Adela de França, condessa de Flandres
Adela de França, Adela de Messines ou Alice (em francês: Adèle; Paris, 1009 — Messines, 8 de janeiro de 1079),[1] foi uma princesa de França como filha do rei Roberto II de França e de sua terceira esposa, Constança de Arles. Foi duquesa consorte da Normandia através de seu primeiro casamento com Ricardo III da Normandia e pelo seu segundo casamento com Balduíno V da Flandres, foi condessa consorte de Flandres, além de ter sido condessa de Contenance e de Auxerre.[2] Através de sua filha, Matilde de Flandres, esposa de Guilherme I de Inglaterra, Adela é uma ancestral da Dinastia normanda, e subsequentes casas reais da Inglaterra, como a Dinastia Plantageneta. FamíliaSeus avós paternos eram Hugo Capeto, rei dos Francos, primeiro rei da Casa de Capeto e sua esposa, Adelaide da Aquitânia. Seus avós maternos eram o conde Guilherme I da Provença, conhecido como "o Libertador" e Adelaide Branca de Anjou, que foi rainha consorte da Aquitânia através de seu terceiro casamento com Luís V de França. Antes de sua mãe, seu pai havia sido casado duas vezes, o que resultou em filhos que morreram jovens. Portanto, Adela não teve meio-irmãos. Entre seus irmãos, estavam: Henrique I de França, sucessor de seu pai como rei e duque da Borgonha; Hugo Magno, governou ao lado do pai 19 de junho de 1017 até a sua morte em 17 de setembro de 1025; Roberto I, Duque da Borgonha, sucedeu ao seu irmão, Henrique I, no ducado; Edviges de França, condessa consorte de Nevers por casamento com Reinaldo I de Nevers; Odo ou Eudes, que pode ter tido retardo mental e Constança, casada com o conde Manasses de Dammartin. CasamentosAdela se casou com o duque Ricardo III da Normandia, em janeiro de 1027. Ele era filho de Ricardo II da Normandia e Judite da Bretanha, os avós paternos do rei inglês, Guilherme, o Conquistador. Como parte do dote, seu pai lhe deu a Senhoria de Corbie. Porém, o casamento foi curto, já que Ricardo morreu naquele mesmo ano em 6 de agosto. No outro ano, em 1028, em Amiens, a ex-duquesa se casou com Balduíno V, conde de Flandres, filho de Balduíno IV da Flandres, chamado de "o Barbudo", e de Ogiva de Luxemburgo, filha de Frederico do Luxemburgo. InfluênciaQuando o irmão de Adela, Henrique I de França morreu, ele deixou um filho de sete anos de idade, Filipe I de França, filho de Ana de Kiev, que passou a exercer a regência para o seu filho, juntamente com o conde Balduíno V, marido de Adela.[3] Os dois cumpriram o seu papel de 1060 até 1067, e Ana foi a primeira rainha da França a ser regente. Em 1071, o terceiro filho do casal, Roberto, o Frísio, planejava invadir Flandres, sendo que na época, o conde era Arnulfo III da Flandres, neto de Adela e Balduíno V, através de seu filho Balduíno VI da Flandres. Roberto anteriormente havia prometido ao irmão proteger o sobrinho. Na época, sua mãe, Riquilda de Hainaut, servia como regente para o filho.[4] Ao saber disso, Adela pediu a ajuda do rei Filipe I, para impedir Roberto. Assim, o rei mandou soldados para ajudar Arnulfo aliados a dez cavaleiros normandos sob a liderança de Guilherme FitzOsbern, 1° conde de Hereford, parente e conselheiro de Guilherme, o Conquistador. O conflito resultou na Batalha de Cassel, em que as forças de Arnulfo apesar de serem superiores às de Roberto, foram derrotadas antes de se organizarem adequadamente para a batalha, e o conde Arnulfo e Guilherme FitzOsbern foram mortos. A mãe do conde, Riquilda, foi capturada e depois solta. Mais tarde, o rei Filipe reconheceu Roberto como o novo conde de Flandres. Um ano depois, Berta da Holanda, enteada do novo conde Roberto, se casou com o rei Filipe I, para selar a paz. ObrasAdela era interessada nas reformas do marido em igrejas, e esteve ao lado dele na fundação de vários colegiados, como os Colégios de Aire (em 1049), Lille (em 1050), Harelbeke (em 1064), e as Abadias de Messines e Ename, em 1057 e 1063, respectivamente.[5] Com a morte de Balduíno em 1 de setembro de 1067, Adela foi até Roma, onde se tornou freira com a permissão do Papa Alexandre II e se retirou para o convento benedito de Messines, perto de Ypres. Lá ela morreu e foi enterrada. Ela é venerada como santa na Igreja Católica, e seu dia é 8 de setembro.[6] DescendênciaEla não teve nenhum filho de seu primeiro casamento. Com Balduíno, Adela teve três filhos:
Ancestrais
Referências
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