Reinach (Basileia-Campo)
Reinach (suíço-alemão: Riinaach) é, depois de Allschwil, a segunda maior municipalidade do cantão da Basileia-Campo, Suíça. Faz parte da jurisdição distrital de Arlesheim e tem como idioma oficial o alemão. HistóriaOs achados arqueológicos mais antigos (sepulturas e ferramentas de 7.000 a 800 a.C.), feitos entre 2002 e 2005, remontam ao período médio da Idade da Pedra.[2] Já os resquícios da Idade do Bronze (1800–800 a.C.) são mais escassos, embora cerâmicas, um tapete de fragmentos achado em Mausacker, túmulos e joias provem que Reinach também foi habitada durante esse período. Túmulos também foram encontrados a partir do período La Tène (800–100 a.C.), assim como achados da época romana (a partir de 100 a.C.), como cremações, moedas, utensílios de mesa, vasos de vidro etc.[2] Uma cova bem estilizada e desgastada pelo tempo, feita de molassa da região de Sundgauer por habitantes da cultura de Hallstatt, foi encontrada na Hubackerstrasse em 1973.[2] O primeiro registro escrito em que Reinach é mencionada como «Rinacho» vem do período de Louis Garewart, que foi bispo de Basiléia de 1164 a 1176. Já no ano de 1194 consta que Reinach pertencia ao mosteiro de Beinwil, cantão de Soleura. Um século e meio mais tarde, durante o grande terremoto de Basileia, em 1356, grande parte da vila foi destruída, e em 1373, em virtude de o bispado de Basiléia ter se endividado, Reinach foi hipotecada aos senhores Hannemann e Ulrich von Ramstein. Quando Basileia se juntou à antiga Confederação Helvética em 1501, Reinach permaneceu como parte da Diocese da Basileia. Entretanto, os cidadãos locais continuaram a ir à igreja de Pfeffingenzur até 1511, quando finalmente receberam sua própria paróquia. A partir de 1525, Reinach tornou-se reformada, mas retornou à antiga fé católica em 1595 sob comando do bispo de Basileia, Jakob Christoph Blarer von Wartensee. Nesse período, a cidade se tornou a sede do escritório fiscal das comarcas de Birseck, abrigando os armazéns de frutas e sal.[nota 1] Como resultado da Revolução Francesa, em 1792, o Bispo de Basileia fugiu, levando a região de Birseck a cair sob o domínio das tropas francesas. Sob o domínio franco, Reinach foi designada por um curto período capital do departamento de Mont-Terrible. Como em 1800 o número de departamentos foi reduzido, a vila passou a ser governada por Colmar, na Alsácia-Lorena. Apenas com o Congresso de Viena, em 1815, é que a região de Birseck foi concedida ao cantão de Basileia e entrou definitivamente na Confederação Suíça.[3] Durante a separação do cantão da Basileia em dois, após o conflito entre a cidade e o campo, os reinarenses formaram, em 1833, com o resto das comunidades de Birseck, um dos cinco distritos do novo cantão da Basileia-Campo. Com pouco mais de 1.200 habitantes, Reinach era nessa época uma aldeia agrícola por excelência, mesmo no início do século XX.[3] Um grande vinhedo – hoje já quase totalmente urbanizado – fazia parte da paisagem da cidade, e até a década de 1930 a atual área onde as escolas da comunidade (Bachmatten, Lochacker e Weiermatt) estão assentadas era, como o nome em alemão indica, pantanoso e às vezes até coberto com juncos, de modo que aves migratórias se sentiam à vontade para nidificar.[4][3] O início do claro desenvolvimento demográfico da cidade veio com o ano de 1907, que proporcionou à então isolada comunidade reinarense a implantação de uma ramificação da estrada de ferro de Jura, permitindo assim a criação da primeira linha de bonde Basiléia–Aesch.[3] Habitantes da cidade agora dispunham de acesso às grandes vantagens da vizinha Basileia, com suas oportunidades de emprego e oferta cultural. Por outro lado, as grandes reservas de terra e sua tranquilidade também atraíram novos moradores das regiões circunvizinhas à até então aldeia.[3] Com a abertura dos meios de transportes, a transição da aldeia agrícola para uma aglomeração movimentada acelerou-se ainda mais.[3] BrasãoDivisão: em prata, à esquerda, o bastão vermelho da Basileia-Campo (bastão episcopal); à direita, em azul, três esferas douradas dispostas verticalmente em coluna.[3] As três esferas são o atributo do padroeiro da cidade, São Nicolau. As cores prata e azul que dividem o escudo enfatizam o pertencimento ao ministério episcopal da região de Birseck; o bastão vermelho (mas sem cogulhos) relembra o da diocese da Basileia-Campo e Cidade.[3] GeografiaReinach se situa ao sul do platô Bruderholz, no vale do rio Birs, o qual forma a divisa leste da municipalidade. Com sua densa floresta de várzea e charneca, essa região é um paraíso para aves e algumas raridades botânicas.[4] As municipalidades limítrofes são Aesch, Arlesheim, Münchenstein, Bottmingen, Oberwil, Therwil, Basileia-Cidade e Dornach, esta última pertencente ao cantão de Soleura. Toda a área territorial do município engloba aproximadamente 700 hectares (7 km²), dos quais 29% são terras para agricultura, 17% florestas e áreas preservadas, 53% território urbano e 1% área improdutiva. PopulaçãoEm 2019 a população montava a 19.244 pessoas, um quarto das quais vem de outros países. Dos habitantes, 29,6% se declararam católicos e 24,6% protestantes, sendo o restante de outras ou sem religião. Gráfico do histórico populacional de Reinach:[5][1][3] EconomiaReinach pertence à área econômica do noroeste da Suíça e à aglomeração da Basileia. Justamente por causa disso, muitas empresas conhecidas decidiram se instalar na cidade nos últimos anos, em particular nas duas zonas industriais de Kägen e Schönmatt, que oferecem condições favoráveis para isso com a ligação à autoestrada H18, a qual dá acesso à Basileia, ao restante da Suíça, à Itália, à Alemanha e à França. Em intervalos de cerca de cinco anos, as empresas comerciais, industriais e de serviços da cidade se reúnem por intermédio do AGIR (sigla em alemão para o «Salão da Indústria e do Comércio de Reinach»). Essa feira de negócios para pequenas e médias empresas foi iniciada em 1980 por Willi Baader, então presidente das Associações Industriais e Comerciais de Reinach, e Willy Goettin. Em 1982, o salão reuniu 70 empresas pela primeira vez; já em 2002, 130 delas estavam representadas no evento. PolíticaO atual prefeito (2018) é Melchior Buchs, do partido Partido Liberal Radical da Suíça. O conselho local (executivo) é composto por dois representantes do Partido Social Democrata da Suíça, um representante e uma representante do Partido Democrata Cristão (Suíça), dois representantes do Partido Liberal Radical da Suíça e uma representante do Partido Burguês Democrático. O Conselho de Residência assume a legislatura. TransportesReinach está bem conectada à Basileia-Campo e à Basileia-Cidade, bem como às municipalidades vizinhas, por meio dos transportes públicos, nomeadamente ônibus e bondes elétricos. A linha 11 do bonde elétrico da BLT cruza a cidade, conectando-a a Aesch, Münchenstein e à estação central de trens da Basileia-Cidade (a «SBB Bahnhof»). Na direção leste–oeste, a linha de ônibus 64 cruza a cidade e a conecta com a estação de coletivos de Dornach–Arlesheim, assim como com as comunas de Therwil, Oberwil e Allschwil. Essa linha faz parte da linha S-Bahn 3 da S-Bahn Basel (linhas de transportes metropolitanos da Basileia). O setor comercial e industrial de Kägen está conectado desde 11 de dezembro de 2006 com a linha de ônibus 62, que vai da estação de Dornach–Arlesheim até a extremidade sul da área comercial e via Reinach Dorf até Therwil/Biel–Benken e de lá até Allschwil (mas apenas a cada dois ônibus). Através das vias de acesso Reinach Nord e Reinach Süd a cidade tem conexão direta com a rodovia H18 (anteriormente denominada J18), que faz parte da rede de rodovias nacionais suíças (A2). CulturaA Associação «Kultur in Reinach» e o Grupo de trabalho «Lebendiges Reinach AGLR» organizam exposições, eventos musicais, workshops e palestras. Tais eventos ocorrem, via de regra, no Centro Comunitário ou no Centro de Encontros Leimgruberhaus, o qual se transformou num local de encontro de importância regional desde sua renovação em 2017. Atrações
Parceria urbanaReinach é cidade-amiga de Ostfildern, na Alemanha. Notas
Referências
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