Zoo City
Zoo City é um romance de ficção científica da escritora sul-africana Lauren Beukes. Foi galardoado com o prémio Arthur C. Clarke de 2011[1] [2][3][4]e com o prémio Kitschies Red Tentacle de 2010 para melhor romance[5]. A capa da edição britânica do livro foi premiada com o BFSA (Prémio da Associação Britânica de Ficção Cientifica) de 2010 para melhor ilustração e a própria obra foi finalista na categoria de melhor romance do prémio. EnredoA ação de Zoo City desenrola-se numa versão alternativa da cidade sul-africana de Joanesburgo, onde pessoas que tenham cometido crimes são ligadas por magia a um espírito familiar animal – delas se diz que foram “animalizadas”. Zinzi December, a protagonista do romance, é uma ex-jornalista e toxicodependente em recuperação que foi “animalizada” a uma preguiça depois de ter causado a morte do irmão. Vive em Hillbrow, um subúrbio de Joanesburgo,chamado de Zoo City no romance devido ao grande número de “animalizados", refugiados e sem-abrigo[3]. Zinzi está a tentar pagar as suas dívidas ao seu traficante de droga cobrando às pessoas pela utilização do seu dom para encontrar objetos perdidos e utilizando as suas competências de escrita para redigir e-mails fraudulentos (esquema nigeriano). O enredo do livro centra-se no esforço de Zinzi que, a pedido de um produtor musical, tenta encontrar o membro feminino de um duo de música pop composto por dois irmãos em troca da quantia necessária para saldar a divida com o seu traficante.[2][3][6] AnimalizaçãoO processo de animalização é descrito no romance como uma consequência automática – não só para os seres humanos da África do Sul, mas de todo o mundo – de se carregar um grande sentimento de culpa. A distinção entre culpabilidade moral e legal não é clara, assim como não o é o limite que desencadeia a animalização; no entanto, ser-se responsável pela morte de outro ser humano é, sem dúvida, um mecanismo de desencadeamento. Todos os animais dão ao seu “dono” um poder psíquico diferente; no entanto, o dono deverá manter-se sempre perto do animal sob pena de se sujeitar a ataques de pânico debilitantes, náusea e outros sinais de privação. Os animais não são limitados pela esperança média de vida da sua espécie, mas podem morrer por ação violenta; se tal acontecer, o dono será desfeito em pedaços, em poucos minutos, por uma misteriosa nuvem negra. Processo de EscritaBeukes começou a escrever Zoo City depois de ter assinado um contrato para dois livros com a editora britânica Angry Robot para Moxyland, o seu primeiro romance, e um livro posterior. Apesar de ter trabalhado em Moxyland durante quatro anos, levou apenas pouco mais de um ano a concluir Zoo City. Para levar a cabo a sua pesquisa para Zoo City, Beukes – que nasceu em Joanesburgo mas vive atualmente na Cidade do Cabo – contratou um assistente para a ajudar a estabelecer contactos em Hillbrow, o subúrbio central de Joanesburgo onde se desenrola grande parte do livro, e passou dias a caminhar pela área. Histórico de Publicações
Nota: o livro não se encontra ainda traduzido para português. Prémios e NomeaçõesZoo City ganhou o prémio Arthur C. Clarke de 2011[8][9] no dia 28 de abril desse mesmo ano. Este prémio é atribuído ao melhor romance de ficção científica que tenha sido publicado pela primeira vez no Reino Unido durante o ano anterior, e é considerado o prémio britânico de ficção científica mais prestigiado. Beukes usou uma preguiça falsa sobre os seus ombros na cerimónia de entrega dos prémios em Londres, imitando o familiar animal de Zinzi December[10]. A capa do livro da edição britânica de 2010, concebida por Joey Hi-Fi, recebeu o prémio BSFA de 2010, a 26 de abril de 2011, para melhor ilustração. A obra foi candidata à categoria de melhor romance do mesmo prémio, mas perdeu para o livro de Ian McDonald, The Dervish House, que então era o favorito para o prémio Arthur C. Clarke. O livro recebera anteriormente o prémio Kitschies Red Tentacle de 2010 para melhor romance, como aquele que “melhor eleva o tom da cultura geek”. Na África do Sul, o romance esteve na lista de finalistas de vários prémios, incluindo o prémio de Escrita Criativa de 2010-2011 da Universidade de Joanesburgo[11], o Prémio Literário da M-Net de 2011 e o Prémio Bookseller’s Choice de 2011 da Nielsen[12]. Foi também nomeado para o Prémio Ficção do Sunday Times em 2011[13] e nomeado para o Prémio World Fantasy de 2011[14] para melhor romance. Projeto de Adaptação CinematográficaEm novembro de 2011, a produtora de cinema sul-africana Helena Spring[15] adquiriu os direitos cinematográficos de Zoo City.[16] Seria Beukes a escrever o guião cinematográfico enquanto Spring ofereceria o projeto a um pequeno número de realizadores. A agente literária de Beukes afirmou que “Helena ultrapassou todos os outros num leilão bastante animado para os direitos de filmagem deste extraordinário livro: ela teve uma atitude extremamente proativa e simpática relativamente à perspetiva de trabalhar com Lauren e ofereceu uma proposta imaginativa e criativa, verdadeiramente irresistível.”[17] Em novembro de 2013, Donovan Marsh foi indicado como o potencial realizador do filme. Nessa altura, Marsh estava a desenvolver o guião cinematográfico com a colaboração de Beukes, e a produção do filme ficou programada para a segunda metade de 2014.[18] InfluênciaO livro exerceu uma grande influência na arte com batom de Sarah Britten, que publicou o seguinte no seu sítio da Internet sobre arte:
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