Pedro de Alcântara Brasileiro de Saisset Nota: Não confundir com o Pedro de Alcântara Brasileiro (1825-1826) segundo filho do caso entre Dom Pedro I e Domitila de Castro
Pedro de Alcântara Brasileiro de Saisset (Paris, 28 de agosto de 1829 — Califórnia, 16 de março de 1902), foi um filho ilegítimo do Imperador Dom Pedro I do Brasil (Rei Dom Pedro IV de Portugal) com Henriette Josephine Clémence de Saisset. Pedro era neto materno da bailarina Catherine Lambert ou Madame de Saint-Romain. VidaLogo que Pedro de Alcântara Brasileiro nasceu, D. Pedro apressou-se em assegurar a Clémence de Saisset que, apesar das circunstâncias o impedirem de reconhecer o filho, ele jamais o abandonaria financeiramente. “...e proverá os meios para a sua existência e educação”, dizia mensagem à mãe da criança, datada de novembro de 1829.[1] Mas a promessa não foi cumprida. A partir de 7 de abril de 1831, a situação da francesa e do menino começa a ser afetada pela abdicação de D. Pedro ao trono brasileiro. Um pouco depois, ele se muda para a Europa, onde inicia longa batalha contra o irmão, D. Miguel, três anos mais novo, para garantir o trono de Portugal à filha Maria da Glória, nascida no Rio de Janeiro em 1819. A menina, neta de D. João VI, passou a ter direito ao trono aos sete anos de idade. Com a morte do avô, o pai foi coroado Pedro IV de Portugal e estabeleceu um entendimento com o irmão, pelo qual Maria da Glória seria a rainha. Mas D. Miguel ignorou o acordo firmado e tomou o trono para si.[2] D. Pedro saiu vitorioso da guerra travada contra o irmão, D. Miguel, mas não retomou os pagamentos da pensão destinada ao filho. A falta de notícias causou grande revolta em Clémence de Saisset e motivou-a a redigir longa queixa ao duque de Bragança.[3] A morte de D. Pedro I, em setembro de 1834, foi um baque para Clémence de Saisset. O principal temor, expressado em carta a Francisco Gomes da Silva, datada de dezembro, era de que o filho não mais recebesse a ajuda financeira prometida pelo pai biológico. “Avalie o meu desespero ao saber de uma morte tão repentina. Meu pobre filho privado de um pai e de um protetor! Diga-me, senhor, que S.M. não se esqueceu dele em seu testamento. Conto com a sua amizade de sempre para informar-me, logo que este assunto chegar ao seu conhecimento. Preciso tranquilizar-me sobre o futuro de Pedro e necessito conhecer os arranjos de S. M. no que diz respeito a ele.”[4] A francesa não levou o filho para as cerimônias fúnebres, mas o fez guardar luto. “Certa vez, porém, vestiram-me todo de preto, dizendo-me que meu Amigo estava morto. Eu não sabia quem era aquele que eu havia acabado de perder”, relembrará Pedro de Saisset, em carta ao meio-irmão D. Pedro II, três décadas depois. Enquanto viveu em Paris, o primeiro imperador do Brasil recebia visitas do filho, mas jamais revelou que era seu pai. O pequeno Pedro tinha cinco anos quando perdeu o misterioso Amigo, que o colocava nos joelhos e dava-lhe doces.[4] O imperador o reconheceu como seu filho em seu testamento e lhe deu uma parte de sua herança.[5] Ele trabalhou em diversos empreendimentos de negócios nos Estados Unidos, onde serviu como agente consular da França por mais de três décadas.[6] Saisset tinha muito afeto e mantinha contato com sua meia-irmã, a Princesa Dona Januária, Condessa d'Áquila. Ele mesmo guardou luto de cinco meses pela morte da Condessa em 1901.[carece de fontes] CasamentoMovidos por amor ou pela praticidade e interesses comuns, Pedro e Jesusita de Suñol se casam em 17 de janeiro de 1859, em cerimônia realizada na Igreja St. Joseph. De início, o casal vai morar numa modesta casa de adobe. Mas Pedro sabe que, a partir daquela união, a vida vai mudar, e muito. Com novas responsabilidades, ele inicia a construção de uma moradia para a família na pomposa rua Market Plaza. Em estilo vitoriano, a casa tem três pavimentos e um grande jardim. Jesusita era viúva de Dom Jose Suñol, membro de uma das famílias mais abastadas e influentes da região.[7][8] DescendênciaCasou-se com Maria de Jesus Palomares de Suñol (Jesusita), com quem teve quatro filhos:[7]
Referências
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