Woody Shaw
Woody Herman Shaw Jr. (24 de dezembro de 1944 — 10 de maio de 1989) foi um virtuoso trompetista norte-americano, fliscornetista, cornetista, compositor e líder de banda.[1] BiografiaWoody Shaw nasceu em Laurinburg, e passou a infância em Newark, Nova Jérsei, onde começou a tocar corneta com apenas 9 anos de idade. Dois anos mais tarde, por puro acaso, adota o seu instrumento final, tendo aulas de trompete pelo Jerome Ziering, um professor de quem o próprio Shaw atribui grande influência em seu desenvolvimento prematuro como músico. Shaw mostrou grande capacidade com afinação perfeita e memória fotográfica, e como resultado, seus professores o matriculou dois anos após a idade que correspondia, em Arts High School, uma instituição onde passaram nomes tão notáveis, como Wayne Shorter, Sarah Vaughan e Larry Young.[2] As primeiras influências de Shaw foram Louis Armstrong, Fats Navarro, Miles Davis, Kenny Dorham, Freddie Hubbard, Lee Morgan e, especialmente, Dizzy Gillespie, com quem o pai de Shaw - um cantor de gospel - tinha ido para o High School. Em 1963, inicia sua carreira gravando com Willie Bobo e Eric Dolphy, que, no ano seguinte, convidou Shaw para acompanhá-lo até Paris, França. Embora, a morte súbita de Dolphy, pouco antes da viagem planejada, Shaw decidiu ir de qualquer maneira a Paris, onde se estabeleceu com seu amigo Nathan Davis, ao lado de figuras como Bud Powell, Kenny Clarke e Art Taylor. Em tal companhia, o trompetista frequentou Londres e Berlim, mas em 1964 decidiu voltar para os Estados Unidos, para se juntar ao quinteto do pianista Horace Silver, com quem permaneceu durante o biênio 1965–66. Durante o resto da década, trabalhou com Chick Corea (1966–67), Jackie McLean (1967), Booker Ervin (1968), McCoy Tyner (1968), Max Roach (1968–69) e Andrew Hill (1969).[2] Na década de 1970 começou com colaborações com Pharoah Sanders, Hank Mobley, Gary Bartz, Archie Shepp e Joe Henderson, que o contratou para seu quinteto em 1970. De 1971 a 1973, fez parte como membro da famosa banda, Jazz Messengers, liderada pelo Art Blakey, e após este período se estabeleceu em São Francisco para coliderar um projeto com Bobby Hutcherson. Em 1975, retornou a Nova Iorque, juntamente com o baterista Louis Hayes, com quem formou um quinteto em nome de ambos. Em 1977, Shaw influenciado pela música modal de John Coltrane e o hard bop de corte mais clássica, lidera vários grupos sob o seu nome. Desde então e até 1983, Shaw mantém um quinteto relativamente estável, que incluía, entre outros, o trombonista Steve Turre e pianista Mulgrew Miller, mas depois disso muitas formações ocorreram nos vários grupos sob seu nome.[2] Durante seus últimos anos, ele havia sido diagnosticado com uma doença ocular incurável que estava fazendo perder progressivamente a visão, o que dificulta a sua carreira. Em 27 de fevereiro de 1989, em circunstâncias pouco claras, Shaw sofreu uma batida no metrô de Brooklyn, o que causou grandes danos ao seu braço esquerdo. Em 10 de maio de 1989, após várias compilações, Shaw faleceu devido a problemas nos rins.[3] Estilo e valorizaçãoWoody Shaw foi um dos músicos mais talentosos e mais inovadores de sua geração, e apesar de sua morte trágica e prematuro, deixou um legado de enorme influência no jazz contemporâneo.[3] Inspirado em partes iguais, pela sua formação clássica, pelos experimentos modais de John Coltrane e Eric Dolphy na década de 1960 e pela evolução post-bop dessa mesma década,[1] a obra de Shaw, através dos anos 70 e a difícil década de 80, tem sido campo da cultura ideal onde novas gerações, como Wynton Marsalis, são referência máxima em figuras no jazz tradicional contemporânea.[3] Woody Shaw passará sem dúvida como um dos grandes inovadores, líderes e mentores na história do jazz.[3] Referências
Ligações externas
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