Revista literária
Revistas literárias são publicações periódicas dedicadas à literatura, publicando contos, poesias, trechos de romances e crítica literária.[1] O título mais antigo desse gênero de que se tem notícia é a Nouvelles de la Republique des Lettres, editada por Pierre Bayle em 1684, na França.[2] No Brasil, Plínio Doyle, em seu estudo História de Revistas e Jornais Literários, aponta como pioneira a Nitheroy, Revista Brasiliense, de Sciencias, Letras, e Artes, de 1836. Antes dela, porém, já haviam sido publicadas a Variedades – ou Ensaios de Literatura, em 1812, na Bahia, e a Revista da Sociedade Filomática, em 1833, em São Paulo. O fim do século XIX assistiu a uma proliferação de revistas desse tipo, celebradas por Olavo Bilac como o principal meio para escritores atingirem seu público.[3] Nas primeiras décadas do século XX o meio foi explorado pelos diferentes movimentos de vanguarda, que criam títulos efêmeros porém de grande impacto, como a Klaxon de Oswald e Mário de Andrade e a Revista de Antropofagia.[4] Mais tarde surgem a Joaquim, editada em 1946 por Dalton Trevisan,[5] e, na década de 1970, as diversas revistas alternativas influenciadas pelo Tropicalismo (Navilouca, Código) e pela geração mimeógrafo (Construtura, Ficção, Símbolo, Escrita, Almanaque, O Saco).
Revistas literárias eletrônicasAs revistas literárias eletrônicas representam, em parte, a transposição dos periódicos literários de mídia tradicional para o meio eletrônico, aproximando-se mais, no entanto, de um modelo híbrido que expande as possibilidades da mídia física potencializando certa tendência ao sincretismo e ao experimentalismo, ainda que seja um campo heterogêneo formado a partir de suas categorias e subcategorias seja em virtude da formação de certos grupos de influência seja pela mais básica necessidade de circulação da cultura; além disso, a mídia virtual abre espaço à veiculação de obras antes restritas a nichos comerciais específicos, a exemplo de material fonográfico e cinematográfico, noticiário, propaganda, tornando mais democrático o acesso do público a gêneros menos conhecidos de expressão estética mais heteróclita como vídeo-poemas, poesia interativa experimental etc. Em outras palavras, a revista literária eletrônica condiciona modelos pré-concebidos de plataformas como blogers e diários pessoais, proporcionando um aporte mais adequado aos novos meios de produção artísticos e sobretudo de recepção, reunião, contato, oxigenação dos diversos núcleos culturais do país, o que permite inclusive processos colaborativos e a internacionalização desses artistas. As revistas mais tradicionais, acadêmicas, passam atualmente por transição nas universidades mediante as diretrizes de avaliação implementadas pela recentemente CAPES. Revistas literárias brasileiras
Revistas Literárias Brasileiras Eletrônicas
Referências
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