Sara Forbes Bonetta
Sara Forbes Bonetta (Oquê-Odã, 1843 – Funchal, 15 de agosto de 1880)[1] foi uma governante e aristocrata nigeriana iorubá, membro da realeza dos ebadós, que ficou órfã em uma guerra tribal, foi vendida como escrava a um rei local e depois libertada da escravidão, tornando-se afilhada da Rainha Vitória. Foi casada com o capitão James Pinson Labulo Davies, conhecido filantropo rico de Lagos. Vida pessoalOriginalmente chamada "Aina", Sara nasceu por volta de 1843, em Oquê-Odã, uma vila ebadó, no estado de Ogum, ao sul do rio Ieuá.[2] Em 1848, Oquê-Odã foi invadida e saqueada por um exército do Reino de Daomé e os pais de Sara morreram durante o ataque. Assim, foi levada à corte do arroçu (rei) Guezô como escrava, aos cinco anos de idade. Ela seria usada como sacrifício humano, mas o capitão Frederick E. Forbes, da Marinha Real Britânica convenceu o rei Guezô a dá-la à Rainha Vitória de presente.[3] A Forbes descreveria o ato como:
Frederick E. Forbes a nomeou "Sara Forbes Bonetta": Bonetta em homenagem ao seu navio, o HMS Bonetta.[5] A rainha Vitória se impressionou com a excepcional inteligência da nova princesa e a criou como sua afilhada em meio à classe média e realeza britânicas.[6][7][8] Em 1851, Sara começou a ter uma tosse crônica, atribuída pelos médicos da época ao clima da Grã-Bretanha. Seus guardiães então a enviaram para uma escola na África em maio do mesmo ano, quando ela tinha 8 anos,[6] retornando em 1855, aos 12 anos de idade.[9] Em janeiro de 1862, ela foi convidada a comparecer no casamento da filha da rainha Vitória.[10] CasamentoPouco tempo depois, ela recebeu a permissão da rainha para se casar com o capitão James Pinson Labulo Davies, na igreja de St. Nicholas, em Brighton, em agosto de 1862. Enquanto os preparativos para o casamento eram elaborados, ela se mudou à rua Clifton Hill, número 17, em Bristol.[11] O capitão Davis era Iorubá e um homem de negócios rico e filantropo. O casal se mudou à África logo após o casamento e tiveram duas filhas, Victoria Davies (1863) e Stella (1873), e um filho, Arthur Davies (1871).[12] Sara manteve um relacionamento próximo com rainha, mesmo morando longe, a ponto de Sara e o bispo Samuel Ajayi Crowther serem os únicos moradores de Lagos que a Marinha Real tinha ordens expressas de evacuar caso algum levante ou guerra acontecesse na cidade.[12][13] Muitos dos descendentes de Sara hoje vivem na Inglaterra ou em Serra Leoa, muitos também são personalidades importantes na Nigéria.[13][14] MorteSara faleceu em 15 de agosto de 1880, aos 37 anos, devido à tuberculose, no Funchal, Ilha da Madeira, onde está sepultada no Cemitério Britânico da Madeira.[1][9] Seu marido, capitão Davies, erigiu um obelisco de granito em sua memória em Ijon, a oeste de Lagos, onde ele tinha uma fazenda de cacau.[15] No obelisco está escrito:
Referências
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