Roberta Marquez![]()
Roberta Marquez Barbosa[1] (Rio de Janeiro, 1977[2]) é uma premiada bailarina brasileira, foi primeira-bailarina do Royal Ballet de Londres entre 2004 a 2015.[3] Dona de "emoção e técnica impecável", foi a primeira bailarina brasileira desde Márcia Haydée a integrar o corpo de baile de uma grande companhia europeia, como uma das principais do Royal Ballet; na opinião da coreógrafa Dalal Achcar, em 2004 quando de sua transferência para a Inglaterra, “Ela é capaz de passar ao público exatamente o que a obra quer transmitir”.[4] BiografiaFilha da peruana Antonieta Márquez, estudou num colégio em Jacarepaguá e sua mãe a levava ao centro a fim de ter aulas desde pequena; em seu depoimento: “Ela almoçava no carro, era muito sacrifício. Tinha uma hora e meia de aula e quatro horas diárias de ensaio. Depois, só pensava em voltar para casa e relaxar."[4] Formada pela Escola Estadual de Dança Maria Olenewa, Marquez ingressou em 1994 no corpo do Ballet do Theatro Municipal do Rio de Janeiro.[3] Em 1997, entretanto, desanimou com a profissão, pensando mesmo em desistir da atividade mantendo-a apenas como um hobby, sendo demovida pelo então namorado, o bailarino Arionel Vargas que, mais tarde, declarou que “Ela não tinha noção do quanto era boa, melhor até que bailarinas de nível internacional”.[5] Em 2001 foi considerada a melhor bailarina do ano, no Rio de Janeiro; no mesmo ano, fazendo par com Thiago Soares, foi premiada como "Melhor Casal" pelo Concurso Internacional de Balé de Moscou.[3] Convidada então pela bailarina Natália Makarova a dançar La Bayadère,[nota 1] seu desempenho impressionou de tal forma que sua carreira pode ser dividida em dois momentos: antes e depois dessa performance; ela declarou sobre isso: “Na época as pessoas não acreditavam e diziam que eu tinha ficado enorme no palco”.[4] ![]() Em 2002 foi promovida a principal bailarina do Municipal,[3] e se casou com o namorado Arionel Vargas.[6] A cerimônia foi até então inédita: a primeira realizada em pleno palco do Thetro Municipal do Rio.[5] Já em 2003 ela atuou mais no Royal Ballet do que no Municipal até que, no ano seguinte, foi finalmente convidada para ser uma das oito principais daquela companhia; na ocasião Marquez declarou: “É inédito na história do balé brasileiro uma bailarina sair direto do Theatro Municipal do Rio de Janeiro para ser uma estrela no Exterior”.[4] Nesta companhia protagonizou apresentações como Giselle, Manon, Cinderella, Nikiya (em La Bayadère, Lise (La Fille mal gardée), Fada Açucarada (O Quebra-Nozes), Odete/Odile (O Lago dos Cisnes), entre muitos outros; na temporada 2016-2017 ela voltou ao Royal Ballet, como bailarina convidada, protagonizando o La Fille mal gardée.[3] Na ocasião ela pesava 43 quilos, com 1,56 m de altura;[4] sobre a situação do balé no Brasil ela comparou com aquela apresentada pela companhia britânica, onde bailarinos possuem sala para fisioterapia, outra para a prática de Pilates, e se apresentam durante todo o ano, em temporadas longas, ao passo que no país "a gente dança de três em três meses."[7] Sua estreia no Royal Ballet se deu em setembro de 2004, com o balé "The Two Pigeons", na Opera de Paris, e em Londres a primeira apresentação foi no dia 27 de outubro do mesmo ano com "A Wedding Bouquet".[6] Teve participações em outras importantes companhias, como o American Ballet Theatre.[3] Em 2012 voltou a se casar, desta feita com o primeiro bailarino do English National Ballet, o cubano Arionel Vargas; a cerimônia ocorreu no Rio de Janeiro.[8] Notas
Referências
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