Taipan
Taipan é o nome-comum das serpentes do género Oxyuranus, da família Elapidae. São serpentes grandes, ágeis e extremamente peçonhentas, endémicas da Australia. Atualmente são reconhecidas três espécies, uma das quais, a taipan-costeira tem duas subespécies. São consideradas entre as serpentes mais letais conhecidas. EtimologiaO nome-comum, taipan, foi criado pelo antropólogo Donald Thomson a partir da palavra usada pelo povo aborígene Wik-Mungkan, que habita a zona central da Península do Cabo York, em Queensland, Austrália.[2] Espécies e distribuição geográficaAs três espécies conhecidas são: a taipan-costeira (Oxyuranus scutellatus), a taipan-do-interior (Oxyuranus microlepidotus), e uma terceira espécie descoberta recentemente, a taipan-das-cordilheiras-centrais (Oxyuranus temporalis).[3] A taipan-costeira tem duas subespécies: a taipan-costeira (O. s. scutellatus), encontrada ao longo da costa nordeste de Queensland, e a taipan-da-papuásia (O. s. canni), encontrada na costa sul da Papua-Nova Guiné. DietaAs suas dietas consistem sobretudo de pequenos mamíferos, em particular ratos e bandicoots. VenenoAs espécies deste género, possuem um veneno altamente neurotóxico com alguns outros componentes tóxicos que produzem efeitos múltiplos nas vítimas. Sabe-se que o veneno paraliza o sistema nervoso da vítima e coagula o sangue, bloqueando os vasos sanguíneos e consumindo fatores de coagulação. As espécies deste género são consideradas entre as serpentes terrestres mais venenosas segundo a dose letal mediana dos seus venenos em ratos. A taipan-do-interior é considerada a mais venenosa das serpentes terrestres[4] e a taipan-costeira, que é possivelmente a maior serpente venenosa da Austrália, é a terceira serpente terrestre mais venenosa.[5] Existem menos estudos sobre a taipan-das-cordilheiras-centrais do que para as outras duas espécies, pelo que a toxicidade do seu veneno não é conhecida com detalhe, mas poderia ser ainda mais venenosa que as restantes espécies de taipan.[6] Além da toxicidade do veneno, as quantidades de veneno injetadas devem ser tidas em conta no momento de avaliar o risco. A taipan-costeira é capaz de injetar uma grande quantidade de veneno devido ao seu grande tamanho.[7] Em 1950, Kevin Budden, um herpetólogo amador, foi uma das primeiras pessoas a capturar uma taipan viva, mas foi mordido durante a captura, morrendo no dia seguinte.[8] Esta serpente morreria algumas semanas mais tarde, mas não antes de que o zoólogo David Fleay colhera amostras de veneno, as quais foram usadas para desenvolver um antídoto, o qual passou a estar disponível em 1955.[9][10] No seu livro 'Venom', que explora o desenvolvimento de um antídoto para o venenos das taipan na Austrália, o autor Brendan James Murray sustenta que há apenas uma pessoa que se sabe ter sobrevivido a uma mordedura de Oxyuranus sem antídoto: George Rosendale, um aborígene Guugu Yimithirr, mordido em Hope Vale em 1949. O temperamento também varia entre as espécies. A taipan-do-interior é geralmente tímida, enquanto a taipan-costeira pode ser bastante agressiva quando encurralada.[7] Espécies
Referências
Leitura adicional
Ligações externas
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