Sofia da Suécia
Sofia Guilhermina Catarina Maria Luísa Carlota Ana (Estocolmo, 21 de maio de 1801 - Castelo de Karlsruhe, 6 de julho de 1865), foi uma princesa da Suécia e grã-duquesa consorte de Baden. FamíliaSofia era a segunda filha do rei Gustavo IV Adolfo da Suécia e da sua esposa, a princesa Frederica de Baden. Pelo lado da mãe era sobrinha da princesa Luísa de Baden, esposa do czar Alexandre I da Rússia. Os seus avós paternos eram o rei Gustavo III da Suécia e a princesa Sofia Madalena da Dinamarca. Os seus avós maternos eram o duque Carlos Luís de Baden e a condessa Amália de Hesse-Darmstadt.[1] BiografiaSofia nasceu em Estocolmo, na Suécia, no dia 21 de maio de 1801. Era filha do rei Gustavo IV Adolfo da Suécia e da rainha-consorte Frederica de Baden. Logo depois de nascer foi entregue aos cuidados de Edviges Ulrica de la Gardie, que foi governanta dos filhos do rei entre 1799 e 1803. Sofia tinha oito anos de idade quando o seu pai foi deposto e a família exilada da Suécia em 1809. Entre o momento em que o golpe de estado que depôs o pai foi levado a cabo e o momento em que deixaram a Suécia, Sofia esteve sob prisão domiciliária com a mãe. Durante este período foi mencionada no famoso diário da duquesa Edviges de Holsácia-Gottorp que a descreveu como uma menina teimosa que era muito mais arrogante e tinha muito menos controlo do que o seu irmão Gustavo. Há uma história que mostra bem o contraste entre os dois irmãos. Quando Frederica e os seus filhos tiveram permissão para se juntar ao rei deposto, o conhecido nobre sueco Hans Axel von Fersen foi ter com a família para discutir a forma como o encontro iria decorrer. Quando estava prestes a sair, o irmão mais velho de Sofia correu até à porta para a abrir e deixar Fersen passar. A antiga rainha Frederica terá dito: Sofia nunca na vida teria feito uma coisa destas, acha-se demasiado superior para isso.[2] Em 1815, Sofia ficou noiva e a 25 de julho de 1819 casou-se em Karlsruhe com o seu meio-tio-avô, o príncipe Leopoldo, Grão-Duque de Baden, filho de um casamento morganático. O seu casamento com Leopoldo tinha sido arranjado especialmente pelo seu tio materno, o grão-duque Carlos II, com o objectivo de aumentar as hipóteses de um dia Leopoldo vir a sucedê-lo como grão-duque devido à linhagem real de Sofia. Apesar de os direitos de sucessão de Leopoldo estavam já reconhecidos, o facto de ele ter nascido de um casamento morganático continuava a dar problemas. Durante o reinado do grão-duque Luís I de Baden, o casal viveu uma vida modesta longe da corte, já que Luís I não queria o herdeiro por perto. Em 1830, o seu marido sucedeu-o no governo de Baden como Leopoldo I e Sofia tornou-se grã-duquesa da Baden. Sofia era considerada sensata e obediente, mas rigorosa.[3] Ficava acordada até tarde e acordava tarde, passando depois horas a escrever aos seus vários parentes por toda a Europa na sua camisa de dormir. Interessava-se por ciência, arte e política e mantinha-se bem informada sobre todos os acontecimentos políticos do dia através da sua correspondência.[3] Tinha laços fortes com a corte de Viena e foi para lá que mandou os seus filhos para que estes terminassem a sua educação. Sofia nunca perdoou a deposição do pai e aceitou muito mal o momento em que o seu irmão perdeu o estatuto de príncipe sueco.[3] Durante o período tumultuoso que se seguiu à aparição de Kaspar Hauser, correram rumores de que Sofia tinha ordenado o seu assassinato em 1833, algo que afectou negativamente a sua relação com o marido e levou ao aparecimento de rumores de que a grã-duquesa tinha um amante. Durante as revoluções de 1848, foi obrigada a fugir de Karlsruhe com a família e refugiou-se em Salzburgo. Regressaram em 1849 depois da revolta ser controlada pelo exército prussiano. Em 1852, ficou viúva. Sofia convenceu o seu filho Frederico a contrair uma união dinástica em vez de um casamento com a sua amante, a baronesa Stephanie von Gensau.[3] Em 1852, a casa real sueca quis fazer as pazes com a antiga dinastia, por isso o rei Óscar I e a princesa Josefina de Leuchtenberg tentaram encontrar-se com Sofia, mas sem sucesso. Contudo, em 1863, Sofia encontrou-se com o futuro rei Óscar II e com a sua consorte, a princesa Sofia de Nassau. O encontro foi um sucesso: Sofia perguntou-lhe quanto a cidade de Estocolmo tinha mudado desde a sua infância e, quando eles se foram embora, Sofia ofereceu-lhe um presente para o filho do casal Gustavo: um medalhão com um "G" gravado e a coroa do príncipe-herdeiro sueco, uma vez que ele tinha o mesmo nome do irmão dela.[3] Em 1864, Sofia foi entrevistada por um escritor sueco anónimo e a entrevista foi publicada na biografia sobre mulheres suecas famosas escrita por Wilhelmina Stålberg (que era provavelmente a autora da entrevista) cuja publicação foi financiada por Sofia:
Casamento e descendênciaSofia casou-se com o príncipe Leopoldo de Baden a 25 de julho de 1819 em Karlsruhe. O casal teve oito filhos:
Sofia faleceu em Karlsruhe. Referências
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