Terreiro do Alaqueto
O Terreiro do Alaqueto[1] (Alaketu) ou Ilé Axé Mariolajé é um terreiro brasileiro de Candomblé. Está localizado à Rua Luiz Anselmo, bairro do Matatu em Salvador e foi fundado em 1636 por Maria do Rosário, Otampê Ojarô, descendente da Familia Real de Queto.[2][3] Também conhecido como "Casa de Mãe Olga do Alaqueto", a qual lidera o terreiro como ialorixá. É um dos terreiros mais antigos do Brasil, havendo relatos orais que apontem sua fundação no século XVII, e documentos formais de 1858.[4] Foi tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), sob o processo n.º 1484=T-01, de 2005.[2] HistóriaAs primeiras donas do Alaqueto eram gémeas e foram capturadas na beira do rio de Minas Santé, que eram fundos do reinado de Queto. Vieram para o Brasil não como escravas e ali foram criadas até a idade de dezesseis anos, quando voltaram para a África. Casaram com 22 anos de idade e voltaram para o Brasil abrindo então o terreiro do Alaqueto no dia 8 de Maio de 1616. A dona do Alaqueto, que fundou o terreiro, chamava-se Iá Otampê Ojarô, e a irmã chamava-se Iá Gogorixá. Sua filha chamou-se Iá Acobiodé. Esse é o primeiro nome que tem qualquer pessoa que seja a primeira filha de um reinado em Queto. Depois de Acobiodé vieram dois filhos homens de nome Babá Aboré e Babá Olaxedom. Baba Aboré foi pai de Obá Oindá, que quer dizer “mulher de rei”, Todas as mulheres desta família tem nomes de Iabá e os homens de Obas, pertencentes ao reinado de Queto. Informação dada por D. Olga de Alaqueto.[3] TradiçãoA genealogia de Olga Francisca Regis remonta a cinco gerações, e os claros na sua diagramação foram explicados por se referirem “a pessoas que não tiveram muita obrigação na casa”. O nome Ojarô, uma abreviatura de Ojá Aro, é o nome de uma das cinco famílias reais conhecidas em Queto e de onde ainda são escolhidos os Alaqueto, num sistema rotativo. SacerdotesNome de sacerdotes e o período em que exerceu o cargo:
Referências
Ligações externas |