Phragmipedium
Phragmipedium é um género botânico pertencente à família das orquídeas (Orchidaceae). Foi estabelecido por Rolfe em Orchid Review 4: 330., em 1896, sendo sua espécie tipo o Cypripedium caudatum Lindl., hoje conhecido como Phragmipedium caudatum (Lindley) Rolfe. Seu nome vem do grego phragma que significa divisão, e de pedilon, chinelo, em referência referência às divisões internas de seu fruto e ao formato do labelo de suas flores.[1] Este gênero distingue-se dos outros gêneros desta subfamília por apresentar flores decíduas, ou seja, que se destacam depois de murchas, e apresentar ovário com três câmaras separadas, sendo todas espécies nativas do continente americano. Pelo grande interesse ornamental, o gênero sofreu muitas revisões desde sua criação. Em cada uma delas o número de espécies reconhecidas varia bastante. Alguns autores preferem dividir o gênero em menos espécies e tratar diferenças como variedades, outros elevam essas variedades à categoria de espécies, desta maneira, conforme o autor consultado, encontramos de dezesseis a trinta espécies consideradas aceitas. Aqui preferimos manter a maioria das variedades como espécies aceitas, facilitando assim sua identificação. Mais detalhes sobre cada uma dessas espécies ou variedades encontram-se relatadas na discussão de cada uma das espécies. DistribuiçãoEm vasta área que vai desde o sul do México até a Bolívia e quase todo o Brasil do extremo norte até o Estado de São Paulo. DescriçãoCaracterizam-se por serem plantas humícolas, saxícolas ou terrestres, raramente epífitas, baixas e herbáceas, sem pseudobulbos ou bulbos verdadeiros, quase acaules na maioria das vezes, de no máximo sessenta centímetros de altura; Suas raízes são mais ou menos carnosas e vilosas; inflorescências terminais singelas, raramente ramosas, com uma ou poucas flores relativamente grandes, com labelo saquiforme ou conchiforme como um chinelo. Apresentam dois estames desenvolvidos, e um terceiro estaminoide estéril, modificado em uma estrutura com a extremidade alargada formando um disco horizontal, similar a um escudo, que cobre as duas anteras e os três estigmas férteis. O pólen é solto, granuloso, não agregado em mássulas. CultivoO cultivo das espécies de Phragmipedium é menos difícil que o de Selenipedium, todavia não tão fácil como o dos representantes do gênero Paphiopedilum, que por isso mesmo aparecem mais freqüentemente nas coleções. Em terra vegetal, com mistura de fibra de xaxim, areia e carvão, em lugares levemente ensolarados e bastante úmidos, elas se dão muito bem. São plantas sensíveis à qualidade da água, que não deve apresentar muitos sais dissolvidos em sua composição. EspéciesAs espécies de Pragmipedium estão divididas em cinco seções, quatro delas representadas no Brasil, conforme o esquema a seguir: Seção PhragmipediumPétalas estreitas e acuminadas, inflorescência sem espata, flores simultâneas. Não existe registro de sua ocorrência no Brasil.
Seção Lorifolia (Kraenzl.) GarayPétalas estreitas e acuminadas, inflorescência apresenta espata, flores abrem em sucessão, a margem interna do labelo apresenta um par de protuberâncias.
Seção Himantopetalum (Hallier.f.) GarayPétalas estreitas e acuminadas, inflorescência apresenta espata, flores abrem em sucessão, a margem interna do labelo não apresenta protuberâncias.
Seção Platypetalum (Pfitzer) GarayPétalas não acuminadas, de forma muito diferente das sépalas.
Seção Micropetalum (Hallier.f.) GarayPétalas não acuminadas, semelhantes às sépalas, porém mais largas.
Ver tambémReferências
Referências
Ligações externas
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