O Prêmio Smith foi criado pelo legado do matemático Robert Smith após sua morte em 1768, que deixou em seu testamento £ 3.500 em ações da Companhia dos Mares do Sul para a universidade. Anualmente dois ou mais estudantes de graduação (Bachelor of Arts) seriam premiados por trabalhos de grande progresso em matemática e filosofia natural, com recursos provenientes deste fundo. O prêmio foi concedido de 1769 a 1998, exceto em 1917.
Um número reduzido de estudantes participava dos exames do Prêmio Smith no século XIX. Quando Karl Pearson participou do exame em 1879, os examinadores eram George Gabriel Stokes, James Clerk Maxwell, Arthur Cayley e Isaac Todhunter, e os examinados iam em cada ocasião à casa do examinador, escreviam de manhã um artigo, almoçavam então, e continuavam a trabalhar com o artigo de tarde.[2]
Em 1885 o exame passou a ser denominado Part III, (atual Parte III do Mathematical Tripos) e o prêmio foi concedido para o melhor trabalho submetido, ao invés da performance no exame. De acordo com Barrow-Green
Ao promover um interesse no estudo da matemática aplicada, a competição contribuiu para o sucesso da física matemática em se tornar a marca registrada da matemática em Cambridge durante a segunda metade do século XIX.[1]
No século XX a competição estimulou as pesquisas de pós-graduação em matemática, alavancando a carreira de graduados que almejavam uma carreira acadêmica. A maioria dos laureados tornou-se profissional de mátemática e física.
O Prêmio Rayleigh foi um prêmio adicional, concedido pela primeira vez em 1911. O Prêmio Smith e o Prêmio Rayleigh foram concedidos apenas para estudantes de pós-graduação graduados em Cambridge. O Prêmio J.T. Knight foi estabelecido em 1974 para graduados provenientes de outras universidades. Este prêmio celebra J.T. Knight (1942-1970), graduado em Glasgow e estudante de pós-graduação em Cambridge, que foi morto em um acidente automobilístico na Irlanda, em abril de 1970.
Valor monetário dos prêmios
Quando concedido em 1769 o prêmio valia individualmente £ 25, e permaneceu com este valor durante um século. Em 1867 foi reduzido para £ 23, e em 1915 voltou a seu valor inicial. Na década de 1930 foi elevado a ca. £ 30 e na década de 1940 teve um acréscimo de 1 libra esterlina, valendo então £ 31. Em 1998 um Prêmio Smith tinha o valor de £ 250.[1]
Em 2007 o valor dos três prêmio concedidos pelo fundo era aproximadamente de £ 175.000.[3]
Reorganização dos prêmios
Em 1998 o Prêmio Smith, Prêmio Rayleigh e Prêmio J. T. Knight foram fundidos no Prêmio Smith-Knight e Prêmio Rayleigh-Knight.[4]
1994 Group 1: M. Gaberdiel, Y. Liu. Group 3: H.A. Chamblin. Group 4: P.P. Avelino, S.G. Lack, A.L. Sydenham. Group 5: S. Keras, U. Meyer, G.M. Pritchard, H. Ramanathan, K. Strobl. Group 6: A.O. Bender, V. Toledano Laredo.
1996 Conor Houghton, Thomas Manke
1997 Arno Schindlmayr
1998 A. Bejancu, G. M. Keith, J. Sawon, D. R. Brecher, T. S. H. Leinster, S. Slijepcevic, K. K. Damodaran, A. R. Mohebalhojeh, C. T. Snydal, F. De Rooij, O. Pikhurko, David K. H. Tan, P. R. Hiemer, T. Prestidge, F. Wagner, Viet Ha Hoàng, A. W. Rempel e Jium-Huei Proty Wu
Laureados com o Prêmio Smith-Knight
1999 D. W. Essex, H. S. Reall, A. Saikia, A. C. Faul, Duncan C. Richer, M. J. Vartiainen, T. A. Fisher, J. Rosenzweig, J. Wierzba e J. B. Gutowski[42][43]
2001 Ben Joseph Green, T A. Mennim, A. Mijatovic, F. A. Dolan, Paul D. Metcalfe e S. R. Tod
2002 Konstantin Ardakov,[44] Edward Crane[45] e Simon Wadsley[46]
1999 C. D. Bloor, R. Oeckl, J. Y. Whiston, Y-C. Chen, P. L. Rendon, C. Wunderer, J. H. P. Dawes, D. M. Rodgers, H-M. Gutmann e A. N. Ross
2001 A. F. R. Bain, S. Khan, S. Schafer-Nameki, N. R. Farr, J. Niesen, J. H. Siggers, M. Fayers, D. Oriti, M. J. Tildesley, J. R. Gair, M. R. E. H. Pickles, A. J. Tolley, S. R. Hodges, R. Portugues, C. Voll, M. Kampp, P. J. P. Roche e B. M. J. B. Walker[48]
2004 Oliver Rinne
2005 Guillaume Pierre Bascoul e Giuseppe Di Graziano
↑ abcBarrow-Green, June (1999), «A Corrective to the Spirit of too Exclusively Pure Mathematics: Robert Smith (1689–1768) and his Prizes at Cambridge University», Annals of Science, 56 (3), pp. 271–316, doi:10.1080/000337999296418
↑.Obituary Notices : Livens, George Henry, Monthly Notices of the Royal Astronomical Society, Vol. 111, p.159
Bibliographic Code: 1951MNRAS.111..159 [1]
↑Mehra, Jagdish; Rechenberg, Helmut (2000), The Historical Development of Quantum Theory: The Fundamental Equations of Quantum Mechanics 1925-1926 : The Reception of the Quantum Mechanics 1925-1926, ISBN0-387-95178-4, Springer, p. 54