Resiliência (psicologia)
A resiliência, conceito emprestado da Física, refere-se à capacidade de um material para retornar ao normal depois de submetido a uma tensão. Na Psicologia, refere-se à habilidade do indivíduo para lidar com problemas, adaptar-se a mudanças, superar obstáculos ou resistir à pressão de situações adversas – choque, estresse, algum tipo de evento traumático, entre outros – sem entrar em surto psicológico, emocional ou físico, por encontrar soluções estratégicas para enfrentar e superar as adversidades. Nas organizações, a resiliência se relaciona à reação positiva em um contexto entre a tensão do ambiente e a vontade de vencer. Essas decisões propiciam forças estratégicas na pessoa para enfrentar a adversidade. Manter a imunidade mental é a base para criar resiliência emocional. O indivíduo condiciona a mente a tolerar os pensamentos assustadores e consegue esquivar-se do sofrimento ao entender que a dor fará, inevitavelmente, parte da trajetória da vida.[1] Até os anos 90 foi estudada como constituída por FatoresSão fatores inerentes da resiliência:[2] Administração de emoçõesÉ a habilidade de se manter sereno diante de uma situação de estresse. Pessoas resilientes quanto a esse fator são capazes de utilizar as pistas que leem nas outras pessoas para reorientar o comportamento, promovendo a autorregulação. Quando essa habilidade é rudimentar, as pessoas encontram dificuldades em cultivar vínculos e com frequência desgastam, no âmbito emocional, aqueles com quem convivem em família ou no trabalho. Controle dos impulsosÉ a capacidade de regular a intensidade de seus impulsos no sistema neuromuscular (nervos e músculos), não se deixando levar impulsivamente pela experiência de uma emoção. As pessoas podem exercer um controle frouxo ou rígido do seu sistema muscular, visto que esse sistema está vinculado à regulação da intensidade das emoções. Dessa forma, a pessoa poderá viver uma emoção de forma exacerbada ou inibida. O controle de impulso garante a autorregulação dessas emoções ou a possibilidade de dar a devida força à vivência de emoções, tornando o grau de compreensão do autor mais sensível e apurado mediante a situação. OtimismoÉ a crença de que as coisas podem mudar para melhor. Há um investimento contínuo de esperança e, por isso mesmo, a convicção da capacidade de controlar o destino da vida, mesmo quando o poder de decisão esteja fora das mãos. O otimismo se alia à competência social e à proatividade, tendo por base a autoeficácia. Análise do ambienteÉ a capacidade de identificar precisamente as causas dos problemas e das adversidades presentes no ambiente. Essa possibilidade habilita a pessoa a se colocar em um lugar mais seguro ao invés de se posicionar em situação de risco. EmpatiaÉ a capacidade que o ser humano tem de compreender os estados psicológicos dos outros (emoções e sentimentos). Não é ''colocar-se no lugar do outro'' como muitos insistem em afirmar. É sim a capacidade de sentir o mesmo que o outro sente, ao passo que o "colocar-se no lugar do outro" de certa maneira contribui para a experiencialização e direcionamento das ações compreensivas. AutoeficáciaÉ a crença na própria capacidade de organizar e executar ações requeridas para produzir resultados desejados.[3] Associada à autoconfiança, transforma-se em “combustível” para a proatividade e a solução de problemas. Alcance de pessoasÉ a capacidade que a pessoa tem de se vincular a outras pessoas para viabilizar soluções para intempéries da vida, sem receios e medo do fracasso. A partir dos anos 2000 surgiu a “Abordagem Resiliente” que embasa os Modelos de Crenças DeterminantesProcurando ampliar os entendimentos sobre resiliência foram mapeados esquemas básicos de crenças vinculados à superação estratégica do estresse - são os modelos crenças determinantes (MCDs). Esse desdobramento, conhecido como QUEST_Resiliência, permite mapear e compreender o tipo de superação de uma pessoa ou de um grupo quando diante de situações de adversidades e de um forte e contínuo estresse.[4] É estruturado com uma abordagem teórica da terapia cognitiva, da psicologia positiva e da teoria geral dos sistemas, a partir de uma abordagem psicossomática. Esses MCDs são estruturados desde a primeira infância. São crenças que se aglutinam quando vamos conhecendo/aprendendo/experimentando os fatos da vida com aqueles que nos cercam. Os MCDs são:
Cada um dos MCDs desenvolve resiliência em uma área da vida e o leque de todos eles juntos contempla a vida de uma pessoa. Referências
Bibliografia
Ligações externas |
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