Sparganium
Sparganium L. 1753 (vernacular, espargânio) é um género de plantas com flor,[2][3] contendo cerca de 12 espécies, com distribuição natural muito alargada nas zonas húmidas das regiões de clima temperado do Hemisfério Norte e do Hemisfério Sul.[1] As espécies que o integram são plantas perenes, herbáceas, típicas dos pântanos e alagadiços ripícolas, que podem atingir 3,5 m de altura (dependendo da espécie), com flores epicenas.[4][5] O género foi considerado como fazendo parte da família monotípica Sparganiaceae, mas estudos filogenéticos demonstraram que Sparganium é estreitamente aparentado com o género Typha, razão pela qual o sistema APG III (2009) o incluiu na família Typhaceae. DescriçãoO género Sparganium, que integra espécies por vezes designadas pelos nomes comuns de espadana ou espadana-da-água, agrupa plantas aquáticas comuns em pântano, marismas e áreas ripícolas pouco profundas das regiões de clima temperado e frio de ambos os hemisférios. O género inclui 26 espécies validamente descritas, entre as quais 9 espécies com distribuição natural na América do Norte.[6] O caule, que pode ser flutuante ou emergente, emerge de um rizoma enterrado nos lodos do fundo, o qual, como aliás é comum entre as plantas adaptadas aos ambientes permanentemente inundados das zonas húmidas, depende da presença de um aerênquimano caule para transportar o oxigénio atmosférico até ao sistema radicular. São em geral plantas robustas e direitas, com as gemas de renovo mantidas abaixo da superfície da água. As folhas são geralmente direitas, triangulares em secção transversal, espatuladas. As flores agrupam-se em inflorescências ramificadas, com as flores em aglomerados esféricos, com as masculinas situadas acima das femininas no eixo principal e em cada ramo.[7] As sementes podem acumular-se no solo em densos bancos de sementes, o que permite às populações destas plantas uma rápida regeneração durante os períodos em que a água esteja mais baixa.[8] As espécies do género Sparganium são um importante componente da vegetação aquática e ripícola nas regiões de clima temperado e ártico. Nesses habitats são uma importante fonte de alimento e abrigo para aves aquáticas e outra fauna selvagem. O género Sparganium foi publicado por Linnaeus em Species Plantarum (1753), com duas espécies reconhecidas: Sparganium erectum e Sparganium natans. As flores e os frutos esféricos, conferem às plantas deste género um grande interesse ornamental, razão pela qual são utilizadas em arquitectura paisagística e em ajardinamento de áreas ripícolas. Algumas espécies europeias eram consideradas como plantas medicinais, sendo mecionadas por William Turner (1562),[9] que considerava como virtudes Sparganium ser bom para ser dado com vinho contra o veneno de serpentes. Taxonomia
Referências
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