Regras do Festival Eurovisão da CançãoAs regras oficiais do Festival Eurovisão da Canção são longas, técnicas, e podem mudar frequentemente. Muitas das regras cobrem os aspectos técnicos da transmissão do Festival. Contudo, algumas das regras mais importantes que lidam com a conduta e resultado do Festival estão sintetizadas neste texto. Número de cançõesCada país no Festival Eurovisão da Canção pode enviar apenas uma canção. A final do Festival está limitada a 26 canções. Os países na final são os seguintes:
Em 2015, a Final esteve limitada a 27 canções, com a entrada da Austrália como convidado pela EBU. No primeiro Festival, cada país podia enviar duas canções, com a duração máxima de três minutos. Hoje em dia, ainda é preciso que cada canção não exceda os três minutos, embora alguns artistas gravem uma versão mais longa, cantando depois a versão mais curta no Festival. O número de participantes tem crescido ao longo da história do Festival, e desde 1993 as regras têm mudado muitas vezes para limitar o número de finalistas e para permitir a participação dos países que aderiram mais recentemente ao certame, na maioria ex-repúblicas da União Soviética e da Jugoslávia. A canção enviada não pode ser uma versão cover, e não é permitido usar partes do trabalho de outro artista. Todas as canções devem ser completamente originais em termos de composição e instrumentação, e não podem ter sido lançadas antes do dia 1 de outubro do ano anterior. CantoresAs regras atuais dizem que cada canção pode apresentar até seis pessoas em palco, e que elas devem ter pelo menos 16 anos de idade no dia da semifinal.[1] Esta regra foi introduzida em 1990, porque dois participantes do ano anterior tinham 11 e 12 anos. Não existe nenhuma restrição na nacionalidade dos artistas, o que tem resultado em países serem representados por cantores não-nativos. Uma das vencedores mais famosas é a canadiana Céline Dion, que representou a Suíça em 1988 (no que parece ser uma tática suíça, pois em 2005 o país foi representado pelo grupo estónio Vanilla Ninja e em 2006 pelo grupo multinacional Six4one com membros de Israel, da Bósnia e Herzegovina, da Suécia, de Malta, de Portugal e da Suíça). Também deve ser notado que o cantor apenas precisa de ter 16 anos quando o evento decorre, não quando são selecionados, como foi provado em 2005 quando a integrante da banda Vanilla Ninja, Triinu Kivilaan foi escolhida para representar a Suíça, apesar de apenas ter 15 anos na altura. LínguaDesde o primeiro Festival em 1956 até 1965, e de novo de 1973 até 1976 não havia restrições na língua em que se cantava. De 1966 a 1972, e novamente de 1978 a 1998, as canções deviam ser cantadas numa língua nacional. A regra da língua nacional foi de facto introduzida pouco antes do Festival de 1977, mas alguns países já tinham selecionado entradas cantadas em línguas estrangeiras, e foi-lhes permitido participar sem mudanças nenhumas. Nenhuma composição inteiramente instrumental foi alguma vez permitida no Festival. Instrumentais são considerados sinónimo de batota, e a proibição foi sempre rigidamente defendida. Desde o Festival de 1999, a restrição foi outra vez levantada, e atualmente as canções podem ser cantadas em qualquer língua. Como resultado, muitas das canções são cantadas completa ou parcialmente em Inglês. Em 2003, a Bélgica fez uso da chamada regra de linguagem livre, e enviou uma canção, Sanomi, numa língua artificial criada especialmente para a canção. O mesmo método foi usado em 2006 pela entrada neerlandesa "Treble", cantada parcialmente numa língua imaginária, e de novo pela Bélgica com a canção O Julissi de 2008. Dialetos e línguas regionaisEm algumas ocasiões, dialetos de uma língua ou uma língua muito rara foram usados numa canção:
Problemas com a línguaMuitos estados Europeus foram fundados em ideias de unidade linguística, e por causa do domínio por vezes mal recebido do Inglês na música pop, a língua da canção de entrada de um país na Eurovisão pode ser um assunto problemático. Algumas canções são cantadas em Inglês para receber o voto de audiências estrangeiras, contudo isto é por vezes considerado não-patriótico. Em anos recentes até 2007 o número de canções em línguas que não a inglesa tem descido, sendo os países da Europa Oriental e de Língua francesa quem mais cantam nas nuas línguas nativas. Em termos de desempenho nos Festivais recentes, a maioria das canções em línguas nativas tem tido muito menos sucesso que as canções em Inglês. Até 2017, a última canção vencedora que cantou numa língua que não a Inglesa foi a de Salvador Sobral, que cantou Amar pelos dois em Português em 2017. A canção vencedora de 2004, Wild Dances cantada por Ruslana, foi parcialmente cantada em Ucraniano. Depois de 2007 quando Marija Šerifović ganhou, cantando em Servio, o número de canções não-inglesas cresceu de novo em 2008. Quase metade dos cantores cantou na sua língua nativa. Em alguns casos, as letras da canção são escritas e gravadas em duas versões diferentes (normalmente Inglês e uma língua nacional) ou numa única versão multi-linguística. Exemplos incluem:
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