Tribunal da Relação dos AçoresTribunal da Relação dos Açores foi um tribunal de segunda instância criado por Decreto de 16 de Maio de 1832 e extinto por Decreto de 24 de Outubro de 1910[1]. O Tribunal da Relação dos Açores começou a funcionar a 3 de Julho de 1833, data em que tomou posse o seu primeiro presidente, o juiz desembargador José Leandro da Silva e Sousa. A Relação dos Açores funcionou em Ponta Delgada, no Palácio da Conceição, no corpo anexo à igreja. O Tribunal da Relação dos Açores, em resultado das frequentes notícias de falta de desembargadores e da sua constante substituição, que provocava constantes idas e vindas de desembargadores, foi objecto de uma das Farpas de Ramalho Ortigão, num texto ironizando sobre a relação entre Portugal e as suas colónias, publicado na edição de Julho de 1871 (pp. 58-59), onde se lê:
Em resumo, pode se dizer que era um fundo constituído por registos respeitantes ao pessoal do Tribunal- (juízes, advogados, aspirantes, oficiais de justiça e outros funcionários), correspondência, portarias, decretos e oficias do Governo, registo de ordens da presidência do Tribunal, relatórios, mapas e boletins de informação, registo de acórdãos e decisões e tenções, mapa das causas pendentes, inventário dos processos existentes no cartório do escrivão, registo de lembranças das decisões do Tribunal, registo de extractos de acórdãos e decisões em processos, registo de inscrições das assinaturas e sinais públicos dos notários públicos e termos de juramento dos mesmos, registos referentes aos processos e sua distribuição, registo de multas e execuções fiscais, registo de sentenças a pena capital e degredo, registo de certidões, registo de autos de visita às cadeias de Ponta Delgada, registo de termos de responsabilidade e de recenseamento, sorteio do júri de moeda falsa e inventário dos livros, mobília e mais objectos do Tribunal.[2] Notas
Referências
|
Portal di Ensiklopedia Dunia