Tiro com arco nos Jogos Pan-Americanos de 2019 - Recurvo individual feminino
A competição do recurvo individual feminino foi um dos eventos do tiro com arco nos Jogos Pan-Americanos de 2019, em Lima. Foi disputada no Campo de Tiro com arco, em Villa Maria de Triunfo, nos dias 7 a 11 de agosto. Um dos oito eventos a serem disputados pela modalidade em 2019, foi a décima primeira vez que a competição do recurvo individual feminino foi disputada nos jogos. Trinta e duas arqueiras de catorze países qualificaram-se ao evento. A então campeã dos Jogos Pan-Americanos de 2015 foi Khatuna Lorig dos Estados Unidos.[1] Lorig foi derrotada em sua tentativa do bicampeonato pan-americano pela mexicana Alejandra Valencia, que triunfou após cinco sets para conquistar o segundo ouro pan-americano individual de sua carreira, reconquistando o título previamente vencido em 2011. Lorig ficou com a medalha de prata, com Casey Kaufhold, dos Estados Unidos, ficando com o bronze após derrotar a colombiana Ana Rendón.[2] Uma vaga de qualificação para os Jogos Olímpicos de Verão de 2020 estava disponível ao país da arqueira melhor ranqueada ainda não classificada para os jogos. Como México e Estados Unidos já haviam conquistado vagas antes da conclusão do evento, a posição foi para a Colômbia após o quarto lugar de Rendón.[2] Pano de fundoQualificaçãoUm total de trinta e duas vagas de qualificação estavam disponíveis para os jogos. Vinte e quatro vagas estavam reservadas para as oito nações classificadas para a prova de recurvo equipes femininas. As oito vagas restantes estavam reservadas para atletas de países que não haviam conseguido uma vaga por equipes. Como país-sede, o Peru automaticamente garantiu uma vaga individual.[3] A qualificação foi conquistada através de dois torneios, o Campeonato Pan-Americano de Tiro com Arco realizado em agosto de 2018 em Medellín, Colômbia e um torneio secundário realizado em Santiago, Chile, em abril de 2019. Chile, Colômbia, Bolívia, Brasil, México e Estados Unidos cada um classificaram um time de três arqueiras no Campeonato Pan-Americano de 2018,[4] com a Bolívia conquistando, pela primeira, vez vagas no evento de tiro com arco feminino.[5] Canadá e Cuba posteriormente conquistaram vagas máximas no torneio de Santiago no ano seguinte, com o Peru conquistando uma segunda vaga.[6] Seis outras nações conquistaram uma vaga em um dos dois torneios. Khatuna Lorig, que defendia o título dos Jogos de Toronto, obteve sucesso em se qualificar à seleção nacional junto com as novatas Erin Mickelberry e a atleta de 15 anos Casey Kaufhold, com a competidora dos Jogos Olímpicos de Verão de 2016, Mackenzie Brown, como a reserva.[7] Aída Román e Mariana Avitia, medalhas de prata e de bronze nos Jogos Olímpicos de Verão de 2012, foram selecionadas junto a Alejandra Valencia para formar a equipe mexicana, com o trio entrando como as arqueiras melhor ranqueadas para os jogos, sendo Valencia a 10ª no mundo.[8][9] A equipe de duas arqueiras do país-sede incluía a campeã nacional Aleska Burga García.[10] A inclusão de Graziela Paulino dos Santos na equipe brasileira marcou a primeira vez em que uma atleta indígena brasileira participou dos Jogos Pan-Americanos.[11] Calendário
RelatórioAlejandra Valencia liderou a fase de qualificação ao conquistar um recorde dos Jogos Pan-Americanos de 675 pontos, ficando 13 pontos à frente de Casey Kaufhold, cujo total de 662 pontos foi um recorde pessoal,[13] e 22 pontos à frente de Aída Román.[14] A última campeã, Lorig, ficou em sexto com 642 pontos. Fases eliminatóriasO início da fase eliminatória em 8 de agosto viu a estreia da Bolívia em eventos indiviudais acabar em um fim prematuro, com Ebe Fernandez, Dhara Claros, e Ana Micaela Espinoza Garcia perdendo em sets direitos na fase de 1/16 avos de final.[15] As três atletas chilenas também sofreram saídas prematuras. Isabella Bassi, a chilena de melhor posição na fase de qualificação, e Javier Andrades ambas perderam na fase de abertura, com a última derrotada pela guatemalteca Cinthya Pellecer após adertar 8 contra 9 de Pellecer no desempate. Only Catalina Márquez Rojas, do trio chileno, avançou da primeira fase, após surpreender a nona ranqueada Elizabeth Rodriguez de Cuba. Ela seria eliminada posteriormente por Erin Mickelberry na segunda rodada.[16] As três atletas brasileiras tiveram um desempenho fraco, com Graziela Paulino dos Santos perdendo na fase de 1/16 avos de final, além de Ane Marcelle dos Santos e Ana Sliatchicas Caetano sendo derrotadas nas oitavas-de-final. Caio Fiusa do Lance! subsequente descreveu o dia como "uma quinta não feliz"para o tiro com arco brasileiro.[17] As quartas-de-final, realizadas na tarde de 8 de agosto, tiveram sete das oito cabeças-de-chave. De todas as cabeças-de-chave da fase de classificação, apenas a sétima, a canadense Stephanie Barrett, não chegou à quartas, perdendo para Maira Sepulveda, da Colômbia - que foi 26ª no dia anterior - na fase de 1/16 avos. A primeira disputa da fase viu a mexicana Valencia derrotar Erin Mickelberry no desempate após igualdade nos cinco sets, avançando às semifinais como a única mexicana restante na competição; ambas as colegas de Valencia foram eliminadas nos duelos seguintes, com Román perdendo para Lorig e Avitia sendo derrotada pela quarta cabeça-de-chave Ana Rendón.[18] Pellecer, a arqueira de pior ranqueamento a ir às quartas-de-final, perdeu para Kaufhold em sets diretos na última partida da fase. A progressão de Lorig e Kaufhold às semifinais, junto com o grande sucesso na equipe norte-americana nos eventos por equipe, marcou a melhor performance internacional da equipe de tiro com arco dos Estados Unidos naquele ano.[13] FinaisApós uma pausa de dois dias, a competição retornou no domingo 11 de agosto para as duas partidas das semifinais e para a as duas disputas de medalha. Valencia derrotou Rendón em sets diretos para avançar à disputa do ouro contra Lorig, que derrotou sua colega de equipe mais jovem em uma disputa norte-americana. Após perderem as semifinais, Rendón e Kaufhold disputaram a partida da medalha de bronze. Em uma vitória por sets diretos, Kaufhold surgiu vitoriosa, conquistando sua terceira medalha nos jogos, após os ouros por equipes femininas e por equipes mistas.[19] A final entre Valencia e Lorig colocou as campeãs de 2011 e de 2015 uma contra a outra. Após três sets, Valencia e Lorig estavam empatadas, mas dois placares quase perfeitos de 29 no quarto e no quinto sets foram suficientes para colocar a mexicana à frente, vencendo por sete pontos a três. A vitória de Valencia foi a sua segunda medalha de ouro individual na história e sua terceira medalha no Pan de 2019.[2][20] No discurso após a vitória, Valencia disse que amou a partida e que foi capaz de se recuperar de alguns erros, adicionando "Vamos fingir que Toronto não aconteceu, já que não cheguei às finais lá... Eu atirei bem hoje e os resultados acompanharam."[2] Ricardo Gutierrez do Yahoo! Deportes elogiou seu estilo de jogo, descrevendo que ela apresentou "coragem, concentração, e definição em seus tiros" para superar a mais experiente Lorig.[21] A vitória de Valencia foi a única do México nas competições do Tiro com arco nos Jogos Pan-Americanos de 2019 e a 37ª medalha de ouro da nação nos jogos, sua maior contagem longe de casa.[2][22] ResultadosQualificação
Fase eliminatóriaChave superior
Chave inferior
Nota: Um asterisco (*) denota uma vitória no desempate Finais
Ver tambémReferências
|
Portal di Ensiklopedia Dunia