Impressão, nascer do sol, de Claude Monet foi ridicularizado como "impressionista" em 1872, mas o termo passou a designar movimento artístico "impressionismo" e os pintores começaram a autoidentificar-se como "impressionistas"
A reapropriação, reclamação, reivindicação[1] ou ressignificação[2] é o processo cultural pelo qual um grupo recupera palavras ou artefatos que foram usados anteriormente de forma depreciativa contra aquele grupo. É uma forma específica de variação semântica (mudança do significado de uma palavra). A reapropriação linguística pode ter implicações mais amplas nos campos do discurso e foi descrita em termos de empoderamento pessoal ou sociopolítico.
Um dos exemplos mais antigos de reapropriação bem-sucedida é o termo jesuíta em referência aos membros da Companhia de Jesus . Este termos era originalmente um termo depreciativo, utilizado para pessoas que invocavam frequentemente, ou em vão, o nome de Jesus. Os membros da Companhia de Jesus adotaram ao longo do tempo o termo para si mesmos, pelo que a palavra passou a referir-se exclusivamente a eles, geralmente em sentido positivo ou neutro.[3] Com o tempo, o significado do termo ganhou novos contornos depreciativos, tendo "jesuíta" passado a ser utilizado para significar coisas como: manipulador, conspirador, traiçoeiro, capaz de justificar intelectualmente qualquer coisa por meio de raciocínios complicados.[4][5][6][7]
↑Brontsema, Robin (1 de junho de 2004). «A Queer Revolution: Reconceptualizing the Debate Over Linguistic Reclamation». Colorado Research in Linguistics. 17. ISSN1937-7029. doi:10.25810/dky3-zq57. Linguistic reclamation, also known as linguistic resignification or reappropriation, refers to the appropriation of a pejorative epithet by its target(s).
↑Pollen, John Hungerford (1913). «The Society of Jesus». Catholic Encyclopedia. 14. New York, NY: Robert Appleton Company. Consultado em 30 de novembro de 2016