Crise diplomática entre Estados Unidos e Paquistão
Crise diplomática entre Estados Unidos e Paquistão referem-se a deterioração das relações entre os dois países e a OTAN devido aos incidentes militares, escaramuças de fronteira e confrontos entre o Paquistão e os Estados Unidos, que ocorreram ao longo da fronteira entre o Afeganistão e o Paquistão desde o final de 2008 até o final de 2012. Isso afetaria gravemente as relações entre ambos os países, uma vez que o Paquistão comprometeu-se a ajudar os Estados Unidos em sua luta contra o terrorismo na chamada Guerra ao Terror. Estes incidentes envolveram as Forças Armadas dos Estados Unidos e as forças da Força Internacional de Assistência para Segurança (ISAF), que estavam presentes no Afeganistão combatendo os insurgentes do Talibã e da al-Qaeda, e contra as Forças Armadas do Paquistão em uma série de escaramuças que cessariam pouco depois do ataque da OTAN em 2011 no Paquistão. A crise agravaria depois que um comando estadunidense invadiu o espaço aéreo paquistanês e matou o então líder da al-Qaeda, Osama bin Laden, na cidade de Abbottabad, no norte do Paquistão em 2 de maio de 2011,[1] e se intensificaria ainda mais quando um comando de helicópteros da OTAN atacou as forças paquistanesas na cidade de Salala em 26 de novembro de 2011, matando 26 soldados e deixando um saldo de 14 feridos.[2] [3] Os dois lados em última análise, fariam as pazes e continuariam colaborando em operações contra grupos insurgentes no Paquistão após um oficial — ainda que breve — pedido de desculpas pela então secretária de Estado dos Estados Unidos Hillary Clinton em 3 de julho de 2012 sobre a perda de vidas sofrida pelo exército paquistanês.[4] ContextoDesde o início da Guerra ao Terror em 2001 e da subsequente invasão do Afeganistão pelos Estados Unidos para derrubar o regime Talibã e destruir a al-Qaeda, os Estados Unidos lançam vários ataques aéreos em todo o noroeste do Paquistão visando atingir militantes relacionados à Guerra no Afeganistão, que fugiram do país e procuraram abrigo temporário na fronteira com as áreas tribais paquistanesas. Estes ataques têm sido criticados pelo Paquistão, como uma violação da soberania nacional, e resultariam em tensas relações diplomáticas entre os dois países. Também tem causado um alvoroço entre a população civil e os políticos paquistaneses e alimentado sentimentos antiamericanos. Desde junho de 2004,[5] as forças armadas dos Estados Unidos lançam dezenas de ataques com veículos aéreos não tripulados contra alvos presumidos dos talibãs, matando centenas[5] de militantes e civis.[6] Estes ataques com drones têm sido objeto de fortes críticas do Paquistão, que afirma que esta não é a melhor maneira de combater o terrorismo e que isso terá o resultado inevitável de unir os lideres tribais ao longo da fronteira com os talibãs e contra os Estados Unidos. O Paquistão havia anteriormente coordenado ataques com mísseis com os estadunidenses, mas os Estados Unidos, desde então, realiza ataques sem informar as autoridades paquistanesas.[7] Os soldados paquistaneses receberiam, então, ordens para neutralizá-los. Ver também
Referências
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