Tufão Mitag (2007) Nota: Para a tempestade homónima de 2019, veja Temporada de tufões no Pacífico de 2019#Tufão Mitag (Onyok).
O tufão Mitag (designação internacional: 0723; designação do JTWC: 24W; designação filipina: Mina) foi o vigésimo quinto ciclone tropical, o vigésimo terceiro sistema nomeado e o décimo quinto tufão da temporada de tufões no Pacífico de 2007. Ao longo de seu caminho, Mitag afetou as Filipinas. História meteorológicaEm 20 de novembro, uma perturbação tropical a leste das Filipinas se fortaleceu para uma depressão tropical.[1] Logo depois, a Agência Meteorológica do Japão (AMJ) classificou o sistema como a tempestade tropical "Mitag". O nome Mitag foi dado pela Micronésia e é um nome feminino comum em Yap, onde quer dizer "Meus olhos". Logo depois, o Joint Typhoon Warning Center (JTWC) também classificou o sistema como tempestade tropical.[2] A tempestade continuou a se fortalecer significativamente e em 21 de novembro tornou-se uma tempestade tropical severa. No final daquele dia, o JTWC classificou mitag como um tufão.[3] A tendência de fortalecimento continuou e Mitag alcançou o pico de intensidade em 24 de novembro, com ventos constantes de 175 km/h, assim que a velocidade de deslocamento do tufão diminuiu e Mitag ficou quase estacionário a leste da região de Luzon, Filipinas. Assim que a velocidade de deslocamento de Mitag voltou a aumentar, o tufão começou a se enfraquecer. Mitag começou a mover-se para noroeste e atingiu o extremo nordeste da ilha de Luzon, Filipinas, por volta das 18:00 UTC de 25 de novembro. Por volta da meia-noite de 26 de novembro, o centro de Mitag emergiu no estreito de Luzon e começou a se deslocar para norte, assim que começou a sua transformação para ciclone extratropical. Por volta das 18:00 [UTC, Mitag mudou bruscamente a sua direção de deslocamento, rumando para leste e poseteriormente para sudeste, atraído pela formação de uma alta subtropical no oceano Pacífico. A AMJ emitiu seu último aviso sobre Mitag às 18:00 [UTC de 27 de novembro e o JTWC fez o mesmo seis horas depois.[4] Preparativos e impactosA presidente das Filipinas, Gloria Arroyo, reuniu-se com o Comitê Nacional de Coordenação de Desastres[5] para efetuar a retirada de mais de 200.000 pessoas, especialmente da região populosa de Bicol.[6] A retirada destas pessoas das regiões em perigo foi feito pelo exército filipino.[5] Em pelo menos 28 províncias foi declarado algum tipo de alerta devido à aproximação de Mitag, sendo que em algumas províncias foi declarado estado de alerta máximo.[5] Alguns outdoors foram retirados e outros tiveram suas estruturas reforçadas para poderem resistir aos ventos fortes previstos.[5][6] Alguns vôos locais com destinos para estas regiões foram canceladas. Também foram emitidas alertas de ventos fortes para as regiões de Bicol e Luzon.[5] Mitag mudou sua trajetória original para mais ao norte, o que fez a retirada de mais pessoas da região de Luzon. No total, 298.625 pessoas foram retiradas.[7] O governo das Filipinas temia que o tufão Mitag fosse tão devastador quanto o tufão Durian, que matou mais de mil pessoas no ano de 2006.[8] O centro de Mitag atingiu o nordeste da ilha de Luzon, bem ao norte do que era inicialmente previsto. Mesmo assim, as chuvas fortes associadas a Mitag causaram muitos estragos: 50 localidades foram isoladas somente na província de Isabela.[8] As aulas foram suspensas, pois as escolas serviram de abrigo para mais de 780 mil pessoas em mais de 21 províncias filipinas.[8][9] Pelo menos 21.000 casas foram destruídas pelas enchentes. Os danos totais foram calculados em 17,17 milhões de dólares,[9] sendo que 2,5 milhões somente no setor da agricultura.[8] 31 pessoas morreram após a passagem de Mitag pelas Filipinas. O tufão deixou pelo menos outras 21 desaparecidas. Dois dos desaparecidos pertencem a Força Aérea Filipina e estavam em serviço de resgate a vítimas do tufão quando o avião onde eles estavam desapareceu. Entre as mortes, 8 foram na região de Bicol. A maioria das mortes foi causada por afogamento, por eletrocussão ou por hipotermia.[9] Ver também
Referências
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