SilenoSileno (em grego antigo: Σειληνός, transl. Seilēnós; em latim: Silenus) era, na mitologia grega (e posteriormente na mitologia romana), um dos seguidores de Dioniso, seu professor e companheiro fiel. Notório consumidor de vinho, era representado como estando quase sempre bêbado e tendo de ser amparado por sátiros ou carregado por um burro. Sileno era descrito como o mais velho, o mais sábio e o mais beberrão dos seguidores de Dioniso, e era descrito como tutor do jovem deus nos hinos órficos. Quando estava sob o efeito do álcool, Sileno adquiria conhecimentos especiais e o poder da profecia. O rei da Frígia Midas estava ansioso para aprender com ele, e o aprisionou, laçando-o numa fonte onde Sileno costumava beber. Segundo o filólogo e filósofo alemão Friedrich Nietzsche (1844–1900):
— Nietzsche, O Nascimento da Tragédia, 1872
Uma versão alternativa da lenda narra que, quando perdido e vagando pela Frígia, Sileno teria sido regatado por camponeses e levado ao rei Midas, que o tratou bem. Nessa altura, Dioniso ofereceu a Midas uma recompensa por sua bondade, e este escolheu o poder de transformar tudo o que tocasse em ouro e este passou a ser também seu seguidor. Na peça satírica de Eurípides, Ciclope, Sileno está preso com os sátiros na Sicília, onde foram escravizados pelos ciclopes. Representam os elementos cômicos da histórica, que é basicamente uma brincadeira com o livro IX da Odisseia de Homero. Sileno se refere aos sátiros como "suas crianças", durante a peça. Com o tempo os seguidores de Dioniso passaram a ser chamados de Silenoi, "silenos". Eram representados sempre como calvos e gordos, com lábios grossos e narizes achatados. Sileno também veio a se tornar um xingamento em latim, utilizado na peça Rudens, de Plauto, escrita em cerca de 211 a.C., para descrever a personagem Labrax, um cafetão (leno) traiçoeiro, como "[…] um sileno velho e barrigudo, criminoso careca e mal-encarado, com sobrancelhas grossas, a rosnar e se debater"[2]. PapposilenusPapposilenus é uma representação de Sileno que enfatiza a sua velhice, particularmente como personagem comum em peça satírica ou comédia. Na pintura de vaso, o seu cabelo é geralmente branco e, tal como nas estatuetas, Papposilenus tem barriga, seios descaídos e coxas peludas. Nestas representações, fica evidente que o Papposilenus é um principal ator a desempenhar um papel. O seu traje inclui uma meia-calça tufada com pêlo (mallōtos chitōn) que parece ter entrado em uso em meados do século V a.C.[3]
Referências
Bibliografia
Leitura adicional
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