RenisusA Relação Nacional de Plantas Medicinais de Interesse ao SUS (RENISUS) é uma lista constituída de 71 espécies vegetais com potencial de gerar produtos úteis para o Sistema de Saúde Único. Conta com parceria de grupos colaboradores constituídos por pesquisadores, pós-graduandos e graduandos, com conhecimento na área de plantas medicinais, de Instituições de Ensino das diversas regiões do país[2]. O RENISUS surgiu em 2009 apresentando plantas medicinais com potencial para gerar produtos de interesse ao SUS. A principal finalidade da lista é orientar pesquisas que auxiliem na elaboração de embasamento científico de fitoterápicos disponíveis para uso da população, com segurança e eficácia para o tratamento de determinada doença. Algumas plantas presentes no RENISUS também se encontram no RENAME (Relação Nacional de Medicamentos Essenciais) [3], que contempla os medicamentos e insumos disponibilizados no SUS, além de determinados medicamentos de uso hospitalar e outros insumos para saúde. Os fitoterápicos ofertados pelo RENAME são:
Fonte da tabela: RELAÇÃO NACIONAL DE MEDICAMENTOS ESSENCIAIS ESSENCIAIS 2022 - MINISTÉRIO DA SAÚDE Lista de espécies do RENISUS nativas do BrasilAnacardium occidentale - caju Ananas comosus - abacaxi Apuleia ferrea = Caesalpinia ferrea - pau-ferro brasileiro Arrabidaea chica - crajiru Baccharis trimera - carqueja Bauhinia spp. (B. affinis, B. fortificata, B. variegata) - pata-de-vaca Bidens pilosa - picão preto Carapa guianensis - andiroba Casearia sylvestris - guaçatonga Copaifera sp. - copaíba Cordra sp. (C. curassavica, C. verbenacea) - erva-baleeira Costus sp. (C. scaber, C. spicatus) - cana-de-macaco Croton sp. (C. cajucara, C. zehntneri) Dalbergia subcymosa - verônica Eleutherine plicata - marupazinho Erythrina mulungu - murungu Eugenia uniflora ou Myrtus brasiliana - pitanga Justicia pectoralis - melhoral Lippia sidoides - alecrim-pimenta Maytenus sp. (M. aquifolium, M. ilicifolia) - espinheira-santa Mikania sp. (M. glomerata, M. laevigata) - guaco Orbignya speciosa - babaçu Passiflora sp. (P. alata, P. edulis) - maracujá Polygonum punctatum - erva-do-bicho Schinus terebinthifolius = Schinus aroeira - aroeira-vermelha Solanum paniculatum - jurubeba Solidago microglossa - arnica do Brasil Stryphnodendron adstringens = Stryphnodendron barbatiman - barbatimão-verdadeiro Tabebuia avellanedae = Handroanthus impetiginosus - ipê-roxo Uncaria tomentosa - unha-de-gato Vernonia sp. (V. ruficoma, V. polyanthes) - assa-peixe Potencial fitoterápico de algumas plantas nativasAnacardium occidentale – cajuAs diversas partes do caju apresentam atividades interessantes para o homem. A casca, flores e folhas apresentam atividade antimicrobiana. O pseudofruto contém vitamina C, antocianinas e polifenóis e apresenta atividade antioxidante[1]. Ananas comosus – abacaxiNo abacaxi o que chama atenção é a proteína chamada bromelina, que é capaz de prevenir a formação de edema e diminuição de edema já existente, prevenir a agregação plaquetária, atua como agente antiinflamatório, apresenta aumento da atividade imune contra células tumorais em estudos in vitro, auxilia na digestão, entre diversos outros benefícios[2]. Apulea ferreia = Caesalpinia ferreia - pau-ferro brasileiroO extrato do fruto do pau-ferro é utilizado como cicatrizante, além de apresentar atividades antimicrobianas, anti-inflamatórias, analgésicas e antioxidante. As folhas possuem efeito hipoglicêmico, sendo descritas como potencial fitoterápico a ser usado no tratamento da diabetes mellitus[3]. Baccharis trimera – carquejaPossui potencial antimicrobiano e propriedades digestivas, como analgésico e anti-inflamatório[4]. Maytenus sp. (M. aquifolium, M. ilicifolia) - espinheira-santaPossui grande potencial para tratar problemas de gastrite e úlcera gástrica por ter efeito antiácido, antidispéptico e protetor da mucosa gástrica[5]. Mikania sp. (M. glomerata, M. laevigata) – guacoUtilizada por décadas no tratamento de doenças respiratórias como asma, bronquite e tosse por apresentar ação broncodilatadora e expectorante. Alguns estudos têm comprovado atividade antimicrobiana, antialérgica, anti-inflamatória, antidiarreica e antifúngica[3]. Solanum paniculatum – jurubebaEstudos demonstram atividade antioxidante, diurético, antiherpético e hepatoprotetor, antidiarreica e anti-inflamatória. O extrato de folhas inibe a replicação do vírus do herpes humano tipo 1. Na medicina popular a jurubeba é usada por propriedades colagoga, colerética, emenagoga, cicatrizante, antianemica e por sua ação geral contra distúrbios gástricos e hepáticos[3]. Solidago microglossa - arnica do BrasilAs propriedades medicinais da arnica em sua maioria estão relacionadas a processos inflamatórios. Trabalhos reportaram efeito anti-inflamatório com o extrato aquoso de folhas da arnica. Outros efeitos terapêuticos reportados foram os efeitos hipoglicêmicos e hipolipemiantes do extrato hidroalcoólico das partes aéreas e atividade estimulante gastrointestinal e cicatrizante[3]. Vernonia sp. (V. ruficoma, V. polyanthes) - assa-peixeUtilizada na etnomedicina para o tratamento de várias doenças, como bronquite, pneumonia, tosse persistente, febre, malária, reumatismo, pedras nos rins, distúrbios gástricos, hematomas e luxações[3]. Referências
|