Walter Montillo
Walter Damián Montillo (Lanús, 14 de abril de 1984) é um ex-futebolista argentino que atuava como meio-campista. CarreiraInícioSua primeira equipe foi o Defensores de Arena, de sua cidade natal, Lanús. Ainda na infância, chegou a passar pelas categorias de base do Talleres de Remedios de Escalada, levado por seu pai. Já ali, foi testado no meio-de-campo, seja como armador ou como volante. Já com 17 anos, em 2001, foi testado no clube pelo qual torce, o River Plate.[1] Os avaliadores do River reconheceram seu talento, mas lhe aconselharam a procurar outra equipe, pois já teriam preenchido as vagas para meias armadores. Em dois meses, Montillo é aprovado no San Lorenzo, outro dos cinco grandes do futebol argentino. Ali, estrearia profissionalmente.[1] San LorenzoDebutou exatamente na primeira rodada do torneio Apertura (o campeonato argentino do segundo semestre do ano) de 2002. Gerou um entusiasmo inicial, portando-se como o parceiro ideal do ídolo da equipe, Leandro Romagnoli. Porém, uma lesão em um treinamento o deixou parado por meses.[2] Após machucar o perônio da perna direita, levou quatro meses para se recuperar e acabou relegado pelo treinador Rubén Darío Insúa.[1] Sem ele, o San Lorenzo venceu a Copa Sul-Americana de 2002, primeiro título continental do clube.[3] Voltou a gerar expectativas já no segundo semestre de 2003. Montillo, ganhando continuidade do treinador Néstor Gorosito e recebendo a camisa 10,[1] soube substituir o lesionado ídolo Leandro Romagnoli à altura, sendo o grande destaque na condução do elenco cuervo que terminou o Apertura 2003 no vice-campeonato; o bom desempenho, curiosamente, o tirou da reta final do torneio, quando foi para os Emirados Árabes defender a Seleção Argentina que disputaria ali o Mundial Sub-20 daquele ano.[2] Foi uma das figuras dos quartos colocados no torneio.[1] No ano de 2004, continua titular mesmo com a volta de Romagnoli, com quem joga lado a lado, embora por vezes fosse escalado em outras posições, como ponta. Chega a ocupar também a vaga deixada por Ezequiel Lavezzi no primeiro semestre de 2005. No segundo, porém, o treinador Gustavo Alfaro não o leva tanto em conta.[1] Um ano depois, emprestado ao Monarcas Morelia, do México,[4] onde é treinado pelo argentino Darío Franco.[1] Após um ano no Morelia, é devolvido ao San Lorenzo, que não aceitara prorrogar o empréstimo pedido pelos mexicanos, que por sua vez não pretendiam comprá-lo. No regresso, teve poucas oportunidades com o treinador Ramón Díaz, cujo esquema tático não vinha usando meias armadores.[1] O clube de Boedo resolveu então negociá-lo com o interessado Universidad de Chile.[4] Universidad de Chile2008Assinou com a Universidad de Chile para a temporada de 2008, em um contrato por cinco anos, em troca de US$ 1 milhão e se tornou uma das transações mais caras de 2008 no futebol chileno. Realizou sua estreia no dia 14 de fevereiro, em Viña del Mar, em partida contra o Everton, no estádio Sausalito. 2009Após um mau começo, em que não rendeu o que era cobrado, tornou-se ídolo de La U, sendo o principal nome da conquista do Apertura chileno, reconhecido pelo próprio treinador Sergio Markarián como o comandante das jogadas do time.[4] 2010Na Copa Libertadores da América, obteve visibilidade no Brasil após grandes exibições contra o Flamengo, especialmente por seu gol de cobertura no segundo jogo da disputa entre os times.[4][5] Apesar da derrota por 2 a 1 para o Flamengo nesse jogo, o Universidad de Chile ficou com a vaga pelo critério gol fora de casa, pois havia vencido a partida de ida por 3 a 2. Dedicou, emocionado, os gols que fez na época ao recém-nascido filho Santino, que possui síndrome de Down; comoveu-se ainda mais quando a torcida do Universidad passou a entoar cânticos sobre a criança.[4] O próprio Flamengo, e também seu arquirrival Vasco da Gama, quis contratá-lo, mas quem conseguiu realmente foi o Cruzeiro.[4][6] Montillo foi orientado pelo compatriota Juan Pablo Sorín quando este soube do interesse da equipe mineira, onde é um dos maiores ídolos da história da mesma. A Raposa resolvera investir nele após sua negociação com outro argentino, a estrela Juan Román Riquelme, não ter se concretizado.[4] Cruzeiro2010Teve a sua contratação anunciada pelo Cruzeiro no dia 2 de julho, por 3,5 milhões de dólares (cerca de 6,2 milhões de reais).[7] Se apresentou ao clube brasileiro após o fim da participação da Universidad de Chile na Libertadores. Sua estreia pelo Cruzeiro aconteceu no dia 15 de agosto, no jogo contra o São Paulo, pelo Campeonato Brasileiro.[8][9] Adaptou-se rapidamente[4] e no dia 25 de agosto, marcou o primeiro gol vestindo a camisa celeste, na vitória por 1 a 0 sobre o Corinthians, em partida válida pelo Campeonato Brasileiro e que foi realizada em Uberlândia.[10][11] Além de conduzir o meio-de-campo, mostrou-se um goleador como nunca antes — em quinze partidas, já havia marcado sete vezes, superando os gols que havia feito em todo o seu ciclo no San Lorenzo, no que ele admitiu como o melhor momento da carreira. Com ele, o aproveitamento da equipe, em torno de 50%, subiu para 62%.[4] No dia 5 de dezembro, após conquistar com o Cruzeiro o segundo lugar no Campeonato Brasileiro, Montillo foi laureado com o Troféu Armando Nogueira como melhor jogador da competição.[12] No dia seguinte, o jogador recebeu a Bola de Prata da Revista Placar como um dos melhores meias do Campeonato Brasileiro,[13] recebendo o prêmio das mãos de Juan Pablo Sorín, que o aconselhara a ir para o clube e fizera questão de viajar especialmente para a premiação, uma vez que o mesmo se encontrava na Argentina.[14] 2011Em 2011, na primeira partida da Copa Libertadores realizada pelo Cruzeiro no ano, Montillo marcou dois gols e ainda deu uma assistência na goleada por 5 a 0 sobre o Estudiantes.[15] Surpreendentemente, o Cruzeiro acabou eliminado ainda nas oitavas-de-final, contra o Once Caldas. No Campeonato Brasileiro, após ser criticado, junto com todo o time do Cruzeiro, que começou muito mal o Brasileirão, Montillo reencontrou seu bom futebol com a chegada do treinador Joel Santana. Marcou os dois gols da vitória sobre o Grêmio pela oitava rodada, em 6 de julho, chegando a assumir o posto de artilheiro do campeonato por algumas rodadas.[16] Destoando em meio à péssima campanha cruzeirense, que só se livrou de um inédito rebaixamento na última rodada, Montillo receberia sua segunda Bola de Prata seguida como um dos melhores meias do campeonato.[17] Ele foi o meia argentino que mais marcou gols no ano.[1] 2012No dia 25 de fevereiro, Montillo tornou-se o maior artilheiro estrangeiro da história do Cruzeiro desde 1942 — quando o clube desassumiu a forma de Palestra Itália —- após marcar dois gols contra o Democrata na vitória por 2 a 0 pelo Campeonato Mineiro, alcançando a marca de 30 gols pela equipe, superando o colombiano Víctor Aristizábal, que havia marcado 28 vezes com a camisa celeste.[18] Em março, o jogador renovou seu contrato para atuar pelo Cruzeiro até o final de 2015.[19] O Presidente Gilvan de Pinho Tavares aumentou a multa rescisoria para 80 milhões de Euros, tornando Montillo o jogador mais caro da América do Sul. No dia 18 de julho, Montillo completou seu centésimo jogo com a camisa celeste, atuando contra a Portuguesa, em jogo válido pelo Campeonato Brasileiro. A equipe mineira venceu por 2 a 0.[20] SantosEm 3 de janeiro de 2013, o clube Santos anunciou a contratação do meia por cerca de R$ 16,2 milhões adquirindo 60% dos direitos econômicos, tornando-se o reforço mais caro da história da equipe.[21] Ele chegou ao time para assumir a camisa de número 10, anteriormente pertencente a Paulo Henrique Ganso que foi para o São Paulo.[22] A estréia pela equipe santista aconteceu no dia 16 de janeiro, em jogo amistoso contra o Grêmio Barueri.[23] O rendimento do jogador argentino nas primeiras partidas, no entanto, não correspondeu às expectativas do treinador Muricy Ramalho.[21] Shandong LunengEm 29 de janeiro de 2014, o Santos anunciou sua transferência ao Shandong Luneng, da China.[24] BotafogoApós uma longa negociação, em 22 de dezembro de 2016, Montillo foi anunciado como reforço do Botafogo para temporada de 2017.[25] O argentino chegou para ser o principal jogador da equipe na Libertadores, dividindo a criação das jogadas no meio-campo com Camilo.[26] Seu primeiro gol foi logo em sua estreia no amistoso diante do Rio Branco no qual o Botafogo venceu por 4 a 0. No ano de 2017, Montillo sofreu com as lesões e haviam sido cinco desde quando havia chegado ao clube de general Severiano.[5] Em 26 de junho, após um longo período de inatividade devido a mais uma lesão, foi escalado pelo técnico Jair Ventura na partida contra o Avaí válida pela 9ª rodada do Campeonato Brasileiro como titular, o que não acontecia desde abril. Animado, foi à campo cheio de expectativas. Mas logo aos 7 minutos do primeiro tempo sentiu mais uma lesão e precisou deixar a partida. Já muito abatido pelo histórico clínico, e por não ter como ter sequência de jogos e nem ajudar o Botafogo, pediu a rescisão de contrato, que foi aceita pelo clube. Logo após, anunciou sua aposentadoria dos gramados.[27][5] No entanto, em novembro anunciou a sua volta em 2018. TigreQuando tudo parecia ter terminado para o argentino, este se reergueu na carreira, sendo considerado pelo site ole.ar um dos jogadores ideais do campeonato argentino, na temporada 18-19.[28] O jogador chegou a ser líder em assistência no campeonato argentino, despertando interesse de vários clubes, entre estes brasileiros. O jogador informou que a prioridade era prosseguir no Tigres, caso não fosse possível e houvesse uma oferta de times brasileiros, a prioridade seria ao Botafogo.[29] Seleção ArgentinaNo dia 25 de setembro de 2011, devido à boas atuações pelo Cruzeiro, foi convocado pelo treinador Alejandro Sabella para integrar a Seleção Argentina na disputa do segundo jogo do Superclássico das Américas, contra o Brasil.[30] Essa foi a primeira convocação do jogador para a equipe principal da seleção. Montillo já tinha representado a seleção sub-20 em 5 outras oportunidades. Mesmo com a derrota por 2 a 0, muitos jornais argentinos elogiaram Montillo.[31] Vida pessoalSeu pai também se chama Walter e sua mãe, Marta, que também tiveram duas meninas, Sabrina e Pamela. Foi um tio seu, Daniel, que o fez torcedor do River Plate. Casado com Melina Ianazzo,[1] Montillo tem com ela dois filhos, Valentín e Santino. O mais novo, Santino, tem Síndrome de Down. Em uma entrevista ele afirmou que a síndrome de seu filho não muda em nada a sua vida: "É meu filho e vou amá-lo como é."[32] EstatísticasAtualizadas até 25 de janeiro de 2017 Clubes
Seleção Argentina
Títulos
Prêmios individuais
Referências
Ligações externas
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