Filho da classe trabalhadora, Coase se apaixonou pelas economias de mercado, sendo agraciado com o Prémio de Ciências Económicas em Memória de Alfred Nobel de 1991, por sua produção da área da microeconomia, desenvolvendo a Teoria da Firma,[2] e pelo seu trabalho denominado O Problema do Custo Social, que é considerado uma mudança de paradigma na área de legislação econômica bem como o trabalho mais citado na mesma.[3][4]
A firma, o mercado e o direito
A mais importante obra de Ronald Coase, The firm, the market and the law, foi traduzida para a língua portuguesa em 2016 e publicada pela Forense Universitária, na Coleção Paulo Bonavides, dirigida pelo ministro Dias Toffoli e pelo professor Otavio Luiz Rodrigues Junior. Sob o título A firma, o mercado e o direito, o livro foi antecedido de um Estudo Introdutório elaborado pelo ministro Antonio Carlos Ferreira e por Patrícia Candido Alves Ferreira.[5]
A Natureza da Firma
Segundo Coase, o objetivo com o seu artigo The nature of firm "foi estabelecer uma base lógica para a firma e indicar o que determina a gama de atividades que desenvolve".[6]
Procurou responder ao questionamento sobre a origem do crescimento das firmas, propondo que elas crescerão enquanto for mais barato racionalizar os custos de transação de um determinado produto internamente, do que adquiri-lo diretamente no mercado.
Para o economista britânico, era importante responder tal questão, pois a teoria econômica até então se preocupava com um funcionamento do mercado não realista, ignorando o funcionamento de algo tão importante para o funcionamento das modernas economias de mercado: as firmas.
Em suas palavras: "A principal razão pela qual é lucrativo estabelecer uma firma pareceria ser que existe um custo na utilização do mecanismo de preços", uma vez que seria bastante oneroso a celebração de inúmeros contratos para cada transação de troca.
Assim, cria-se a firma para que o custo dessas inúmeras transações seja reduzido. A "operação de um mercado tem seus custos e, ao estabelecer uma organização e permitir que alguma autoridade (o 'empresário') direcione os recursos, são economizados determinados custos de mercado".[7]
Coase, R. H. (1992). «The Institutional Structure of Production». American Economic Review. 82 (4): 713–719. JSTOR2117340 (Palestra sobre o Prêmio Nobel)
Coase, Ronald; Wang, Ning (2011). «The Industrial Structure of Production: A Research Agenda for Innovation in an Entrepreneurial Economy». Entrepreneurship Research Journal. 2 (1). doi:10.2202/2157-5665.1026