Sonetos SacrosOs Sonetos Sacros - também conhecidos como Divinas Meditações ou Sonetos Divinos - são uma série de dezenove poemas escritos pelo inglês John Donne (1572-1631). Os sonetos, originalmente publicados em 1633 - dois anos após a morte de Donne -, são predominantemente no estilo e forma prescritos pelo poeta renascentista italiano Francesco Petrarca (1304-1374), em que o soneto consistia em dois quartetos (estrofes de quatro versos) e um sexteto (estrofe de seis versos). No entanto, vários padrões rítmicos e estruturais, bem como a inclusão de parelhas, são elementos influenciados pela forma de soneto desenvolvida pelo poeta e dramaturgo inglês William Shakespeare (1564-1616). O trabalho de Donne, tanto na poesia de amor quanto na poesia religiosa, coloca-o como uma figura central entre os poetas metafísicos. Os dezenove poemas que constituem a coleção nunca foram publicados durante a vida de Donne, embora tenham circulado em manuscritos. Acredita-se que muitos dos poemas foram escritos em 1609 e 1610, período de grande atribulação pessoal para Donne, que sofreu uma combinação de dificuldades físicas, emocionais e financeiras durante esse tempo. Esse foi também um período de agitação pessoal religiosa enquanto Donne encontrava-se no processo de conversão do Catolicismo Romano para o Anglicanismo, e seria ordenado em 1615, apesar de profunda relutância e dúvida quanto a se tornar sacerdote.[1] Pensa-se que o Soneto XVII ("Since she whom I loved hath paid her last debt") foi escrito em 1617, em seguida à morte da esposa de Donne, Anne Moore.[1] Nos Sonetos Sacros, Donne trata dos temas religiosos da mortalidade, do julgamento divino, do amor divino, e humilde penitência enquanto reflete profundamente sobre ansiedades pessoais. [2] Versos iniciais
Referências
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