União dos Escritores Angolanos
A União dos Escritores Angolanos (UEA) é uma associação, com personalidade jurídica, constituída por escritores angolanos.[1] Impacto cultural em AngolaDevido à existência de um partido único em Angola, o espaço literário angolano era muito limitado para quem vivia no meio de guerras internas dentro do partido e da necessidade da reestruturação da literatura em Angola. Foi neste contexto que surgiu a UEA, criando um ambiente onde existia uma relativa autonomia em relação ao controle pela parte do estado, constituindo-se como uma associação realmente independente de produção e publicação literária.[2] Devido a este estatuto independente, a UEA foi fundamental no desenvolvimento cultural em Angola, tendo liderado o esforço de reestruturação do campo literário, tornando-se numa organização dirigida por intelectuais que representava legitimamente a grande maioria dos escritores angolanos, ao mesmo tempo que defendia os interesses da revolução. Era por isso, uma contradição onde coexistiam o controle político e a autonomia literária, impedindo de certa forma, a instrumentalização política dos escritores e da literatura em Angola.[2] ProclamaçãoA UEA foi proclamada em 10 de dezembro de 1975, em sessão que contou com a presença do Presidente Agostinho Neto, que proferiu um discurso programático onde refletiu sobre a dimensão cultural de Angola.[3] Entre os presentes estiveram escritores como Luandino Vieira, Arnaldo Santos, António Jacinto, António Cardoso, Jofre Rocha, Fernando Costa Andrade (Ndunduma wé Lépi), Aires de Almeida Santos,[4] Uanhenga Xitu,[5] Adriano Botelho de Vasconcelos, João Garcia Bires, João Melo, Maria Eugénia Neto e Octaviano Correia.[6] O seu primeiro presidente da assembleia geral foi Agostinho Neto. O seu primeiro secretário-geral foi Luandino Vieira. Objetivo da UEAEntre os objetivos da UEA destacam-se [7]:
Referências
Ligações externas |
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