Em atualidade mais de 80 mil estudantes do pré-grado e doutorado, 6 mil professores e cerca de 8 mil trabalhadores profissionais, administrativo e obreiro; agrupados em 11 faculdades, 9 localizadas na cidade de Caracas e 2 na cidade de Maracay, e um núcleo de estudos básicos na Cidade de Cagua as duas no estado Aragua. 5 núcleos de estudos universitários supervisados e 12 estações experimentais em diferentes regiões de Venezuela.
A universidade sofreu um processo de modernização ao início do século XIX, quando Simón Bolívar e José María Vargas reformularam as diretrizes da mesma, abolindo restrições de acesso quanto à cor de pele. Além disso, o latim deixou de ser a língua corrente na instituição e foi estipulado que somente doutores em Medicina poderiam assumir a reitoria. Em meio às transições, o nome foi alterado de Real y Pontificia para Central de Venezuela, fazendo referência ao processo de integração nacional da então República da Venezuela.
Ao longo da história recente da Venezuela, a Universidade Central têm assumido um papel de destaque, atuando na criação de infraestrutura científica e tecnológica e na formação da elite intelectual do país. Sendo uma das universidades mais tradicionais da Venezuela, a contribuição da UCV para a história Venezuelana é evidente e destacável: mais de uma dezena de presidentes venezuelanos se formaram na universidade, como o doutor e científico José María Vargas, o advogado Antonio Guzmán Blanco e o advogado Rafael Caldera.
Desde sua fundação, a Universidade Central de Venezuela esteve sediada em três locais diferentes: a primeira sede foi no original Seminário Santa Rosa (onde atualmente funciona o Palácio Municipal de Caracas), logo em seguida foi transferido para o Convento São Francisco (onde atualmente funciona o Palácio das Academias), ambas no centro da cidade de Caracas.
Já nos anos 40, no regime ditatorial de Marcos Pérez Jiménez, a sede da universidade era pequena e foi solicitada a construção de um novo campus, na área periférica de Caracas. Como local do novo campus foi escolhida a Fazenda Ibarra, antiga propriedade de Simón Bolívar. A proposta foi levada ao arquiteto Carlos Raúl Villanueva, que concebeu todo o complexo universitário como a síntese das artes. Sendo assim, ele recorreu à célebres artistas internacionais do período pós-guerra como Victor Vasarely, Jean Arp, Fernand Leger e os venezuelanos: Mateo Manaure e Francisco Narváez. A construção foi concluída em 1953.
A Cidade Universitária possui mais de 70 edificações, entre elas: o Jardim Botânico de Caracas, a biblioteca da universidade (segunda mais importantes do país) e 9 das 11 faculdades que compõem a universidade. No centro da Cidade Universitária encontra-se a Aula Magna, um grande auditório que conta com excelente acústica. As demais faculdades (Ciências Veterinárias e Agronomia) situam-se na cidade de Maracay, no estado de Aragua.
A Cidade Universitária de Caracas, sede da Universidade Central, foi declarada Patrimônio Mundial, Cultural e Natural da Humanidade pela UNESCO em 2000. O complexo é de autoria do arquiteto venezuelano Carlos Raúl Villanueva e de uma equipe de artistas vanguardistas e "constitui um exemplo dos mais altos ideais do urbanismo, arquitetura e arte, representativo da utopia moderna, que expressa o anseio por atingir um mundo ideal de perfeição para uma sociedade e um homem novos." (UNESCO, 2000).
Faculdades, Escolas e Cursos
A UCV dita classes em nove Faculdades no campus de Caracas e outras dos no campus de Maracay (Estado Aragua), ainda de outros centros de estudo e pesquisas por toda Venezuela.
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