Santana do Manhuaçu

Santana do Manhuaçu
  Município do Brasil  
Vista da Igreja Matriz e seus jardins e a Pedra de Sant'ana ao fundo.
Vista da Igreja Matriz e seus jardins e a Pedra de Sant'ana ao fundo.
Vista da Igreja Matriz e seus jardins e a Pedra de Sant'ana ao fundo.
Símbolos
Bandeira de Santana do Manhuaçu
Bandeira
Brasão de armas de Santana do Manhuaçu
Brasão de armas
Hino
Gentílico santanense[1]
Localização
Localização de Santana do Manhuaçu em Minas Gerais
Localização de Santana do Manhuaçu em Minas Gerais
Localização de Santana do Manhuaçu em Minas Gerais
Santana do Manhuaçu está localizado em: Brasil
Santana do Manhuaçu
Localização de Santana do Manhuaçu no Brasil
Mapa
Mapa de Santana do Manhuaçu
Coordenadas 20° 06′ 28″ S, 41° 55′ 30″ O
País Brasil
Unidade federativa Minas Gerais
Municípios limítrofes Norte: Conceição de Ipanema e São José do Mantimento; Oeste: Simonésia; Leste: Durandé; Sul: Reduto;
Distância até a capital 306 km
História
Fundação 1 de janeiro de 1962 (62 anos)
Administração
Prefeito(a) Francisco de Paula Freitas (UNIÃO [2], 2021–2024)
Características geográficas
Área total [4] 346,964 km²
População total (Censo IBGE/2010[5]) 8 603 hab.
Densidade 24,8 hab./km²
Clima Tropical de altitude (cwa)
Altitude 676 m
Fuso horário Hora de Brasília (UTC−3)
CEP 36940-000 a 36946-999[3]
Indicadores
IDH (PNUD/2000 [6]) 0,669 médio
PIB (IBGE/2008[7]) R$ 54 367,632 mil
PIB per capita (IBGE/2008[7]) R$ 6 484,69
Sítio www.santanadomanhuacu.mg.gov.br (Prefeitura)
cmsantanadomanhuacu.mg.gov.br (Câmara)

Santana do Manhuaçu é um município brasileiro do estado de Minas Gerais.

Topônimo

O topônimo Santana do Manhuaçu é composto de Santa Ana, mãe da virgem Maria e avó de Jesus e da palavra indígena Manhuaçu, que significa "chuva grande" (aman'y: "água" -em sentido pluvial- no tupi-guarani, mais asu, que significa "grande") sendo uma homenagem à Santa e uma referência ao local onde se acha a cidade, à margem do rio Manhuaçu.

Inicialmente o local onde se ergue a cidade era denominado "Marajuba". Com a construção de uma capela em homenagem a Santa Ana e a elevação a Distrito de Paz em 1890 (Decreto 78, de 22 de maio de 1890), passou a ser denominado simplesmente "Santana", pertencendo ao município de Manhuaçu. Em 1911 adota definitivamente o nome de Santana do Manhuaçu (Lei 556, de 30 de agosto de 1911).

História

Na rota dos desbravadores vindos da foz do Rio Doce estava um grande afluente desse rio à esquerda, mais tarde denominado Rio Manhuaçu. Seguindo o curso desse rio, tem-se a rota feita no século XIX pelos primeiros habitantes de origem não-nativa da região, onde mais tarde se situaria a cidade de Santana do Manhuaçu. Na freguesia de São Simão, nasce o povoado que daria origem a Santana do Manhuaçu, composto em sua maioria por imigrantes Portugueses e Italianos provenientes do sul da Zona da Mata e do Rio de Janeiro que ali começaram a se estabelecer por volta de 1870.

Inicialmente foram erguidas duas capelas. Uma em honra de Santa Ana, em 1878, em um terreno doado um casal de devotos italianos que estavam entre os primeiros moradores e outra a Santo Antônio, por imigrantes portugueses, terminando por prevalecer e restar apenas a capela dedicada a Santa Ana, que viria a se tornar a padroeira da cidade.

É possível também creditar a ocupação da região justamente a busca pela ocupação que os Estados do Espírito Santo e Minas Gerais promoveram a partir da segunda metade do século XIX. Os capixabas avaçaram da costa até as margens do Rio José Pedro e os mineiros do interior, vindos do sul da zona da mata até a margem do Rio Manhuaçu, e a partir de 1859, tem-se os primeiros conflitos na região, a respeito da jurisdição das províncias de Minas Gerais e Espírito Santo. O povoado de Santana do Manhuaçu ficava bem no limite da região do Contestado do sul do Rio Doce (Disputa de terras entre os estados do Espírito Santo e Minas Gerais), vez que até 1914, persistia controvérsia acerca da Jurisdição Provincial/Estadual acerca dos Municípios vizinhos de Ipanema, Aimorés, Mutum, São José do Mantimento, Lajinha e Chalé, já que a Carta Régia de 1816, que definia as fronteiras entre Minas e Espírito Santo era extremamente imprecisa.

Esse fluxo migratório, ao contrário de muitos que insistem em atribuir à necessidade de abastecimento da região mineradora do ciclo do ouro, deve-se na verdade à decadência do ciclo do ouro em Minas Gerais, pela necessidade de se buscar novas atividades econômicas. Tanto que a região só começa a ser efetivamente povoada nos primeiros anos do Império. Inicialmente a cidade recebe a denominação "Santana" em função de uma das primeiras habitantes da região, uma senhora católica devota de origem italiana que mandou erigir uma capela em honra a Santa Ana.

Cumpre-se salientar que, ao contrário do restante da região, que desenvolveu sua economia com base no trabalho do imigrante, principalmente Alemães, Italianos e Libanes, baseando-se na mescla da agricultura familiar com pequenos núcleos de escravidão, Santana do Manhuaçu constituiu um razoável núcleo de escravidão da região em função de sua lavoura canavieira e cafeeira, apesar de contar também com a imigração Italiana e Portuguesa.

Em 1890, ao se tornar distrito de Manhuaçu, o povoado é denominado Santana. Com a divisão administrativa do estado, em 1911, passa a ser chamado de Santana do Manhuaçu, em uma referência ao Rio que corta a cidade. Em 1943, torna-se distrito de Simonésia até que, em 1962, é emancipado.

Em 1992, a cidade de Santana do Manhuaçu é elevada a sede de paróquia da Diocese de Caratinga, por Dom Hélio Gonçalves Heleno, bispo da diocese.

Geografia

Sua população estimada em 2004 era de 8.325 habitantes. O município possui relevo acidentado com muitas montanhas e serras ao sul - onde se situa a sede - e a leste, e uma planície a noroeste. A altitude mínima no município é de 625 metros e a máxima é de 1373. O município é cortado verticalmente pelo Rio Manhuaçu escoadouro de vários afluentes situados dentro do município. É cortado também de norte a sul pela rodovia MG-111, que liga a região norte da Zona da Mata na divisa com o estado do Rio de Janeiro à região do Vale do Rio Doce, onde este recebe as águas do Rio Manhuaçu, na divisa com o norte do Espírito Santo. Essa rodovia é o principal meio de acesso ao município.

O município possui dois distritos. O da sede e o de "Santa Filomena", situado ao norte a 28 km da sede do município. Pertencem ainda ao município os povoados de "Santa Quitéria" e "São João do Capim", a noroeste da sede. Os limites territoriais foram definidos pela Lei Estadual 2.764, de 30 de dezembro de 1962.[8]

Turismo

O principal atrativo do município é o Ecoturismo. As cachoeiras do Bonifácio e do Cardoso fazem parte dos atrativos naturais da cidade, além da Pedra de Santana para a prática do voo livre. O município está localizado no Circuito Turístico do Pico da Bandeira.

A região montanhosa e as paisagens exuberantes favorecem a prática de esportes radicais tanto o Voo livre e o Parapente, quanto o trekking, rapel e as trilhas de motocross. A cidade ainda conta com eventos festivos anuais em datas cívicas, com a presença de bandas e diversos artistas. Assim como as cavalgadas realizadas na cidade também são as encenações da Paixão de Cristo acontecidas na Semana Santa sendo emblemáticas em toda a região.

Economia

A economia local se baseia basicamente na agricultura familiar, bovinocultura leiteira e no cultivo da cana-de-açúcar, banana, hortaliças e café.

Educação

As escolas do município são as escolas estaduais Célia Pereira Mendes, Escola Estadual do Povoado de Santa Quitéria, Escola Estadual de Santa Filomena e as escolas municipais Da Faz dos Honórios, do Córrego dos Marambaias, Bernardo Ferreira, Canuto de Sales, Teófilo Baía, José Agostinho, José Cruz, Cristiano Picada, Juca Picada, De Ensino Fundamental 1 a 4 s, CEMEI Tia Celeste, Pré-Escolar Municipal Tio Bil, CEMEI Vó Neném, Escola de Ensino Fundamental de 1 a 4 s e APAE Escola Especial Mãe Pá.

Referências

  1. «Gentílicos». 1 de julho de 2008. Consultado em 17 de agosto de 2018 
  2. «Representantes». União Brasil. Consultado em 29 de setembro de 2022 
  3. Empresa Brasileira de Correios e Telégrafos. «Busca Faixa CEP». Consultado em 1 de fevereiro de 2019 
  4. IBGE (10 de outubro de 2002). «Área territorial oficial». Resolução da Presidência do IBGE de n° 5 (R.PR-5/02). Consultado em 5 de dezembro de 2010 
  5. «Censo Populacional 2010». Censo Populacional 2010. Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). 29 de novembro de 2010. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  6. «Ranking decrescente do IDH-M dos municípios do Brasil». Atlas do Desenvolvimento Humano. Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD). 2000. Consultado em 11 de outubro de 2008 
  7. a b «Produto Interno Bruto dos Municípios 2004-2008». Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. Consultado em 11 de dezembro de 2010 
  8. «Lei nº 2764, de 30 de dezembro de 1962 - 2764/62 - Legislação: Lei 2764/1962 (Estadual - Minas Gerais)». lexml.gov.br. Consultado em 21 de junho de 2012 

Ligações externas

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