Uma superterra é um planeta extrassolar com uma massa maior que a massa da Terra mas menor que a massa dos gigantes gasosos do Sistema Solar.[1] O termo superterra refere-se apenas à massa do planeta e não implica nada sobre as condições da superfície ou habitabilidade.
Definição
No geral, superterras são definidas exclusivamente pelas suas massas, e o termo não implica outras características, como temperatura, composição, características orbitais, ou eventos similares aos vistos na Terra. A massa máxima que uma superterra pode ter geralmente é de 10 massas da Terra (69% da massa de Urano).[1][2][3] O valor mínimo varia de 1[1] ou 1,9[3] a 5,[2] com várias outras definições aparecendo na mídia popular.[4][5][6] Alguns dizem que o termo deveria ser limitado para planetas sem uma atmosfera significativa.[2] Planetas com mais de 10 vezes a massa da Terra são considerados planetas gigantes.[7]
Habitabilidade
De acordo com uma hipótese,[8] superterras de cerca de duas massas terrestres podem ser favoráveis à vida. A maior gravidade superficial levaria a uma atmosfera mais espessa, maior erosão da superfície e, portanto, uma topografia mais plana. O resultado final poderia ser um "planeta arquipélago" de oceanos rasos, pontilhados de cadeias de ilhas, ideais para a biodiversidade. Um planeta mais massivo, de duas massas da Terra, também reteria mais calor dentro de sua formação inicial por muito mais tempo, sustentando as placas tectônicas (que são vitais para regular o ciclo do carbono e, portanto, o clima) por mais tempo. A atmosfera mais espessa e o campo magnético mais forte também protegem a vida na superfície contra danos de raios cósmicos.[9]
↑ ab
Charbonneau, David; Zachory K. Berta, Jonathan Irwin, Christopher J. Burke, Philip Nutzman, Lars A. Buchhave, Christophe Lovis, Xavier Bonfils, David W. Latham, Stéphane Udry, Ruth A. Murray-Clay, Matthew J. Holman, Emilio E. Falco, Joshua N. Winn, Didier Queloz, Francesco Pepe, Michel Mayor, Xavier Delfosse, Thierry Forveille (2009). «A super-Earth transiting a nearby low-mass star». Nature. 462 (17 December 2009): 891–894. doi:10.1038/nature08679. Consultado em 15 de dezembro de 2009A referência emprega parâmetros obsoletos |coautor= (ajuda)