Suaquém
Suaquém[1][2][3] (em árabe: سواكن Sauakin; em inglês: Suakin) é uma cidade e porto sudanês situado no Mar Vermelho. HistóriaSuaquém foi, até as primeiras décadas do século XX, o principal porto da região, mas a inauguração de Porto Sudão, situada 45 km ao norte, e aparelhada para receber os grandes navios que passaram a frequentar a região após a abertura do Canal de Suez determinou sua inexorável decadência. Desde a antiguidade, o porto, mencionado pelos gregos e pelos romanos, foi um ativo centro de comércio, tendo como produtos de destaque, o incenso, a mirra, a goma arábica, o aloé e o elemi. Também conhecida pelo seu mercado de escravos que teria sido o último a ser extinto em todo o mundo. Há indícios de que teria sido até o século XIV, um núcleo importante do cristianismo, e ponto de partida para os peregrinos procedentes do reino da Núbia e da ilha de Socotorá, então povoados por cristãos, e da Etiópia. São conhecidos os contactos com comerciantes venezianos, além da passagem de Pero da Covilhã nos fins do século XV, enviado por Portugal, em missão destinada a contactar o reino cristão do Preste João. A cidade é citada nos Lusíadas de Luis de Camões e, apesar de ter sido invadida em 1517 pelo sultão Selim I, manteve intercâmbio comercial com os portugueses durante tudo o século XIX. Sob jugo otomano acabou sendo convertida definitivamente em residência do Paxá, com jurisdição sobre a província de Habes que incluía toda região costeira correspondente ao Sudão e a Eritreia, até sua ocupação pelos ingleses em 1888. No século XIX foi freqüentemente visitada por Rimbaud, depois que, abandonando a literatura, passou a se dedicar ao comércio. A bela cidade antiga, construída em uma ilha no interior de um braço de mar, e cujos edifícios eram constituídos de material coralíneo retirado dos recifes das proximidades, foi reduzida, no decurso dos últimos 50 anos a um monte de entulhos, mas há projetos sendo iniciados visando sua restauração. Em 17 de janeiro de 2018, como parte de uma aproximação com o Sudão, a ilha de Suaquém, uma antiga possessão otomana no Mar Vermelho, foi cedida à Turquia pelo prazo de 99 anos, para reconstrução e desenvolvimento turístico.[4][5] DemografiaSuaquém tem 29 659 habitantes (dados de 2007). Desenvolvimento populacional:
Referências
|