Yeda Crusius
Yeda Rorato Crusius GOMD (São Paulo, 26 de julho de 1944) é uma economista e política brasileira. Foi a 36ª Governadora do Estado do Rio Grande do Sul, entre 2007 e 2011, atualmente está sem partido.[2] Nascida na capital paulista, descendente de italianos, mudou-se para o Rio Grande do Sul em 1970 depois de casar-se com o economista Carlos Crusius, com quem tem dois filhos. Yeda é formada em economia pela Universidade de São Paulo, sendo pós-graduada pelo Instituto de Pesquisas Econômicas da Universidade de São Paulo e pela Universidade Vanderbilt. Ela iniciou sua carreira acadêmica em Porto Alegre e lecionou na Universidade Federal do Rio Grande do Sul, sendo uma das primeiras diretoras da Faculdade de Ciências Econômicas da Universidade Federal do Rio Grande do Sul. Entre janeiro e maio de 1993, durante o governo de Itamar Franco, ocupou o cargo de Ministra do Planejamento. Um ano depois da renúncia como ministra, foi eleita deputada federal pelo Rio Grande do Sul, sendo reeleita em 1998 e 2002 - período em que lançou-se por duas vezes candidata a prefeita de Porto Alegre. Candidata a governadora do Rio Grande do Sul nas eleições de 2006, foi eleita no segundo turno e tornou-se a primeira mulher a governar o Estado. Como governadora, zerou o déficit do Estado já no segundo ano de administração. Nas eleições de 2010, quando tentava a reeleição, chegou ao final do pleito na terceira colocação. Nas eleições de 2014, candidatou-se a deputada federal, tendo sido eleita com 71 794 votos pelo PSDB, ao lado de Nelson Marchezan Júnior. Em janeiro, Yeda retornou à Câmara dos Deputados após uma década. Início de vida, família, educação e carreiraNascida em 26 de julho de 1944, em São Paulo, Yeda é descendente de italianos; a família Rorato chegou ao Rio Grande do Sul em 1887, enquanto seu avô permaneceu em São Paulo.[3] É a quarta de seis filhos de Francisco Rorato e Sylvia Rorato. Seu pai foi contabilista, mas sua grande paixão era o jornalismo, tendo fundado os jornais O Chicote e a Tribuna de Conquista, que circularam de 1931 a 1936, e Sylvia era dona-de-casa.[4][5] Foi ainda, grão-mestre da Grande Loja Maçônica do Estado de São Paulo em 1956 e em 1974. De seu pai, herdou a paixão pela política e, de sua mãe, o gosto pelos esportes, especialmente o voleibol.[5][6] Em 1963, Yeda começou a cursar economia na Universidade de São Paulo (USP), graduando-se em 1966.[7] De 1964 a 1966, trabalhou como assistente no Tribunal de Contas do Estado de São Paulo. Em 1967, foi economista na Federação do Comércio do Estado de São Paulo, mudando para a Viação Aérea São Paulo no ano seguinte. Em 1968, concluiu sua pós-graduação em economia na USP e em 1969 trabalhou em uma empresa de engenharia. No mesmo ano foi morar nos Estados Unidos, onde concluiu uma pós-graduação na Universidade do Colorado. Em 1971, concluiu um mestrado em economia na Universidade Vanderbilt.[8][9][10][11] Na Vanderbilt, ela conheceu o futuro marido, Carlos Augusto Crusius, que também fazia mestrado em economia.[7] Mudou-se para Porto Alegre em 1970, após se casar com Carlos. Juntos tiveram dois filhos, César e Tarsila. César mora em São Francisco, nos Estados Unidos, e tem duas filhas.[12] Tarsila é psicóloga, foi presidente do Comitê de Ação Solidária durante o governo de Yeda,[13][14] e candidatou-se a vereadora de Porto Alegre na eleição municipal de 2012,[13] ficando na primeira suplência.[15] Também era tia da socialite Carola Scarpa.[16] Em Porto Alegre, Yeda tornou-se professora titular do Departamento de Economia da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS). A partir de 1974, começou a trabalhar como consultora de empresas e em 1976 especializou-se em estatística pela UFRGS. Entre 1983 e 1986 foi coordenadora do curso de pós-graduação em Economia da UFRGS. Em 1988, Yeda foi contratada pela Rede Brasil Sul de Comunicações (RBS), trabalhando como comentarista da área econômica. Entre 1989 e 1990, foi vice-diretora da Faculdade de Economia da UFRGS, sendo sua primeira diretora de 1991 a 1992. Em abril do mesmo ano, saiu da RBS.[8][17] Carreira políticaInício e ministra do PlanejamentoYeda iniciou-se na política partidária em 1990, ao ingressar no Partido da Social Democracia Brasileira (PSDB). No final de janeiro de 1993, licenciou-se dos cargos que ocupava na UFRGS e de outras atividades para tornar-se ministra-chefe da Secretaria de Planejamento, Orçamento e Coordenação no governo de Itamar Franco. Ela havia sido indicada pelo senador gaúcho Pedro Simon e pelo ministro da Fazenda Paulo Haddad. Sua indicação correspondeu aos anseios de Itamar, que desejava indicar ao cargo uma mulher e alguém que não fosse de São Paulo. Na época, Yeda era pouco conhecida, mas sua indicação foi bem recebida pelos empresários brasileiros.[7][8][18] Ao assumir o ministério, Yeda preocupou-se com a política de estabilização econômica. Após deixar o cargo de ministra, Yeda reassumiu suas funções na UFRGS, foi nomeada para o Conselho de Administração do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDS) e exerceu a função de primeira vice-presidente do diretório estadual do PSDB-RS.[7][8][19] Deputada federal (1995-2006)Em 1994, Yeda tornou-se a primeira tesoureira do PSDB-Nacional e foi eleita deputada federal na eleição de outubro daquele ano, obtendo 104 295 votos, sendo superada apenas por Germano Rigotto e Paulo Paim.[8][9][20] Ela assumiu o mandato em fevereiro de 1995 e foi escolhida primeira vice-presidente da Comissão de Orçamento e titular da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados. No decorrer da reforma constitucional em 1995, acompanhou a orientação da base governista, manifestando-se a favor da abolição do monopólio estatal nas áreas de telecomunicações, distribuição de gás canalizado e exploração do petróleo. Yeda também foi favorável à prorrogação da vigência do Fundo de Estabilização Fiscal (FEF) e ao fim de todas as diferenças jurídicas entre empresas de capital nacional e as de estrangeiro.[8] Em 1996, Yeda apoiou a aprovação da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF) e foi relatora da Subcomissão de Educação e do Desporto, Cultura, Ciência e Tecnologia, da Comissão do Orçamento do Congresso Nacional. Naquele ano, também foi candidata à prefeitura de Porto Alegre em uma coligação formada por PSDB, PL, PSC, PSL e PFL, tendo Onyx Lorenzoni como seu candidato a vice. Esta foi a segunda vez que os tucanos lançaram candidatura própria na capital. Eles conseguiram polarizar a disputa com o PT, representado por Raul Pont e José Fortunati. Yeda recebeu 167 397 votos (22,34% dos válidos) e, apesar de perder no primeiro turno para Pont, o PSDB aumentou expressivamente sua votação em relação à disputa anterior.[8][21][22] Em 1997, foi favorável a emenda constitucional que permitiu uma reeleição consecutiva para o Poder Executivo e presidiu o comitê parlamentar da Comissão do Orçamento que examinou obras consideradas com indícios de irregularidades pelo Tribunal de Contas da União (TCU).[8][23] Ainda no mesmo ano, foi relatora na comissão especial de um dos projetos mais importantes do governo, a emenda constitucional que prorrogou a vigência do Fundo de Estabilização Fiscal (FEF) até dezembro de 1999; o relatório final elaborado por Yeda foi aprovado pelo plenário da Câmara.[24] Em outubro de 1998, reelegeu-se para seu segundo mandato como deputada federal com 77 670 votos.[8][25] Em maio de 1999, foi nomeada diretora de Estudos e Pesquisas do Instituto Teotônio Vilela, o órgão de formação política do PSDB.[8] Em 1999, Yeda foi presidente da Comissão de Finanças e Tributação da Câmara dos Deputados, tornando-se a primeira mulher a ocupar este cargo.[26] Em 2000, Yeda voltou a ser candidata ao executivo porto-alegrense pelo PSDB e recebeu o apoio formal do PPB e PSDC.[27] Ela obteve 121 598 votos (15,54%), atrás do ex-prefeito Tarso Genro (48,72%), do PT, e do ex-governador Alceu Colares (20,07%), do PDT.[28] No ano seguinte, tornou-se presidente nacional do Instituto Teotônio Vilela, ficando neste cargo até 2003, e foi vice-líder do governo Fernando Henrique Cardoso no Congresso Nacional.[29][30] Em 2002, reelegeu-se para seu terceiro mandato na Câmara dos Deputados com 170 735 votos, a terceira votação mais expressiva do Estado naquela eleição.[9][31] Em seu novo mandato, foi vice-líder dos tucanos na Câmara dos Deputados em 2003 e entre 2004 a 2006.[30] Em dezembro de 2005, foi admitida pelo então presidente Luiz Inácio Lula da Silva à Ordem do Mérito da Defesa no grau de Grande-Oficial suplementar.[1] Entre as viagens oficiais como deputada, Yeda foi para o México em 1996 e 2000; Nova York em 2000 e 2002; Washington, D.C. em 1995, 1996, 2000, 2002 e 2004; Roma, Reino Unido, Santiago, Buenos Aires e Montevidéu em 1995; Uruguai em 1996; Paris, Londres, Lisboa e San José em 1997; Alemanha e Antártica em 1998; China em 1999; Equador em 2001; França, Bélgica, Peru e Colômbia em 2003; e para a Rússia em 2004.[30] Eleição estadual de 2006Ver artigo principal: Eleições estaduais do Rio Grande do Sul de 2006
Yeda foi presidente do PSDB gaúcho de agosto de 2005 a junho de 2006, cargo do qual licenciou-se para ser candidata ao governo do Estado.[29] Ela foi escolhida candidata numa coligação do PSDB com o PFL, que indicou o postulante a vice Paulo Feijó, e com o PPS, que desistiu da candidatura de Nélson Proença na véspera da inscrição no contexto da aliança nacional em torno de Geraldo Alckmin. O PPS indicou o candidato ao senado da chapa, Mário Bernd. No início da campanha, em agosto de 2006, Yeda figurava em terceiro lugar nas pesquisas eleitorais, atrás do ex-governador Olívio Dutra e do candidato a reeleição Germano Rigotto.[9] No horário eleitoral gratuito, usou o slogan Um novo jeito de Governar e criticou o governo do estado, propondo um "choque de gestão" visando a redução do déficit financeiro que já durava mais de trinta anos, através do corte de CCs, reestruturação da máquina pública, contenção de despesas e racionalização da receita.[9] Yeda assumiu pessoalmente a condução de sua campanha, e focou a propaganda no baixo índice de rejeição que tinha, apresentando-se como a única candidata capaz de derrotar tanto Olívio como Rigotto no segundo turno. Também passou a explorar fortemente sua ligação com o presidenciável tucano, que seria o mais votado no Estado.[32] Faltando uma semana para as eleições, Yeda passou para o segundo lugar nas pesquisas, superando Olívio. Com forte migração de votos de Rigotto para Yeda, a fim de tirar Olívio do segundo turno,[19] a tucana consagrou-se vencedora do primeiro turno, realizado em 1 de outubro, com 32,9% dos votos válidos. Em uma acirrada disputa pela outra vaga no segundo turno, Olívio obteve 27,39% dos votos, enquanto Rigotto ficou em terceiro com 27,12%.[33] No segundo turno, Yeda recebeu o apoio de partidos de centro e direita, incluindo o PMDB de Rigotto (ainda que não tenha recebido o apoio pessoal do então governador), além de parte do PDT, que oficialmente ficou neutro e liberou a militância, e também do PP.[34][35] A primeira pesquisa do segundo turno deu a Yeda mais de 60% dos votos.[36] Outra pesquisa, realizada em 27 de outubro, mostrou Yeda com 49,9% dos votos, contra 42,2% de Olívio.[37] As pesquisas que foram feitas nas últimas semanas mostravam quedas no percentual de eleitores que votariam em Yeda, o que fez com que a candidata passasse a fazer campanha mais intensamente.[38] Em 29 de outubro, foi eleita a primeira governadora da história do Rio Grande do Sul com 53,94% dos votos.[5][39][40][41] Governadora do Rio Grande do SulAntes mesmo de sua posse, Yeda envolveu-se na primeira polêmica de sua gestão. A fim de diminuir o déficit em caixa do Estado, pediu ao governador Rigotto que enviasse à Assembleia um projeto de corte de despesas e aumento de ICMS (embora tenha prometido o contrário durante campanha), que foi chamado pela oposição de tarifaço. Esse projeto de lei daria ao Estado 800 milhões de reais e cortaria despesas em 650 milhões de reais.[42] Em 29 de dezembro de 2006, muitos deputados de sua base aliada votaram contra o projeto, que foi rejeitado (a votação ficou em 28 votos contrários e 24 favoráveis).[43] A derrubada do projeto foi coordenada pelo vice-governador eleito Feijó, que rompeu publicamente com Yeda em 2008.[44] Devido ao projeto de lei, alguns futuros secretários acabaram renunciando ao cargo antes mesmo de serem empossados, como foram os casos de Berfran Rosado,[45] do PPS, Jerônimo Goergen,[46] do PP (sendo substituído por Celso Bernardi),[47] e Marquinho Lang, do PFL.[48] Yeda tomou posse no dia 1° de janeiro de 2007, anunciando forte contenção de gastos com o objetivo de sanear as finanças do Estado.[49][50] Ao completar cem dias de governo, Yeda entrou em choque com o Secretário da Segurança, Enio Bacci, responsável por uma área que vinha recebendo boa aprovação da população. Acusado de ser personalista, de tentar ofuscar Yeda na apresentação de resultados do governo e de ter assessores ligados ao Jogo do Bicho, Bacci foi demitido pela governadora.[51][52][53] A decisão culminou na saída do PDT do governo.[54] Na mesma semana, o Democratas anunciou que se considerava independente do governo. A saída do PDT e do DEM fizeram com que Yeda perdesse o apoio de cerca de dez deputados estaduais. Durante esse período, o Partido dos Trabalhadores cogitou a abertura de uma Comissão Parlamentar de Inquérito para a Segurança.[55] Já no primeiro ano de governo, o déficit estrutural do Estado diminuiu pela metade e Yeda apresentou projetos que visavam zerar o déficit do Rio Grande do Sul até o ano de 2010.[56][57] Com isso, o décimo terceiro de 2008 foi pago antecipado em 5 de dezembro, e pela primeira vez depois de anos, sem empréstimo do Banrisul, o banco estatal do Estado.[58] Em 19 de março de 2008, Yeda transmitiu pela primeira vez o governo do Estado para o vice-governador Paulo Feijó, que reatou com o governo,[59][60] para que pudesse viajar para os Estados Unidos e Canadá.[61] Ela também viajou para a Alemanha e Holanda.[62] Em novembro de 2008, Yeda anunciou que, após 37 anos, o Rio Grande do Sul não era mais um Estado deficitário.[63] No mesmo dia, ela anunciou o pagamento antecipado do décimo terceiro com recursos próprios, pela primeira vez em catorze anos.[63] Além disso, o governo voltou a pagar fornecedores e servidores em dia, o que era inviabilizado pelo déficit financeiro.[64] No entanto, devido a uma série de medidas controversas, uma oposição forte e várias denúncias de corrupção no seu governo, das quais foi inocentada nos anos seguintes, tornou-se um dos governantes mais impopulares do Estado.[65][66] No ano de 2009, a governadora enfrentou profundos ataques dos partidos de oposição, especialmente do PT e PSOL e de sindicatos ligados a estes partidos.[67][68] As acusações causaram redução considerável em seus índices de popularidade,[69] bem como tornaram a governabilidade quase impossível.[70] Uma pesquisa realizada em 2008 revelou que 62% dos eleitores eram a favor de seu impeachment.[71] Entretanto, a aprovação da governadora subiu nos últimos anos de seu governo e as ações da oposição não surtiram efeito, já que nada acabou sendo provado contra Yeda, mesmo após a realização da CPI da corrupção. A comissão, que tinha como relator o deputado da base governista Coffy Rodrigues, teve seu relatório final aprovado em 23 de fevereiro de 2010 por 22 a 19 e não apontou responsabilidades de Yeda nos casos de corrupção.[69][72] Eleição estadual de 2010Ver artigo principal: Eleições estaduais do Rio Grande do Sul de 2010
Em junho de 2010, Yeda oficializou sua candidatura à reeleição ao governo do Rio Grande do Sul.[73] Apoiada por uma coligação formada por oito partidos, incluindo PP, PPS, PRB e PSC, ela teve como seu candidato a vice o deputado estadual Berfran Rosado.[74][75] A coligação de Yeda possuiu o segundo maior tempo de propaganda eleitoral gratuita e, no decorrer da campanha, sua candidatura gastou R$ 12,5 milhões, o maior valor declarado entre os principais candidatos ao governo e ao Senado Federal no Estado.[76][77] Yeda teve como seus principais adversários Tarso Genro (PT), ministro no governo Lula e prefeito de Porto Alegre por duas vezes, e José Fogaça (PMDB), senador da República durante dezesseis anos e prefeito da capital entre 2005 e 2010.[78][79] Apesar de seus índices de aprovação melhorarem em 2010, Yeda permaneceu em terceiro lugar nas pesquisas eleitorais, atrás de Fogaça e de Tarso, considerado favorito para vencer a eleição.[80][81] Tarso acabou sendo eleito governador com 54,35% dos votos já no primeiro turno, em 3 de outubro; Fogaça ficou em segundo lugar, com 24,74%, e Yeda, que recebeu 18,40%, em terceiro.[82] Atividades entre 2011 a 2017Cem dias após ter deixado o governo, Yeda foi entrevistada por um jornal local. Na entrevista, ela disse que seus planos eram formar um grupo para estudar o cenário nacional e o papel do Rio Grande do Sul. Ao ser perguntada sobre sua vida partidária, comentou que não seria candidata à prefeitura de Porto Alegre em 2012, declarando que preferia guardar sua imagem para uma eventual eleição à Câmara dos Deputados.[83] Em abril de 2012, Yeda voltou a trabalhar como jornalista, desta vez no programa Pampa News, da Rede Pampa.[84] Em julho do mesmo ano, também foi contratada como colunista no Jornal Gente, da Rádio Bandeirantes de Porto Alegre.[85] Deputada federal (2017-2019)Em 2014, Yeda oficializou sua candidatura a deputada federal pelo PSDB nas eleições daquele ano. Ela obteve 71 794 votos (1,22%) e acabou na primeira suplência de sua coligação, composta também por PP, SD e PRB.[86][87] Com a eleição de Nelson Marchezan Júnior como prefeito de Porto Alegre no final de outubro de 2016, Yeda ganhou o direito de retornar ao parlamento.[88] Em 5 de janeiro de 2017, foi empossada no cargo por Rodrigo Maia, presidente da Câmara dos Deputados.[89] Em abril de 2017, Yeda foi favorável à Reforma Trabalhista.[90][91] Em agosto do mesmo ano, votou pelo arquivamento da denúncia de corrupção passiva do presidente Michel Temer, por entender que o momento era de extrema gravidade para trocar o comando do País. Para a deputada, o melhor era que as investigações e eventuais punições ocorressem após o fim do mandato, em 2019.[92][93] Nas eleições de 2018 Yeda disputou a reeleição para a Câmara dos Deputados, tendo conquistado 37 549 votos (0,64%) e obtendo a suplência.[94] Atividades posterioresEm novembro de 2018, Yeda anunciou sua candidatura à Presidência Nacional do PSDB, cuja eleição deve ocorrer no final de 2019.[95][96] Em junho de 2019, Yeda foi condenada em primeira instância por improbidade administrativa no processo que investigava as fraudes ocorridas no Detran durante seu governo.[97] Se transitada em julgado, a sentença lhe imporá a perda de sua aposentadoria pública, a necessidade de ressarcir os cofres públicos e a suspensão dos direitos políticos por cinco anos.[98] A Justiça concluiu que Yeda "concorreu substancialmente" para que as fraudes ocorressem. Sua defesa classificou a sentença como injusta e disse que recorrerá.[99] Durante as eleições municipais de 2020, Yeda focou em apoiar candidatas tucanas para prefeituras e câmaras municipal, lançando cursos à distância e militando pela maior participação feminina na política.[100] PublicaçõesYeda Crusius é autora e co-autora de vários livros na área Política e sobre Economia. É autora dos seguintes livros:
É também co-autora dos seguintes livros:
Referências
Ligações externas
|