Rhea americana americana
A Rhea americana americana (nome popular ema) é uma ave do gênero Rhea endêmica das regiões central e nordeste do Brasil.[3] É uma das três subespécies da espécie Rhea americana existentes no país.[2][nota 1] Assim como as outras subespécies de ema, na pecuária brasileira e internacional, apresenta uso por proporcionar produção de pele, carne e ovos de alto valor nutritivo, semelhantemente ao avestruz.[5] Conhecida originalmente pelos índios como nhandu ou nhanduguaçu,[6][7][8] a subespécie é muito citada como ema-brasileira, por ser endêmica do Brasil, e avestruz-americano, em virtude de sua semelhança com a ave africana.[9][nota 2] No Nordeste é popularmente chamada ema-da-caatinga ou ema-catingueira. Descoberta e classificaçãoA subespécie foi descrita e classificada pela primeira vez em 1758 pelo botânico e zoólogo sueco Carolus Linnaeus,[5] e pouco antes disso, no século XVII, já tinha se tornado emblema na bandeira do Rio Grande do Norte à época da dominação neerlandesa no Brasil.[11] Na obra Trabalho Índio em Terras da Vera ou Santa Cruz e do Brasil há a seguinte citação sobre tal ave:
Tal subespécie ocorre unicamente no Brasil, sobretudo nas regiões Sudeste, Nordeste o Centro-Oeste,[12][nota 3] mas em virtude de secas constantes no Nordeste a ave foi intensivamente caçada para alimentação, o que a levou à beira da extinção.[13] Segundo dados de 1997 esta subespécie corre sérios riscos de extinção,[2] embora tenha sido reintroduzida em estados onde antes era comum e foi extinta, como Paraíba e Rio Grande do Norte. Fisiologia e hábitosConsiderada a ave mais antiga do continente americano, a ema-brasileira é a maior ave da fauna brasileira; essa subespécie pode atingir quando adulta entre 1,40 e 1,70 metro de altura e pesar em torno de 35 kg. Vive em áreas campestres, de cerrado e caatinga.[6] No cerrado aberto, ocorre em grupos de 15 a 20 animais. Os ovos são postos por várias fêmeas num ninho cavado no solo,[6] cabendo ao macho polígamo o trabalho de sua incubação e a tutela dos filhotes. Os ovos medem aproximadamente 15 cm por 8 e pesam 700 gramas e foram (junto com sua carne) importante meio de sustentação alimentar dos ameríndios. Onívora, a subespécie se alimenta de sementes, folhas, frutos, insetos, roedores, moluscos terrestres e pequenos animais que encontra. Como forma de triturar, e portanto ajudar no processo digestivo, a ave costuma engolir pequenas pedras. Notas
Referências
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