Ainda Estou Aqui (filme de 2024)
Ainda Estou Aqui é um filme brasileiro de 2024, do gênero drama biográfico, dirigido por Walter Salles e protagonizado por Fernanda Torres e Fernanda Montenegro como Eunice Paiva em diferentes fases da vida, além de Selton Mello no papel de Rubens Paiva.[4] O roteiro de Murilo Hauser e Heitor Lorega foi baseado na autobiografia homônima de 2015 escrita por Marcelo Rubens Paiva.[5] O filme foi distribuído nos mercados internacionais como "I'm Still Here".[6] A trama retrata a história autobiográfica de Marcelo Rubens Paiva com enfoque na vida de sua mãe, Eunice Paiva, uma advogada que acabou se tornando ativista política na sequência da prisão e consequente desaparecimento de seu marido (em razão da qual também foi presa com uma de suas filhas, Eliana Paiva) pela ditadura militar brasileira.[7][8] Sua estreia no Festival de Veneza aconteceu em 1.º de setembro de 2024, tendo sido aplaudido por dez minutos consecutivos pelo público e rendendo aclamação à atuação de Fernanda Torres.[6] O filme foi premiado com a Osella de Ouro de Melhor Roteiro.[9] Em outras exibições no mesmo festival, foi consistentemente ovacionado.[8] Posteriormente, foi selecionado para mais de 50 festivais no mundo.[10] Foi escolhido pela Academia Brasileira de Cinema como representante do Brasil na categoria de Melhor Filme Internacional no Óscar 2025.[11][12] O filme será distribuído internacionalmente, incluindo os Estados Unidos, pela Sony Pictures Releasing, através do selo Sony Pictures Classics.[13] Nos cinemas brasileiros, foi lançado oficialmente em 7 de novembro de 2024 e, mesmo tendo sido alvo de boicote, consequentemente fracassado, da direita brasileira,[14] imediatamente tornou-se um sucesso de bilheteria, assumindo e mantendo-se na liderança da bilheteria nacional, com arrecadação de mais de 72 milhões de reais e mais de 3,3 milhões de espectadores até o momento.[15][16] Foi incluso no Top 5 melhores filmes internacionais de 2024 da National Board of Review[17] e considerado um dos melhores filmes do ano pela revistas especializadas BBC e Sight & Sound.[18][19] Aos Prêmios Globos de Ouro de 2025, Fernanda Torres tornou-se a primeira brasileira a ganhar o prêmio de Melhor Atriz em Filme – Drama por sua atuação no filme, que, por sua vez, recebeu uma indicação de Melhor Filme em Língua Estrangeira, categoria em que também foi nomeado nos Prêmios Critics' Choice Movie e no BAFTA. SinopseA adaptação da autobiografia homônima de Marcelo Rubens Paiva se concentra no Rio de Janeiro, em janeiro de 1971, para onde o ex-deputado federal Rubens Paiva (Selton Mello) voltou a residir no Brasil alguns meses antes com sua esposa, Eunice Paiva (Fernanda Torres - de 1971 a 1996 / Fernanda Montenegro - em 2014), e seus cinco filhos depois do seu autoexílio em 1964 devido à cassação de seu mandato pelo Ato Institucional Nº 1 (devida, por sua vez, à sua participação na CPI do IPES/IBAD em 1962).[20] Apesar de ter voltado a exercer a engenharia e a cuidar de seus negócios sem deixar de lado seus momentos ao lado de sua família e seus amigos, Rubens, por continuar prestando suporte aos exilados sem comentar praticamente nada de suas atividades políticas com sua esposa e seus filhos, teve sua casa invadida, ocupada e revistada por seis homens (que, na verdade dos fatos, declararam pertencer à Força Aérea Brasileira), sendo, logo em seguida, dela levado preso para nunca mais voltar. Um dia depois, ao passar a ter a vida pessoal sua e de seus filhos devassada por membros das Forças Armadas, Eunice é levada presa com uma de suas quatro filhas com Rubens, Eliana (Luiza Kosovski - em 1971 / Marjorie Estiano - em 2024),[21] e sua vida é modificada para sempre. Elenco
ProduçãoO filme contou com uma equipe de produção e técnica de alto nível, reunindo profissionais renomados. A produção ficou a cargo de Maria Carlota Fernandes Bruno, Walter Salles e Rodrigo Teixeira, enquanto Juliana Capelini, Renata Brandão, Thierry de Clermont-Tonnerre e Lourenço Sant’Anna atuaram como produtores executivos. Na equipe técnica, Adrian Teijido assinou a direção de fotografia, Affonso Gonçalves foi o montador-chefe, Marisa Amenta liderou a equipe de maquiagem, e Carlos Conti ficou responsável pelo design de produção.[26] O filme foi produzido pela RT Features e VideoFilmes em parceria com Globoplay, Mact Productions, Conspiração Filmes e Arte France Cinéma. Seu roteiro foi escrito por Murilo Hauser e Heitor Lorega e suas gravações ocorreram no Rio de Janeiro em junho de 2023.[27] FilmagensMais de uma dezena de locais emblemáticos do Rio de Janeiro foram recriados durante as filmagens, com a equipe de produção e o elenco passando por 12 bairros das regiões Central, Sul e Norte da cidade. Cenários reais foram transformados para remeter aos anos 1970, incluindo a Urca, Gamboa, Arpoador, Glória, Centro, Copacabana, Ilha do Governador (Aeroporto do Galeão), Cosme Velho (Colégio Sion), São Cristóvão (viaduto), Engenho de Dentro (Instituto Municipal Nise da Silveira como DOI-Codi), Leblon (praia e Avenida Delfim Moreira) e Jardim Botânico (Rua Euclides de Figueiredo, onde a família construiria sua casa).[28] Um exemplo curioso foi a transformação da Confeitaria Manon, no Centro, inaugurada em 1942, para se parecer com a lanchonete Chaika, tradicional ponto de encontro em Ipanema, aberto em 1962. Esse cenário serviu para retratar um momento alegre da família em torno de uma mesa. No Leblon, a Livraria Argumento foi recriada, e a praia em frente à Avenida Delfim Moreira, que nos anos 1970 funcionava como playground da família, recebeu um tratamento especial. Durante as filmagens em meados de 2023, a produção pagou barraqueiros para que deixassem as areias livres e sem tanto comércio, recriando a atmosfera típica da época.[28] Outros pontos notáveis incluíram ruas da Glória e do Centro, além do Centro Cultural Light, que serviram para ambientar cenas de trânsito ou em um banco. No Túnel Rebouças, foi gravada a sequência em que os personagens são parados e revistados pela polícia, enquanto as antigas instalações do Instituto Municipal Nise da Silveira, no Engenho de Dentro, foram usadas para representar o DOI-Codi, cenário das prisões de Eunice e das torturas sofridas por perseguidos políticos como Rubens Paiva.[28] A produção também se preocupou em utilizar veículos reais para as filmagens, inclusive os que percorriam nas avenidas, objetivando evitar o uso de CGI. Os carros sempre chegavam ao set em reboques, impecavelmente conservados e limpos. Para dar mais autenticidade, os contra-regras utilizavam borrifadores diariamente, submetendo os veículos a um processo de "envelhecimento" que simulava o desgaste natural de automóveis que dormiam na rua e estavam em uso constante. Uma pessoa da produção foi encarregada de dirigir os carros para gravar os sons que se propagavam no interior. Walter Salles ouvia essas gravações e, com base nelas, solicitava ajustes ou revisões mecânicas para garantir o realismo. No total, foram 399 diárias de veículos, com 65 locações diferentes. Entre os modelos usados, o Fusca se destacou como o mais frequente no set, refletindo com precisão a realidade da época retratada.[29] Trilha sonoraO filme se destaca não apenas pelo roteiro e pelas atuações, mas também pela escolha musical, que, em várias cenas, chega a dialogar diretamente com as falas dos personagens. Como grande parte da trama é ambientada na década de 1970, canções da MPB e do movimento Tropicália foram selecionadas com extremo cuidado para compor o tom das cenas e transportar o espectador para o contexto histórico da época, marcado pela censura, violência e a luta por liberdade.[30][31] Ambientado nos anos mais intensos da ditadura militar, o longa traz uma trilha sonora poderosa, repleta de músicas com duplo sentido, muitas delas censuradas naquele período. Nomes icônicos como Erasmo Carlos, Os Mutantes, Tim Maia e Tom Zé ajudam a reforçar a atmosfera de resistência e criatividade que permeava a cultura brasileira.[30][31] A seguir, as músicas presentes na obra cinematográfica:[31]
LançamentoEm maio de 2024, a Sony Pictures Classics adquiriu os direitos de distribuição do filme na América do Norte, Oriente Médio, Europa Oriental, Turquia, Portugal, Austrália e Nova Zelândia no Marché du Film.[32] A estreia do filme ocorreu no 81.º Festival de Veneza, em 1.º de setembro de 2024, ocasião na qual "emocionou e levou o público de Veneza às lágrimas" e angariou-lhe elogios.[33][34] No dia seguinte, as redes sociais oficiais do Globoplay e da Sony Pictures do Brasil lançaram o Teaser Trailer de 1 minuto e 10 segundos do filme.[35] Nas Américas, a primeira exibição se deu no Festival Internacional de Cinema de Toronto,[36] também tendo sido selecionado para exibição no Festival de Cinema de Nova Iorque.[37] Esteve ainda entre os selecionados do Festival de Cinema de Londres,[38] do Festival do Rio[39] e da Mostra Internacional de Cinema de São Paulo.[40] O trailer oficial, destacando a aclamação da crítica, foi lançado em 3 de outubro de 2024, confirmando a data de estreia do filme em 7 de novembro de 2024 no Brasil. Na França, por sua vez, o filme deve estrear em 15 de janeiro de 2025,[41][42][43] e em Portugal, em 16 de janeiro de 2025.[44] A Sony Pictures Classics lançou um trailer internacional para o filme em 12 de novembro de 2024, confirmando que o filme irá estrear nos Estados Unidos, em Nova York e Los Angeles, em 17 de janeiro de 2025, e em outras cidades a partir de fevereiro.[45][46] Em Portugal, o filme Ainda Estou Aqui se tornou um fenômeno instantâneo, lotando diversas salas para a sua estreia, em 16 de janeiro, e o primeiro fim de semana. De acordo com especialistas ouvidos pelo jornal português Público, este fenômeno só costuma ocorrer com blockbusters de Hollywood. As notáveis exceções nesse sentido só ocorreram com os filmes Cidade de Deus, Bruna Surfistinha e Tropa de Elite. Ainda de acordo com os especialistas citados no Público, alguns dos fatores que explicam esse fenômeno cultural perpassa pela imensa popularidade de Fernanda Torres, sobretudo após sua vitória no Globo de Ouro, além da crescente comunidade brasileira em Portugal. Ainda de acordo com o jornal, os portugueses terão a oportunidade de conhecer parte da história recente do Brasil através do filme de Walter Salles, visto que o período da ditadura civil militar brasileira é pouco estudada em Portugal. A diretora do Festival de Cinema Itinerante de Língua Portuguesa (Festin), Lea Teixeira, diz que o sucesso de Ainda Estou Aqui foi uma surpresa: “Estou perplexa. É muito bom para um filme brasileiro em Portugal. Isso é muito bom para o cinema brasileiro”.[47] Na cidade do Porto, região norte de Portugal, um tradicional cinema viu um fato histórico acontecer. O Cinema Trindade registrou 12 sessões com ingressos esgotados do primeiro fim de semana de Ainda Estou Aqui, algo inédito na história daquele cinema. Ou seja, o filme superou todas as expectativas e estabeleceu novos recordes. O proprietário do tradicional cinema disse à imprensa que nunca havia testemunhado nada parecido naquele espaço.[48] RecepçãoBilheteriaEm seu dia de estreia no Brasil, Ainda Estou Aqui levou 50 320 pessoas aos cinemas, arrecadando 1,1 milhão de reais.[49] Em seu primeiro final de semana (cerca de três dias de lançamento), mesmo tendo sido alvo de boicote frustrado pela extrema-direita brasileira,[50][51] o filme estreou em primeiro lugar nas bilheterias no país e arrecadou ao todo 8,6 milhões de reais, levando 358 mil pessoas às salas de cinema, ultrapassando Venom: A Última Rodada, em sua terceira semana de exibição, que ficou em segundo lugar na bilheteria (6,6 milhões de reais), seguido de Operação Natal (5,3 milhões de reais).[52] Até o dia 18 de novembro, e em seu segundo final de semana, o filme já havia levado mais de um milhão de espectadores aos cinemas e arrecadado 23,5 milhões de reais.[53][54] Em duas semana de lançamento, continuou na primeira posição, alcançando 31 milhões de bilheteria e 1,7 milhão de público, ficando acima da estreia de Wicked e Gladiador II na sua terceira quinta feira.[55][56] Até o dia 24 de novembro, seu terceiro fim de semana, o filme havia angariado mais 8,9 milhões de reais e levado mais de 390 mil pessoas aos cinema, somando um total de 1,8 milhão de espectadores, totalizando uma bilheteria de 38,7 milhões de reais até aquele momento.[57][58] Dessa forma, tornou-se o filme de maior público da carreira de Walter Salles no Brasil, superando os 1,6 milhão de público de Central do Brasil (1998).[59] No dia 28, em sua terceira semana de lançamento, Ainda Estou Aqui se tornou a segunda maior bilheteira entre as produções nacionais nos cinemas brasileiros pós-pandemia, com uma bilheteria de 41,8 milhões de reais,[60] e superou a marca de dois milhões de espectadores.[61] Em quatro semanas de exibição, no dia 1 de dezembro, a produção já havia arrecadado 47,5 milhões de reais e sido vista por 2,22 milhões de pessoas, tornando-se a maior bilheteria nacional desde a pandemia.[62] No dia 4 de dezembro, sua bilheteria estava em 49,1 milhões de reais.[63] Em apenas sete semanas em cartaz, o longa foi assistido por 2,92 milhões de espectadores e havia arrecadado 62,7 milhões de reais. Após seu sucesso nos Prêmios Globos de Ouro, o número de espectadores de Ainda Estou Aqui aumentou em todo o país, com mais de 17 mil ingressos vendidos entre os dias 5 e 10 de janeiro de 2025 e uma arrecadação total de 67 milhões de reais até a supracitada data.[16] Na semana seguinte, com dois meses de lançamento, sua bilheteria já batia a casa dos 72,6 milhões de reais e público de 3,33 milhões de pessoas.[64] O filme compõe o top 5 das maiores bilheterias do Brasil em 2024, composto por sucessos internacionais: Divertidamente 2 lidera com 444 milhões de reais, seguido por Deadpool & Wolverine (157 milhões), Meu Malvado Favorito 4 (152,1 milhões) e Moana 2 (145,7 milhões de reais).[65][66] O filme fez sua estreia em um circuito limitado nos Estados Unidos no final de janeiro de 2025. Exibido em apenas cinco salas, localizadas em Los Angeles e Nova York, o longa alcançou a 26ª posição no ranking semanal das bilheterias, arrecadando US$ 125 mil. Apesar da distribuição restrita, o filme destacou-se ao liderar com ampla vantagem na média de faturamento por sala, evidenciando um desempenho superior ao dos demais títulos em cartaz. A partir de 7 de fevereiro, a produção terá um lançamento nacional em 500 salas, marcando o maior número de exibições simultâneas para um filme brasileiro nos EUA.[67] CríticaApós seu lançamento, Ainda Estou Aqui recebeu aclamação universal[71] pelo público, críticos cinematográficos e pela imprensa nacional e internacional; elogios vieram principalmente para a atuação de Fernanda Torres.[72][73] No agregador de resenhas Rotten Tomatoes, o filme recebeu um "Certificado Fresco" e marca uma aprovação de 94% com base em 50 avaliações críticas, com o desempenho de Torres sendo elogiado, e registra uma nota de 8,1 de 10. De acordo com o site, o consenso crítico do filme diz: "Carregado pelo excelente desempenho de Fernanda Torres, Ainda Estou Aqui explora de forma pungente a convulsão [social] de uma nação através da busca de respostas de uma família".[74] O Metacritic, que utiliza uma média ponderada, atribuiu ao filme 84/100 pontos baseados em 20 críticas, indicando "Aclamação Universal".[71] Jessica Kiang, da Variety, elogiou o filme e sua carga dramática: "Clássico na forma, mas radical na empatia, I'm Still Here sem dúvida não precisa das seções de acompanhamento que alteram um pouco o ritmo emocional. Mas, por outro lado, esses personagens são tão vívidos que também não queremos deixá-los."[75] Para a revista cinematográfica ScreenDaily", Salles "nunca exagera nas batidas emocionais do filme", confiando na atuação "magnífica e complexa" de Torres, além de tecer elogios a Montenegro, "que tem uma breve, mas excepcionalmente poderosa, participação especial aqui como a idosa Eunice".[76] Diversos veículos internacionais aplaudiram o trabalho de Fernanda Torres, com o Collider considerando uma das melhores atuações do ano, sendo "mais do que merecedora de uma indicação ao Oscar".[69] Em sua crítica à Deadline, Stephanie Bunbury descreve o filme como uma "celebração ao Brasil", e exalta Torres, afirmando que a atriz "tem uma delicadeza emocional em seu papel [...] e é uma atuação que deve catapultá-la para a corrida pelos prêmios, 25 anos depois de sua mãe, Fernanda Montenegro, ter sido indicada ao Oscar pelo filme de sucesso de Salles Central do Brasil".[77] David Rooney, do The Hollywood Reporter, destacou a relação entre Montenegro e Torres, dizendo: "o que torna a conexão ainda mais pungente é que [Montenegro] aparece como a versão idosa e enferma da protagonista — uma mulher de força silenciosa e resistência interpretada pela filha de Montenegro, Fernanda Torres, com extraordinária graça e dignidade diante do sofrimento emocional", e reconheceu I'm Still Here como "envolvente e profundamente tocante com um poço profundo de pathos. É um dos melhores de Salles".[78] Para o IndieWire, Leila Latif diz que a performance de Torres "é tão espetacular quanto sua filmografia sugere, tendo se destacado como uma das maiores atrizes do continente sul-americano em papéis em Terra Estrangeira (também dirigido por Salles) e ganhado uma Palma de Ouro de Melhor Atriz em Eu Sei que Vou Te Amar. Sua Eunice possui força e estoicismo fenomenais, que tornam cada momento de dor que espreitam pelas frestas de sua armadura ainda mais comovente" e destacou sua interação em tela com Selton Mello.[79] Robert Daniels, do RogerEbert.com, diz: "Através da presença formidável de Fernanda Torres, o deliberado Ainda Estou Aqui, um filme que localiza mais significado diante da atual onda de extrema-direita no Brasil, permanece no coração muito depois de a imagem desaparecer".[80] O cineasta Alfonso Cuarón considerou-o seu filme favorito de 2024, dizendo: "Assistir a um filme de Walter Salles é ser abraçado pela generosidade, é como vivenciar uma atração gravitacional, que nos eleva e nos ancora como uma força invisível, mas inegável. Com Ainda Estou Aqui, esse efeito é ainda mais poderoso."[81] Ainda Estou Aqui entrou em diversas publicações dos melhores filmes do ano.[18][19] Prêmios e indicações
Referências
Ligações externas
|
Portal di Ensiklopedia Dunia