Acordo sino-paquistanêsAcordo sino-paquistanês (também conhecido como Acordo de Fronteira Sino-Paquistanês ou Acordo China-Paquistão) é um documento de 1963 entre os governos do Paquistão e da China que estabeleceu a fronteira entre esses países. Isso resultou na China cedendo mais de 1.942 quilômetros quadrados (750 sq mi) para o Paquistão e o Paquistão reconhecendo a soberania chinesa ao longo de centenas de quilômetros quadrados da região ao norte da Caxemira e Ladaque. O acordo é controverso, não reconhecido como legal pela Índia, que também reivindica a soberania sobre parte do território. Além de aumentar as tensões com a Índia, o acordo alterou o equilíbrio da Guerra Fria, trazendo o Paquistão e a China mais próximos, enquanto que afrouxou os vínculos entre o Paquistão e os Estados Unidos.[carece de fontes] SignificadoO acordo foi moderadamente vantajoso economicamente para o Paquistão, que recebeu campos de pastagem na transação, porém teve muito mais importância política, já que ambos diminuíram risco de conflito entre a China e o Paquistão e, como indicou Syed, "colocou a China formalmente e firmemente em registro como mantendo que a Caxemira não era, até então, pertencente à Índia". [1] A Índia não reconhece o acordo, sob o qual a China detém 5.180 quilômetros quadrados (2.000 sq mi) no norte da Caxemira, como legal. [2][3][4] A Time, informando sobre o assunto em 1963, expressou a opinião de que, ao assinar o acordo, o Paquistão teve ainda "esmaecida as esperanças de solução" do conflito na Caxemira entre o Paquistão e a Índia. [5] De acordo com a Jane's International Defence Review, o acordo também teve importância na Guerra Fria, uma vez que o Paquistão tinha vínculos com os Estados Unidos e era membro da Organização do Tratado Central e da Organização do Tratado do Sudeste Asiático.[6] O acordo era parte de uma estratégia global de estreitamento da associação da China com o Paquistão, que resultaria no afastamento do Paquistão dos Estados Unidos. [6][7][8] Após a definição das fronteiras, os dois países também entraram em acordos com respeito ao comércio e viagens aéreas, o último dos quais foi o primeiro acordo internacional que a China entrou com um país que não fosse comunista. [9] Ver tambémReferências
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