Suiriri-tropical
O suiriri-tropical[2] (Tyrannus melancholicus), também conhecido apenas como suiriri, siriri e severino, é uma espécie de ave passeriforme da família dos tiranídeos. A espécie se reproduz desde o sul do Arizona e o baixo Vale do Rio Grande do Texas nos Estados Unidos, através da América Central e da América do Sul até o centro da Argentina e leste do Peru, além de Trindade e Tobago. Os indivíduos das áreas de reprodução mais ao sul ou mais ao norte migram para lugares mais quentes após a reprodução.[3] TaxonomiaO suiriri-tropical foi descrito formalmente em 1819 pelo ornitólogo francês Louis Jean Pierre Vieillot sob o nome binomial Tyrannus melancholicus.[4] Vieillot baseou sua descrição no Suirirí-Guazú, que havia sido descrito pelo naturalista espanhol Félix de Azara em 1805 em seu livro Apuntamientos para la historia natural de los páxaros del Paragüay y Rio de la Plata.[5][6] O epíteto específico tem origem no latim significando "melancólico" (que é "mal-humorado").[7] São reconhecidas três subespécies:[8]
DescriçãoUm suiriri-tropical adulto mede 22 cm de comprimento, pesa 39 g e tem uma envergadura de asas de 38–41 cm.[9] A cabeça tem coloração cinza-pálido, com uma máscara escura na altura dos olhos, coroa laranja e um pesado bico cinza. As costas são verde-acinzentadas, e a asa e a cauda são marrons. A garganta é mais clara, tornando-se oliva no peito, com a área da barriga para baixo sendo amarela. Os sexos são similares, mas os pássaros jovens têm bordas amarelas claras nas coberteiras das asas. Comportamento e ecologiaOs suiriris-tropicais aparentam ser monogâmicos. Na maior parte da distribuição da espécie, são residentes permanentes e ficam juntos em pares o ano inteiro.(Sibley 2014) O habitat de reprodução da espécie é de áreas semiabertas com árvores e arbustos, incluindo jardins e acostamentos. O suiriri gosta de observar as suas redondezas a partir de um poleiro aberto proeminente, geralmente no alto de uma árvore, fazendo voos longos para acrobaticamente pegar insetos no ar, às vezes pairando para pegar comida na vegetação.[10][11] Eles também comem frutos de diversas espécies, como de tamanqueiro (Alchornea glandulosa), Annonaceae, Cymbopetalum mayanum e gumbo-limbo (Bursera simaruba);[11][12] forrageando por estes mesmo em habitat degradado. Como eles se mantêm principalmente nos níveis superiores das árvores, eles têm pouco benefício em seguir bandos mistos no sub-bosque.[13] Essas aves defendem agressivamente o seu território contra intrusos, incluindo de espécies muito maiores como tesourões, tucanos, carcarás ou gaviões. Em um estudo realizado no Parque Nacional de La Macarena da Colômbia, o parasitismo por microfilárias e tripanossomas foi raramente registrado em suiriris.[14] O macho e a fêmea inspecionam juntos potenciais locais de nidificação antes de selecionar o lugar, normalmente uma forquilha no alto de uma árvore (até 20 metros de altura), mas às vezes apenas alguns metros acima da água.(Sibley 2014) A fêmea constrói um ninho raso e volumoso de aparência desleixada feito de vinhas, radículas, galhos, ervas daninhas e gramíneas; é sem revestimento ou revestido com pelos. Os ninhos medem cerca de 13 cm de largura e 7,5 cm de altura, com o buraco interno de aproximadamente 7,5 cm de largura e 4 cm de profundidade.[15] A fêmea incuba de dois a quatro ovos por aproximadamente 16 dias, e os filhotes ganham penas em 18 ou 19 dias. Os ovos são esbranquiçados ou rosa pálido com quantidades variáveis de manchas escuras.[15] ConservaçãoO suiriri-tropical é um dos habitantes mais difundidos e visíveis de floresta aberta, bordas de mata, e terras agrícolas do sudoeste dos Estados Unidos ao centro da Argentina (Jahn, Stouffer, & Chesser, 2013). Como resultado, essa espécie é considerada pouco preocupante e sua população está aumentando, de acordo com a IUCN.[1] De acordo com a Partners in Flight, as estimativas globais da população reprodutora do suiriri é de cerca de 200 milhões. Eles classificam a espécie como 4 de 20 na escala de preocupação continental, indicando que esta espécie é de baixa preocupação para a conservação.[16] Referências
Bibliografia
Leitura adicional
Ligações externas
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