Rui Rio
Rui Fernando da Silva Rio GCIH (Porto, 6 de agosto de 1957) é um economista e político português reformado. Foi Presidente da Câmara Municipal do Porto de 2002 a 2013 e Presidente do Partido Social Democrata, de 2018 a 2022. Liderou a oposição ao Governo de António Costa (PS) (com quem também possui uma amizade desde jovem) entre 16 de Fevereiro de 2018 e 1 de Julho de 2022. Rio foi também desafiado pelo actual líder do PSD, Luís Montenegro, derrotando Montenegro em eleições directas com uma 2ª volta inédita em 2020. Rio posicionou-se fortemente contra a maçonaria e o seu controle sobre o PSD bem como o PS.[2][3] Carreira académicaEstudou no Colégio Alemão do Porto (Deutsche Schule zu Porto) e licenciou-se em Economia, na Faculdade de Economia da Universidade do Porto,[4] onde foi membro do Conselho Pedagógico e presidente da Associação de Estudantes. A sua direção constituiu, desde sempre, a primeira associação de estudantes de uma Faculdade de Economia do País sem maioria comunista.[5] Vida profissionalComo economista, iniciou a sua vida profissional na indústria têxtil, tendo, após o cumprimento do serviço militar obrigatório, trabalhado também na indústria metalomecânica. Em meados da década de 1980, iniciou o seu percurso no setor bancário. Como quadro do Banco Comercial Português, foi responsável pela montagem de operações de financiamento no mercado primário, pelo processo de admissão à cotação nas Bolsas de Valores, pelo estudo e conceção de novos produtos financeiros e pela formação dos recursos humanos na área de Mercado de Capitais. Foi ainda diretor financeiro da fábrica de tintas CIN, com especial responsabilidade na relação da empresa com o Mercado de Capitais. Exerceu os cargos de vogal do Conselho Fiscal da Caixa Geral de Depósitos (CGD), de administrador não-executivo da empresa Metro do Porto e de Chairman da 32 Senses SGPS. Depois de ter interrompido a sua atividade como economista durante o período em que esteve profissionalmente ativo na política, em março de 2014 assumiu funções na Boyden - Executive Search[6] e na Neves de Almeida | HR Consulting,[7] empresas da área de gestão de recursos humanos. Antes disso, e desde janeiro de 2014, já havia retomado a sua atividade no Millennium BCP, passando a integrar o Comité de Investimentos do Millennium Fundo de Capitalização, ainda que o seja como membro independente e não executivo.[8] Foi vice-presidente da Assembleia-Geral da Ordem dos Técnicos Oficiais de Contas, de 1998 a 2018.[9] Foi Presidente da Mesa da Secção Regional do Norte da Ordem dos Economistas. Carreira políticaRui Rio entrou na política através da Juventude Social Democrata, onde foi vice-presidente da Comissão Política Nacional, entre 1982 e 1984. Aos 18 anos aderiu também ao Partido Social-Democrata. Nesta estrutura, entre 1996 e 1997 foi secretário-geral da respetiva Comissão Política Nacional, com Marcelo Rebelo de Sousa como presidente. De 2002 a 2005, foi vice-presidente, sendo líderes Durão Barroso e, subsequentemente, Pedro Santana Lopes. Repetiria o cargo, entre 2008 e 2010, com Manuela Ferreira Leite. Rio foi eleito deputado à Assembleia da República, pelo Círculo do Porto, nas legislaturas iniciadas em 1991, 1995 e 1999, abandonando nesta última o mandato de deputado após ser eleito Presidente da Câmara Municipal do Porto, nas eleições autárquicas de 2001. Foi ainda vice-presidente do Grupo Parlamentar do PSD e seu porta-voz para as questões económicas.[4] Depois de ter conquistado a maioria relativa nas autárquicas de 2001, Rio foi reeleito presidente da Câmara Municipal do Porto,[10] com maioria absoluta em 2005, contra Francisco Assis, e em 2009, contra Elisa Ferreira. Terminou o seu terceiro e último mandato em 22 de outubro de 2013, tendo sido, até esta data, o autarca que, na história da cidade, durante mais tempo presidiu aos seus destinos. Foi ainda administrador não-executivo da Metro do Porto, de 2002 a 2010. Paralelamente, durante oito anos (2005-2013),[11] presidiu também à Junta Metropolitana do Porto, o que, até esta data, constitui igualmente o período máximo de tempo no desempenho desse cargo. Foi, finalmente, presidente do Eixo Atlântico do Noroeste Peninsular, entre 2003 e 2005. Publicou Política In Situ (2002)[12] e Análise à Distribuição Regional do Investimento Público (1999),[13] colaborou nos jornais O Comércio do Porto, Público e Diário Económico. Foi distinguido com o Prémio Personalidade Marketing Cidades e Regiões 2004 e, em 2005, com o Prémio Alfredo César Torres. Em 2012, ganhou o Prémio Carreira da Faculdade de Economia da Universidade do Porto. Em 2014, foi publicada a sua biografia da autoria de Mário Jorge de Carvalho, intitulada Rui Rio - de Corpo Inteiro. Um ano mais tarde, em 2015, foi publicado o livro Rui Rio - Raizes de Aço, da autoria de Carlos Mota Cardoso. A 10 de junho de 2006, foi agraciado pelo Presidente da República com a Grã-Cruz da Ordem do Infante D. Henrique.[14] Foi também distinguido por Sua Santidade, o Papa Bento XVI, com a Grã-Cruz da Ordem de S. Gregório Magno, e pelo Presidente da República Federal da Alemanha, Joachim Gauck, com a Cruz Oficial da Ordem de Mérito da RFA. Tornou-se novamente Deputado à Assembleia da República a partir de outubro de 2019. Foi membro do Conselho de Estado entre 2019 e 2022, eleito pela Assembleia da República, em representação do PSD. Na qualidade de líder da oposição, Rui Rio foi o candidato do PSD a Primeiro-Ministro nas eleições legislativas de 2019 e nas de 2022. A 12 de setembro de 2022, cessou as suas funções enquanto deputado, declarando encerrada uma etapa da sua vida.[15] Liderança do PSDRui Rio anunciou a sua candidatura à liderança do PSD a 11 de outubro de 2017, em Aveiro.[16] Nas eleições diretas do partido, marcadas para 13 de janeiro de 2018, defrontou o ex-primeiro-ministro Pedro Santana Lopes, tendo saído vitorioso com 54,37% dos votos dos militantes do PSD. Tomou posse no 37º congresso do PSD, realizado em Lisboa, de 16 a 18 de fevereiro de 2018. Em 2020, Rui Rio recandidatou-se a Presidente do PSD, concorrendo, numa primeira volta que teve lugar a 11 de janeiro, contra Luís Montenegro e Miguel Pinto Luz, tendo reunido 15 546 votos num universo de 32 082 votantes. A segunda volta, que decorreu no dia 18 de janeiro, deu o segundo mandato a Rui Rio, com 17 157 contra os 15 086 de Luís Montenegro, num universo de 32 582 votantes. O reeleito Presidente do PSD tomou posse no 38º Congresso, realizado em Viana do Castelo, de 7 a 9 de fevereiro de 2020. A 27 de novembro de 2021, foi novamente reeleito Presidente do PSD, conquistando 18 852 votos, contra Paulo Rangel, que recolheu 17 106 votos. Tomou posse a 17 de dezembro de 2021, no 39º Congresso Nacional do Partido, que decorreu em Santa Maria da Feira, sob o lema "Novos Horizontes para Portugal". Após as eleições legislativas de 2022, cessou funções a 1 de julho de 2022[1] após um mau resultado eleitoral do PSD. Foi sucedido por Luís Montenegro.
Resultados eleitoraisEleições legislativas
Eleições autárquicasCâmaras Municipais
Eleições diretas do Partido Social Democrata
Referências
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