Sagui, sauí, sauim (a partir de sauhim, de 1817), xauim, soim e sonhim derivam do tupisa'gwi ou sa'gwĩ.[7]Saguim, por sua vez, originou-se no aportuguesamento histórico do mesmo termo tupi, ou seja, çagoym (de 1511), que depois evoluiu para a forma atual em 1587.[8]Tamari tem provável origem tupi,[9] enquanto massau tem origem obscura.[10] Por fim, mico originou-se, possivelmente através do espanhol, na extinta língua cumanagota do Caribe e significa "mono de cauda longa".[11]
Taxonomia e Evolução
Juntamente com outras espécie do "Grupo Jacchus", era considerado como subespécie de sagui-de-tufo-branco (Callithrix jacchus), entretanto, vários autores o consideram como uma espécie separada.[12][13][14] Dados moleculares também corroboram a hipótese de que o sagui-de-cara-branca é uma espécie propriamente dita.[15] Filogenia baseada em morfometria de crânios coloca essa espécie como muito aparentada ao sagui-de-tufos-pretos (Callithrix penicillata), do qual inclusive é conhecido a produção de híbridos em áreas de contato entre as duas espécies.[12][14]
A espécie surgiu de forma relativamente recente, com dados genéticos sugerindo uma divergência entre sagui-de-tufo-branco e sagui-de-cara-branca há apenas 500 mil anos.[15][16]
Distribuição Geográfica e Hábitat
É a espécie do gênero Callithrix que ocorre no Espírito Santo e em áreas florestadas de Minas Gerais, com sua distribuição limitada ao norte, pelos rios Jequitinhonha e Araçuaí, ocorrendo, em seu limite sul até a divisa com o estado do Rio de Janeiro.[14] Sua área de distribuição se sobrepõe a de Sagui-da-serra-claro (Callithrix flaviceps), no sul do Espírito Santo, entretanto, o sagui-de-cara-branca não ocorre em altitudes superiores 700 m.[14] Apesar disso, existem registros de bandos com ambas espécies a uma altitude de 800 m e híbridos em altitudes intermediárias.[3]
É encontrado em áreas de floresta úmida, como florestas de terras baixas e sub-montanas, mas também é encontrado em florestas de galeria na Caatinga, ao norte do rio Jequitinhonha.[3][14] É tolerante a ambientes perturbados e não está restrito a habitats primários.[17]
↑ abcdeRylands, A.B.; Coimbra-Filho, A.F.; Mittermeier, R.A. (2009). «The Sistematics and Distribution of the Marmosets (Callithrix, Calibella, Cebuella, and Mico) and Callimico (Callimico) (Callitrichidae, Primates)». In: Ford, S.M.; Porter, L.M.; Davis, L.L.C. The Smallest Anthropoids: The Marmoset/callimico Radiation(PDF) 3.ª ed. Nova Iorque: Springer. pp. 25–63. ISBN978-1-4419-0292-4
↑Barroso, C. M. L.; Schneider, H.; Schneider, M. P. C.; Sampaio, I.; Harada, M. L.; Czelusniak, J.; Goodman, M. (1997). «Update on the Phylogenetic Systematics of New World Monkeys: Further DNA Evidence for Placing the Pygmy Marmoset (Cebuella) within the Genus Callithrix». International Journal of Primatology. 18 (4): 651-674. ISSN1573-8604. doi:10.1023/A:1026371408379A referência emprega parâmetros obsoletos |coautor= (ajuda)