Ulaia binte Almadi
Ulaia binte Almadi (em árabe: عُلَيّة بنت المهدي; romaniz.: ʿUlayya bint al-Mahdī; 777-825) foi uma princesa abássida, filha do califa Almadi (r. 775–785) com a concubina Maquenuna, que notabilizou-se na corte por suas atividades como poetisa e música. Casou-se com um parente seu, Muça ibne Issa. As fontes que a mencionam, especialmente o Livro das Canções do século X, a tratam de forma elogiosa por sua posição na corte de Baguedade. VidaUlaia foi uma das filhas do terceiro califa abássida Almadi (r. 775–785).[1] Sua mãe era cantora e concubina chamada Maquenuna.[2] Ulaia era uma princesa e, como seu meio-irmão Ibraim (779–839), música e poetisa notável. Tem sido afirmado que superou seu irmão em habilidades e embora 'não seja a única princesa conhecida por ter composto poesia e canções', ainda assim '[era] a mais talentosa'. “Muito de sua poesia consiste em pequenas peças destinadas a serem cantadas; no estilo mudate, trata do amor, amizade e saudade de casa, mas também inclui elogios a Harune, o califa, a celebração do vinho e ataques violentos aos inimigos.[3] A principal fonte sobre sua vida é o Livro das Canções do século X, de Abu Alfaraje de Ispaã. Esta e outras fontes tendem a retratá-la como uma mulher realizada que poderia facilmente se manter na sociedade cortesã, mas que tendia a se esquivar de um papel muito importante na vida pública. Era rica e claramente possuía escravas, e tinha relacionamento íntimo com seus irmãos poderosos; apesar de haver poucas evidências de sua comunhão com estudiosos religiosos, 'vários relatórios no tarajim de Ulaia referem-se à sua piedade e adesão às obrigações rituais.[4] Era casada com o príncipe abássida Muça ibne Issa,[5][6] que era sobrinho neto de Açafá (r. 750–754) e Almançor (r. 754–775),[7] mas ‘poemas de amor dela dirigidos a dois escravos foram preservados’.[3] Referências
Bibliografia
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