195–1203) em julho de 1201, e foi morte durante a mesma.[3] Um soldado experiente, Aleixo foi recompensado com o posto de protoestrator e participou em várias campanhas militares durante o reinado de Manuel I Comneno (r. 1143–1180).[3] Foi enviado ao sul da península Itálica em 1157, no esforço de recuperar a posição lá após a derrota do grande duque Aleixo Comneno.[2][4] Apesar de ter ao mesmo tempo que gerir as relações delicadas, repletas de suspeita mútua, com o Sacro Império Romano Germânico, que dominou o norte da Itália, Axuco foi aparentemente bem-sucedido em sua missão, levando a conclusão de uma paz honrosa com o rei Guilherme I em 1158 que permitiu ao exército bizantino desvincular-se da expedição italiana.[5] Isso permitiu Manuel focar sua atenção no Oriente, onde suas políticas na Cilícia contra o senhor armênio Teodoro II falharam espetacularmente.[6] Em 1165, Axuco foi enviado à Cilícia como comandante-em-chefe (estratego autocrator) e governador (duque).[7] Possivelmente também participou na guerra contra a Hungria em 1161 ao lado do futuro Bela III.[3][2] Cerca de 1167, contudo, caiu em desgraça com Manuel após ser acusado de conspirar contra ele e ter sido anteriormente criticado por um peculiar crime de lesa-majestade: tinha decorado um de seus palácios em Constantinopla com pinturas das campanhas e vitórias de Quilije Arslã II (r. 1156–1192), o sultão de Icônio, e não, como de costume, com as façanhas do próprio Manuel.[8] Entre outras coisas, Aleixo foi acusado de "brincar de feitiçaria" e conspirar com um "feiticeiro" latino para entorpecer a imperatriz Maria de Antioquia para impedi-la de dar à luz a um herdeiro.[9] O historiador João Cinamo sustenta que as acusações de conspirações foram genuínas, mas Nicetas Coniates acredita que Axuco tenha sido exposto pela insegurança de Manuel.[10] Em particular, Coniates relata que Manuel suspeitou de Axuco e seu primo, o futuro Andrônico I Comneno (r. 1182–1185), devido a profecia AIMA, que alegava que o nome de seu sucessor começaria com um "A".[11] Seja qual for a verdade, Aleixo foi considerado culpado e confinado num mosteiro para o resto de seus dias,[3] apesar dos repetidos esforços de sua esposa para sua libertação. Maria relatadamente morreu de tristeza pelo destino do marido, enquanto Aleixo também morreu alguns anos após sua tonsura.[2] Referências
Bibliografia
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