Pseudolaelia vellozicola
Pseudolaelia vellozicola é uma espécie de orquídea terrestre endêmica do Brasil pertencente ao gênero Pseudolaelia e da família Orchidaceae. [1] Pseudolaelia vellozicola apresenta maior semelhança com P. dutrae, podendo ser diferenciada pela inflorescência freqüentemente em racemo (vs. freqüentemente em panícula em P. dutrae), labelo com margem inteira e ápice do lobo mediano comumente arredondado (vs. de margem fimbriada ou fortemente erosa e ápice profundamente emarginado) e lamelas longitudinais desde a base até próximo ao ápice do lobo mediano (vs. lamelas destacadas próximas à base do lobo mediano, verrucosas). [1] TaxonomiaA espécie foi descrita em 1935 por Paulo de Campos Porto e Alexander Curt Brade. [2] Os seguintes sinônimos já foram catalogados: [1]
Forma de vidaÉ uma espécie epífita, rupícola e herbácea. [1] DescriçãoErva epífita sobre Velloziaceae, raramente saxícola, com 15-25 centímetros de altura, excluindo a inflorescência. Rizoma cilíndrico, com cerca de 2 a 7 centímetros de comprimento, verde-amarelado a vináceo, coberto por catáfilos ovais, com cerca de 1,9 x 1 centímetros, estramíneos, paleáceos, ápice agudo, desfazendo-se em fibras. [1] Tem pseudobulbo fusiforme, 2,3-7,8 centímetros de comprimento, verde-amarelado a vináceo, com 4-5 entrenós, coberto por catáfilos lanceolados estramíneos, paleáceos, ápice agudo, desfazendo-se em fibras nos pseudobulbos mais velhos.[1] Ela tem folhas eretas a levemente curvas, dispostas desde a metade até o ápice do pseudobulbo; lâmina foliar lanceolada a linear-lanceolada, 6,4-27 x 0,4-1,1 centímetros, verde-escura, coriácea, margem serrilhada, ápice agudo; bainha foliar, verde-clara, amarelada, cartácea. Sua inflorescência é em racemo ou, menos freqüentemente, em panícula, ereta, 24,5-75,5 centímetros de comprimento, 10-30-flora; pedúnculo cilíndrico, com cerca de 21,5-69 centímetros de comprimento, verde-avermelhado, brácteas tubulosas, 1,5-8 centímetros de comprimento, estramíneas, paleáceas, ápice agudo a longo-acuminado; brácteas florais triangulares a linear-triangulares, estramíneas, membranáceas, ápice agudo a acuminado.[1] Ela tem flores sem odor, pediceladas, pedicelo e ovário róseos; sépala dorsal elíptica a oblanceolada, alva, rósea a róseo-escura, simétrica a levemente assimétrica, ápice agudo; sépalas laterais estreito-elípticas a oblanceoladas alvas, róseas a róseo-escuras, assimétricas, levemente côncavas, ápice agudo a acuminado; pétalas elípticas, falciformes, oblanceoladas ou espatuladas, alvas, róseas a róseo-escuras, simétricas a assimétricas, ápice agudo a arredondado; labelo trilobado, 0,9-1,8 x 0,4-1,4 centímetros, lobos laterais triangulares, falciformes, lanceolados, elípticos, ligulados ou lineares, 2-6,5 x 0,5-2 milímetros, alvos a róseos, ápice agudo, longo-acuminado ou arredondado, lobo mediano suborbicular ou de largura-oval, 7-8 x 6-9 milímetros, róseo com estrias róseo-escuras, margem inteira, ápice arredondado, às vezes emarginado ou apiculado, disco do labelo carnoso, com 3-7 lamelas longitudinais amarelas desde a base até próximo à metade do lobo mediano; cunículo inconspícuo externamente; coluna 5-6 milímetros de comprimento, verde matizada de róseo até rósea; antera verde a rósea; polínias amarelas, caudícula com cerca de 1 milímetros de comprimento Frutos subesféricos, ca 1,5 centímetros de comprimento, verdes. [1]
ConservaçãoA espécie faz parte da Lista Vermelha das espécies ameaçadas do estado do Espírito Santo, no sudeste do Brasil. A lista foi publicada em 13 de junho de 2005 por intermédio do decreto estadual nº 1.499-R. [3] DistribuiçãoA espécie é encontrada nos estados brasileiros de Bahia, Espírito Santo, Minas Gerais e Rio de Janeiro.[1] Em termos ecológicos, é encontrada nos domínios fitogeográficos de Cerrado e Mata Atlântica, em regiões com vegetação de campos rupestres e vegetação sobre afloramentos rochosos.[1] NotasContém texto em CC-BY-SA 4.0 de Menini Neto, L.; Furtado, S.G. Pseudolaelia in Flora e Funga do Brasil. [1] Referências
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