Stegastes fuscus
O Stegastes fuscus Cuvier (popularmente maria-mole[1]) é um peixe da família Pomacentridae endêmico da Província Brasileira. Também é chamado popularmente de peixe-donzela, donzela-café, donzela-brasileira e querê querê[2] denominação dada também a outras espécies de Stegastes[3]. Apresenta hábitos diurnos e é geralmente encontrado em lugares rasos.[4]. Os peixes dessa espécie não atingem um tamanho considerável em comparação com outros herbívoros de recifes. MorfologiaNormalmente são pequenos, chegando a ter até 20 cm de comprimento, são achatados lateralmente e, por apresentarem variação de cor durante as fases da vida, são muito utilizados em aquários, devido à coloração azul-brilhante quando jovem[4]. O corpo cinza-azulado com pontos azul-brilhante no dorso e duas manchas circulares escuras (uma no final da nadadeira dorsal e outra no pedúnculo). Os adultos possuem uma cor marrom-escuro uniforme e com pequenos pontos azuis no topo da cabeça, dando uma leve coloração arroxeada[5] Distribuição e habitatO peixe-donzela comum, Stegastes fuscus, possui uma ampla distribuição na costa brasileira, desde ambientes tropicais até subtropicais. No Brasil, tem como limite norte de distribuição o estado do Rio Grande do Norte e limite sul o estado de Santa Catarina, sendo bastante abundante na 2 maioria dos ambientes recifais costeiros[6]. A espécie habita águas rasas e é considerada altamente territorialista. AlimentaçãoA maioria das espécies de pomacentrídeos são consideradas herbívoras territoriais, mas podem apresentar também hábito onívoro ou planctívoro[7], muitas vezes, são os herbívoros dominantes em recifes de corais. 70% do alimento consumido são algas, principalmente algas vermelhas, filamentosas, mas algumas algas calcárias também são consumidas. ComportamentoO Stegastes fuscus é uma espécie territorialista, muitas vezes protegendo as suas fontes de alimento mais do que locais de reprodução ou abrigo. Estudos mostram que quanto maior a disponibilidade de alimento, mais agressivo a espécie se tornava, afugentando peixes maiores que ele, ou até mesmo outro da sua espécie para garantir alimento, sendo uma espécie solitária[8]. Os peixes-donzela adultos, que habitam territórios mais centrais e com mais qualidade, exercem dominância, gastando mais tempo em perseguições para expulsar outros peixes do seu território. Já os jovens, que costumam a habitar mais a periferia dos territórios, gastam mais tempo se protegendo de predadores do que sendo agressivos, pois não possuem grandes chances de vencerem um confronto com indivíduos maiores[9] ReproduçãoEm muitos estudos, as fêmeas são encontradas em maior quantidade. Os machos, são responsáveis por cuidarem dos ovos antes e após a desova, para isso, fazem ninhos com o objetivo de afastar predadores e fêmeas indesejáveis, além de fazer a limpeza do ninho e retirar os ovos inviáveis. Essas responsabilidades ocupam uma boa parte do tempo do macho[10], por causa disso, eles ficam expostos a uma maior predação por peixes maiores, fazendo com que as fêmeas sejam encontradas com maior facilidade. Podem ser encontradas modificações marcantes nas gônadas dos peixes no período reprodutivo, e a fonte de nutrientes necessários para a maturação dos ovócitos e o desencadeamento da reprodução nos peixes vem da alimentação vem da alimentação[11]. Os peixes-donzela apresentam uma reprodução demersal, o que significa que seus ovos possuem propriedades aderentes e são depositados no fundo dos recifes, sendo protegidos até a eclosão[12]. Referências
=Ligações externas
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