Sande (Lamego)
Sande é uma povoação portuguesa sede da Freguesia de Sande do Município de Lamego, freguesia com 3,13 km² de área[1] e 811 habitantes (censo de 2021)[2], tendo, por isso, uma densidade populacional de 259,1 hab./km². Foi vila e sede de concelho entre 1514 e 1836.[3] Este era constituído apenas pela freguesia da sede e tinha, em 1801, 515 habitantes. HistóriaSituada na ladeira da Serra de S. Domingos e atravessada pelo rio Varosa, Sande é uma freguesia do concelho de Lamego, de cuja sede dista aproximadamente 6 km. tem como vizinhas a freguesia de Cambres (1 km) a Norte, Valdigem (2 km) a Este, e Almacave (1 km) a Sul e Oeste. Está implantada numa área de 3,11 km². O pároco da freguesia em 1758, no relatório que fez a pedido do Marquês de Pombal, refere que «é bom clima de terra, e aprazível em seus frutos e regalos, com bastantes águas de fontes, com vinhos do melhores e por isso decantados em todo o reino pela sua singularidade; e produz também a terra deliciosas frutas de toda a casta». O território desta freguesia, por ser tão fértil e ter um bom clima, começou a ser povoado muito cedo; deduz-se que desde a época romana. O topónomo da freguesia advém do nome de um proprietário (Sandus) de uma Villa rústica (Villa Sandi). As Villas organizavam-se aqui por haver condições ideais para tal. Nos séculos IX, X e XI esta região foi repovoada por gentes do Norte e das Astúrias. No século XII, a família de Egas Moniz é citada como tendo aqui grandes interesses patrimoniais e económicos. Depois, foram os mosteiros de Salzedas e Tarouca que ocuparam parte destas terras, adquiridas por compra, doação, permutas, etc.. Em 1290 as Inquirições de D. Dinis assinalavam em Sande três "quintãs" fidalgas. Em 1297/98, o cabido de Lamego cedeu ao Bispo D. Vasco de Alvelos a «quintã» de Sande e suas pertenças. No princípio do século XIV Sande não tinha qualquer autonomia municipal; esta adveio-lhe ao ser separada do termo de Lamego para ser doada a fidalgos, por D. João I. Em 17 de Maio de 1514 (século XVI), Sande recebeu foral, dado por D. Manuel I.[3] Em termos eclesiásticos a freguesia é de tradições antigas, pois é uma paróquia talvez anterior à Nacionalidade. Nos tempos de S. Gens em Sande de Cima, e de S. Veríssimo, (chamada igreja nas Inquirições de 1258) há recordações de cultos locais medievos. A vigararia de Sande estava já instituída no século XVI, talvez já anexa à de Avões. A meados do século XVII, S. Tiago de Sande pertencia à Ordem de Cristo, à qual paga dízimos. DemografiaA população registada nos censos foi:[2]
Símbolos heráldicosBrasão: escudo de ouro, vieira de púrpura realçada de prata, cálice de vermelho realçado de negro e almotolia de verde, as três figuras postas em roquete; campanha ondada de azul e prata de cinco peças. Coroa mural de prata de quatro torres. Listel branco, com a legenda a negro: "SANDE - LAMEGO". Bandeira: esquartelada de púrpura e amarelo. Cordão e borlas de ouro e púrpura. Haste e lança de ouro. Selo: nos termos da Lei, com a legenda: "Junta de Freguesia de Sande - Lamego". Parecer emitido pela Comissão de Heráldica da Associação dos Arqueólogos Portugueses, nos termos da Lei nº 53/91, em 19 de julho de 2000 e publicado no Diário da República III Série nº 231 de 6 de Outubro de 2000. Os Símbolos Heráldicos da Freguesia encontram-se registados na Direcção Geral das Autarquias Locais com o nº 268/2000 de 19 de Outubro de 2000. SimbologiaCoroa Mural: Por via do Foral Novo de D. Manuel I, de 17 de Maio de 1514. Vieira: Representa o orago da freguesia S. Tiago. Cálice e Almotolia: Representam a agricultura, a vitivinicultura, com especial destaque para «Vinho do Porto, e a olivicultura». Burelas Ondadas: Representam o rio Varosa, que atravessa a freguesia de Sande. Festas e romarias
Associações
Referências
Ligações externas
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