RomaniotaChamam-se romaniotas os judeus que já se encontravam na Grécia no início da era cristã, para diferenciá-los dos judeus ibéricos (sefardis), que se instalaram na Grécia após a sua expulsão da Península Ibérica, em 1492. Os sefardis eram falantes do ladino, enquanto os romaniotas falavam uma língua própria, o yevanic ou judeu-grego - uma versão da língua grega acrescida de termos hebraicos e escrita com caracteres hebraicos.[1][2] A região de Delos era também chamada "Nova Roma", razão pela qual esses judeus foram chamados romaniotas. Suas sinagogas tinham um estilo próprio, assim como sua tradição religiosa e seu livro de orações (Majzor Rumania). Grande parte das orações eram em yevanic, e as melodias, incluindo as da leitura da Torá, sofreram grande influência da música bizantina. A tradição romaniota baseia-se no Talmud Yerushalmi.[3] Os romaniotas são provavelmente os judeus mais antigos da Europa. Há registros que indicam a presença judia na Grécia já no século IV a.C.. Uma sinagoga do século II a.C., em ruínas, na ilha de Delos, no Mar Egeu, é considerada como a mais antiga descoberta na diáspora. [3] Etimologia'Romaniota' foi a designação que os turcos deram aos gregos, durante a ocupação turca após a queda de Constantinopla, numa referência e identificação difusas com os romanos bizantinos. A palavra seria uma derivação do termo grego romiós, também entendido como "romano".[4] Judeus romaniota significa, portanto, literalmente, "judeu romano". Mesmo os cristãos ortodoxos de língua grega, já no século XIX, continuavam a se referir a si próprios como romiós, aludindo a suas origens romanas (isto é, bizantinas), os judeus da região faziam o mesmo. O termo 'romaniota' é, portanto, genérico. Mas, no contexto do judaísmo grego, seu significado evoluiu, a partir do século XVI, passando a designar os judeus "nativos" da região - ou seja, aqueles que não eram sefardis.[5] Referências
Ligações externas
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