Aladide
Aladide (al-Adid), também conhecido como Alazide (Al-Azid), foi o décimo-quarto e último califa fatímida, reinando entre 1160 e 1171. Ele é famoso por causa da notável aliança que ele firmou durante as cruzadas entre o Califado Fatímida e o Reino de Jerusalém para tentarem conter a ameaça de outra força invasora, a de Noradine, líder dos turcos zênguidas. A aliança, articulada pelo poderoso vizir egípcio Xauar, foi selada pelo jovem califa - para o escândalo da corte - Aladide, que tirou suas luvas e apertou a mão dos enviados cristãos. Aladide é tido como um imame pelos xiitas ismailitas da seita hafizita. BiografiaAladide se tornou califa ainda menor logo após a morte de seu irmão Alfaiz em 1160. O reinado dos fatímidas estava tão fraco e dividido nesta época que os cruzados puderam iniciar uma invasão ao Egito. Com a ajuda dos zênguidas do sultão sírio Noradine, Xauar conseguiu se estabelecer como vizir (r. 1163–1169) e foi um governante habilidoso no Egito. Com a ajuda das tropas sírias sob Xircu e Saladino, o vizir conseguiu repelir as incursões cruzadas. Com uma política externa que alternava alianças com os cruzados e os zênguidas, Xauar conseguiu manter-se no poder, ainda que de forma tênue. Porém, os zênguidas derrubara Xauar em 1169 e instalaram Xircu como vizir. Quando ele morreu apenas dois meses depois, o seu sobrinho, Saladino, se tornou o vizir no Egito. Quando Aladide morreu de causas naturais em 1171, a dinastia fatímida terminou e deu lugar aos aiúbidas (1171–1260), uma dinastia que foi batizada em homenagem ao pai de Saladino Aiube ("Jó)"). PalácioO palácio de Aladide ficava no Cairo e foi nele que se firmou a aliança entre o Califado Fatímida e o Reino de Jerusalém. O rei Amalrico I de Jerusalém enviou dois cavaleiros fluentes em árabe, provavelmente templários,[1] ao Cairo para confirmar o acordo que lhe havia sido oferecido pelo vizir egípcio Xauar. Os cavaleiros foram então levados a:
O califa de dezesseis anos confirmou a aliança com os cavaleiros, que insistiram, para escândalo da corte, num juramento pessoal do califa sobre a sua lealdade à aliança e que ele lhes apertasse a mão. O califa ofereceu sua mão com luvas de seda, mas foi interrompido por um dos cavaleiros: "Um juramento deve ser feito com as mãos limpas, pois uma luva pode ser o sinal de uma futura traição". O califa concordou com esta demanda também e os egípcios e os franjes (a palavra que eles usavam para designar os cruzados "franceses") começaram a elaborar os planos de batalha para deter o exército de Xircu.[3] Ver também
ReferênciasBibliografia
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