Tapirus kabomani
A anta-pretinha[2][3] (Tapirus kabomani) é uma das cinco espécies atuais de anta. É a menor espécie, menor mesmo que Tapirus pinchaque. Tapirus kabomani é encontrado na Amazônia, onde é simpátrico com a anta-comum. É o primeiro perissodáctilo descrito nos últimos 100 anos. DescriçãoTem o peso estimado em até 110 quilogramas. É a menor espécie vivente do gênero Tapirus.[1] Para comparação, Tapirus pinchaque pesa entre 150 e 225 quilogramas.[4] Tapirus kabomani possui cerca de 130 centímetros de comprimento e 90 centímetros na altura dos ombros.[1] A pelagem varia do cinza-escuro ao marrom-escuro, e as pernas são curtas.[1] Os machos são menores que as fêmeas, que possuem uma mancha branca que vai do queixo ao pescoço até a base da orelhas.[1] Distribuição geográficaTapirus kabomani ocorre na América do Sul. Foi coletado no sul do Amazonas, em Rondônia e Mato Grosso. A espécie também deve ocorrer no departamento do Amazonas na Colômbia e no Amapá e sul da Guiana Francesa.[5] DietaProvavelmente se alimenta de folhas e sementes de palmeiras do gênero Attalea, Orbignya, e Astrocaryum.[1] DescobertaEmbora não tenha sido descrita formalmente até 2013, a possibilidade de T. kabomani ser uma espécie distinta já havia sido sugerida 100 anos antes. O primeiro espécime reconhecido como um membro desta espécie foi coletado pela Expedição Científica Rondon-Roosevelt. Roosevelt (1914) acreditava ter coletado uma nova espécie,[6] já que caçadores locais reconheciam dois tipos de anta na região (Roosevelt, 1914), e outro membro da expedição, Leo E. Miller, sugeriu que havia duas espécies.[7] Entretanto, embora observada por especialistas, todas as antas foram classificadas como Tapirus terrestris[7][8] incluindo o exemplar AMNH 36661, que foi identificado como T. kabomani.[1] A espécie só foi descrita formalmente em dezembro de 2013[9] e foi a primeira espécie de anta a ser descoberta desde 1865.[5] EtimologiaO descritor específico deriva de Arabo kabomani, a palavra para anta no idioma Paumarí. A descrição formal desta espécie sugere um nome comum da espécie.[1] A tribo Karitiana a chama de anta-preta-pequena.[5] EvoluçãoDados morfológicos e moleculares corroboram que T. kabomani foi a primeira a divergir das outras espécies de antas sul-americanas. A análise morfológica sugere que a espécie mais próxima deve ser a extinta Tapirus rondoniensis.[1] Referências
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