Solar Ferrão
O Solar Ferrão é um edifício situado no Pelourinho, Centro Histórico de Salvador, capital do Estado brasileiro da Bahia, e que integra o patrimônio nacional tombado pelo IPHAN. No prédio está instalado o Museu Abelardo Rodrigues, de arte sacra. Situa-se na esquina entre a rua Gregório de Matos e a Ladeira do Ferrão. HistóricoSua construção foi iniciada em fins do século XVII, e indícios construtivos sugerem que ele seja resultado da fusão de dois sobrados.[1] Uma dessas casas pertenceu ao rico comerciante português Antônio Maciel Teixeira, quando a cidade vivia o auge de crescimento derivado do ciclo da cana-de-açúcar.[2] O local foi residência da família Maciel até o ano de 1756, quando passou a ser sede do seminário dos jesuítas de Salvador, que promoveu obras de adaptação.[1][3] Entre 1793 e 1814 foi residência de Pedro Gomes Ferrão Castelo Branco - que lhe emprestou o nome atual. Passou por diversos usos e donos até sua aquisição pelo Governo Estadual, em 1977.[3] O Solar é um casarão nobre construído entre os séculos XVII e XVIII, localizado numa zona de grande declive, tendo por isso três pavimentos na frente e seis no fundo, além de um porão. Na fachada principal abrem-se duas portadas, datadas de 1690 e 1701, decoradas com volutas e relevos. O piso mais alto tem janelas com sacadas e gradis de ferro. No pavimento nobre há cômodos com tetos forrados com painéis de madeira.[1] Chamado de "A Casa Nobre do Pelourinho"[3][4] o prédio foi tombado em 1938 pelo Instituto Nacional do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional.[5] Segundo a Diretora do Museu Abelardo Rodrigues, a museóloga Graça Lobo, "pela originalidade de seu partido arquitetural e artístico qualificou sua inscrição no Livro de Belas Artes do IPHAN".[2] ReformasDepois de sua aquisição o prédio passou por diversas reformas, que revelaram-lhe peculiaridades arquitetônicas como colunas de arenito torneadas, pinturas nos tetos de salões, vestígios de instalações sanitárias datadas do século XVIII, cloacas, etc.[3] Em 2008, com a comemoração dos quarenta anos do Instituto do Patrimônio Artístico e Cultural da Bahia - IPAC - órgão ao qual vincula-se o Museu Abelardo Rodrigues, uma nova reforma foi realizada,[5] Referências
Ver também
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