Saxifraga granulata
Saxifraga granulata, commumente conhecida como sanícula-dos-montes[1], é uma espécie de planta com flor pertencente à família Saxifragaceae.[2] A autoridade científica da espécie é L., tendo sido publicada em Species Plantarum 1: 398. 1753.
Nomes comunsDá pelos nomes comuns de mosquinos, saxífraga.[3], quaresmas[4], sanícula-dos-montes, saxifraga-branca[2][5][6] DescriçãoDistingue-se da saxifraga cintrana, porque tem pétalas glabras na página superior, ao passo que aquela as tem recobertas de pêlos glandulosos no mesmo sítio.[7] Trata-se de uma planta herbácea, por vezes lenhosa na base, perene e policárpica.[2] São dotadas de talos floríferos, ramosos com mais de 10–50 cm.[2] As folhas, que tanto podem ser simples, como ternadas, geralmente em rosetas ou alternas, raramente são opostas. Têm um pecíolo grande, numa roseta laxa, de lóbulos arredondados, com bolbilhos nas axilas foliares.[2] As flores , geralmente vistosas e hermafroditas, são pentâmeras e chegam aos 1,5 cm de diâmetro, numa inflorescência laxa, aparecendo em panículas flácidas no estremo dos talos ramificados. As pétalas, que são 5, podem ser brancas - por vezes com mancha de outra cor- ou rosadas ou arroxeadas ou amarelas, assumem um formato obovado, mas mais compridas que as sépalas.[2] O cálice é veloso com sépalas lanceolado-lineares, maiores que o tubo.[2][7] Floresce de Março a Junho.[8] O fruto é bilocular, em cápsula rematada pelos estilos.[2][8] DistribuiçãoReparte-se por grande parte da Europa, concentrando-se mais na Europa Ocidental e Central. No Sul da Europa a espécie fixa-se mais na parte ocidental, cingida entre a Sicília e a Península Ibérica. Encontra-se também presente na orla ocidental do Norte de África.[6] Na Europa Setentrional não vai além da Suécia central.[8] PortugalTrata-se de uma espécie presente no território português, nomeadamente em Portugal Continental. Mais concretamente, nas zonas do Noroeste ocidental, Noroeste montanhoso, Nordeste ultrabásico, Nordeste leonês, Terra quente e Terra fria transmontana, Centro-norte, Centro-oeste calcário, Centro-oeste arenoso, Centro-oeste olissiponense, Centro-oeste cintrano, Centro-leste motanhoso, Centro-leste de campina, Centro-sul miocénico, Centro-sul arrabidense, Centro-sul plistocénico, Sudeste meridional, Sudoeste setentrional, Sudoeste meridional, Sudoeste montanhoso, Barrocal algarvio e nas Berlengas.[8] Em termos de naturalidade é nativa da região atrás indicada.[6] EcologiaPlanta rupícola, prospera entre as escarpas e fragas, nas charnecas herbáceas ou na orla de florestas. Tende a preferir sítios fragosos, úmbrios e higrófilos e as penedias. É capaz de medrar tanto em solos ácidos como em básicos.[6] ProtecçãoNão se encontra protegida por legislação portuguesa ou da Comunidade Europeia. TaxonomiaA Saxifraga granulata foi descrita por Carlos Linneo e publicada na obra Species Plantarum 1: 398. 1753.[9] O número de cromossomas da Saxifraga granulata (Fam. Saxifragaceae) e táxones infraespecíficos cifra-se nos: n=26, 28.[10] 2n=52.[11] n=11,22,24,26[12] Saxifraga: nome genérico que vem do latim saxum, ("pedra; rocha"[13]) e frangere, ("partir; quebrar")[14]. Os antigos atribuíam a estas plantas a capacidade de partir seixos com as próprias raízes, bem como a propriedade medicinal de tratar problemas de cálculos urinários. granulata: epíteto latino que significa "granular".[15] Sinonímia
Híbridos
Usos e propriedadesA planta foi usada na Antiguidade, conhecendo ainda módico, em época ulteriores, uso na confecção de mezinhas, para tratar as pedras dos rins e da bexiga, dissolvendo-as.[3][18] Pode ser usada na confecção de semolina.[18] Referências
Ligações externas
|
Portal di Ensiklopedia Dunia