Reino do Laos
O Reino do Laos foi um Estado soberano que existiu a partir de 1953 até dezembro de 1975, quando o Pathet Lao derrubou o governo e criou a República Democrática Popular do Laos.[2] Com o fim da Segunda Guerra Mundial, em 1945,[3] sob a liderança do rei Sisavang Vong, o Laos proclamou o fim do protetorado francês. No entanto, a França apenas em 1949 aceitou alterar o estatuto do país:[4] primeiro como estado associado da República Francesa e finalmente com o Tratado Franco-Lao em 1953 estabeleceu-se um Laos soberano e independente, mas não estipulou quem iria governar o país. Nos anos que se seguiram, três grupos disputaram o poder: o neutralista sob Príncipe Souvanna Phouma, o partido de direita sob o príncipe Boun Oum de Champassak:[4] e o de esquerda, apoiado pelo Vietnã do Norte, a Frente Patriótica (atualmente chamado de Pathet Lao) sob Príncipe Souphanouvong[4] e o futuro Primeiro-Ministro Kaysone Phomvihane . GovernoApós o Tratado Franco-Lao de 1953, que deu a independência do Laos, o Governo Real do Laos assumiu o controle do país.[1] Esse tratado estabeleceu uma monarquia constitucional, com Sisavang Vong como Rei e o Príncipe Souvanna Phouma como primeiro-ministro, e com Luang Prabang como a capital real.[4] Muitas tentativas foram feitas para estabelecer um governos de coalizão: um Governo de Unidade Nacional foi criado em 1958 sob o príncipe Souvanna Phouma,[1] este fez um acordo com seu irmão, o príncipe Souphanouvong, dando aos comunistas dois assentos no Conselho de Ministros, e aceitando integrar 1500 dos soldados comunistas no exército real. Ao seu meio-irmão foi dado o cargo de Ministro da Reconstrução, Planejamento e Urbanização, enquanto outro membro do Partido Comunista foi nomeado Ministro da Religião e Belas Artes. Queda do governoEm 1960, em meio a uma série de rebeliões, uma luta irrompeu entre o Exército Real do Laos e o Pathet Lao.[1] Um segundo governo provisório de unidade nacional formado pelo príncipe Souvanna Phouma em 1962 provou ser bem-sucedido por algum tempo, até que a situação deteriorou-se depois que o conflito no Laos se tornou um foco para a rivalidade entre as superpotências com o início da Guerra Fria.[1] Alarmado com o crescente poder e influência do Vietcong,[5][6] e temendo a propagação do comunismo, os Estados Unidos começaram a fornecer ajuda para o Laos em 1953, o processo acrescentou a corrupção generalizada dentro do governo do Laos.[7] O envolvimento americano aumentou ainda mais no início dos anos 1960, quando, em resposta a uma tentativa comunista apoiado pelos soviéticos para assumir o governo do Laos,[5] os EUA iniciaram uma guerra secreta dentro do país. Isto envolveu um forte apoio militar, incluindo a formação e o equipamento das forças do General Vang Pao na província de Xieng Khouang por Forças Especiais dos EUA, e o transporte de homens e equipamentos para o Laos a partir da Tailândia pela linha aérea comercial da CIA, Air America.[8][9] Um cessar-fogo foi finalmente conseguido em fevereiro de 1973,[1] seguindo a Acordos de Paz de Paris entre os Estados Unidos e Vietnã do Norte. Em abril de 1974, outro Governo Provincial de Unidade Nacional foi criado, mais uma vez com o príncipe Souvanna Phouma como primeiro-ministro. No entanto, as forças do Pathet Lao controlavam grandes áreas do país, e com a queda de Saigon[5] em abril de 1975 eles avançaram para controlar a capital.[1] Em 2 de dezembro de 1975 é proclamada a República e instalado o governo comunista do Pathet Lao[1] apoiado pelo Vietnã e pela União Soviética destronando o governo do rei Savang Vatthana, apoiado pela França e pelos Estados Unidos. A República Popular Democrática do Laos foi estabelecida com o príncipe Souphannavong como presidente.[1] Kaysone Phomvihane atuou como primeiro-ministro e secretário-geral do Partido Popular Revolucionário do Laos.[1] ConsequênciasMuitos dos cidadãos e membros do antigo governo foram levados para campos de reeducação em áreas remotas do Laos após Dezembro de 1975.[1] Referências
Ligações externas
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